12/05/17 |   Produção animal  Segurança alimentar, nutrição e saúde

Vacinação contra aftosa tem reforço da pesquisa

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Foto: Dalízia Aguiar

Dalízia Aguiar - Maior desafio da pesquisa é avançar e aprimorar os modelos e métodos de diagnósticos existentes

Maior desafio da pesquisa é avançar e aprimorar os modelos e métodos de diagnósticos existentes

A manutenção do status sanitário do Brasil em relação à febre aftosa tornou-se ainda mais indispensável após os desdobramentos da Operação Carne Fraca. A campanha de vacinação lançada recentemente em Mato Grosso do Sul tem a meta de imunizar 20 milhões de animais, segundo informações do Governo do Estado. Com o tema “Vacinação garante bons lucros”, o objetivo é destacar a relevância de se manter a excelência na carne produzida no Estado, exportada para países da América Latina, União Europeia e Ásia.

A qualidade passa pelo aprimoramento dos elos dessa cadeia produtiva, entre eles, a pesquisa científica. Envolvida nesse processo, “a participação da Embrapa reforça a importância da ciência e tecnologia no desenvolvimento da pecuária de corte no Estado de MS e no Brasil”, destaca a chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Gado de Corte (MS), Lucimara Chiari. Para a pesquisadora, com a finalização do Laboratório Multiusuário de Biossegurança para a Pecuária (Biopec) em Campo Grande “abre-se a oportunidade de se obter autorização para o desenvolvimento de estudos na área”. O Biopec é um complexo inédito no País de laboratórios de alto nível de biossegurança para pesquisa em bovinocultura. 

A instituição “já desenvolveu projetos com o objetivo de testar peptídeos sintéticos como antígenos para a detecção de anticorpos contra proteínas não estruturais do vírus da febre aftosa, visando à diferenciação entre reações vacinais e infecções naturais; e também contribuiu com programa para análise de risco de ocorrência de febre aftosa”, relembra Flábio Araújo, pesquisador e gestor do portfólio de sanidade animal da Empresa.

Há mais de uma década a cobertura vacinal em MS é superior a 95% e para o médico-veterinário, Cleber Soares, chefe-geral da Embrapa Gado de Corte, o envolvimento de entidades federais e estaduais, públicas e privadas, fortalecem tais índices e garantem o risco mínimo de eventuais surtos. Segundo Soares, o maior desafio da pesquisa é avançar e aprimorar os modelos e métodos de diagnósticos existentes, assegurando maiores níveis de precisão, praticidade e velocidade. 

Cuidados – A vacinação é realizada em duas etapas, em maio e novembro, com o Estado dividido em planalto, pantanal e zona de fronteira. A virologista Vanessa Felipe ressalta os cuidados necessários nesta etapa de vacinação, a começar pela aquisição do produto em revendedores idôneos e doses dentro do prazo de validade. A seguir, o armazenamento, no qual a conservação das vacinas é um ponto crítico em todo o processo.

Outro detalhe para a especialista é o local de vacinar. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), recomenda que seja na região da tábua do pescoço, subcutânea (embaixo da pele) ou intramuscular e "embora seja um procedimento usual e corrente, ainda gera dúvidas. Todo cuidado é pouco". A limpeza do local e dos equipamentos também é crucial. 

Dalízia Aguiar (MTb 28/03/14/MS)
Embrapa Gado de Corte

Telefone: +55 67 3368-2144

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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