Seminário que será apresentado no dia 22 de maio, às 18h30, na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de Goiás (Crea-GO), em Goiânia (GO), tratará como o fenômeno da globalização, urbanização e aumento da renda impactaram os hábitos alimentares do goianiense, em relação ao prato mais tradicional da culinária brasileira: o arroz e o feijão. O desejo é que o conteúdo seja visto por empresários, produtores, planejadores de política públicas e diversas áreas profissionais e estudantes, tais como nutricionistas, engenharia da produção, psicólogos, marketing e outras, e claro, por aqueles ligados à agricultura.   

Os pesquisadores Reginaldo Figueiredo, da Universidade Federal de Goiás, e Carlos Magri Ferreira, da Embrapa, irão mostrar resultados de um levantamento realizado em fevereiro de 2017, que identificou mudanças no tipo de refeição feitas pelas famílias que afetam o consumo per capita. Outros resultados do levantamento são: tipos de refeições feitas em casa, responsável pelo preparo das refeições, comportamento quando a refeição é feita fora de casa, características que um alimento dever ter para ser compatível com o estilo de vida da família do entrevistado, aquisição mensal da família em quilos de arroz e feijão, possibilidade de substituir o arroz e feijão por outros alimentos, importância do consumo para saciedade, importância sabor, olfato e aspecto visual do grão, grau de dificuldade de preparo, propriedade nutricionais, disponibilidade de formas industrializadas, selo de procedência, orgânico, se consumo combina com: padrão de beleza atual, padrão de peso e de refeição moderna, importância nutricional no fornecimento de proteína, carboidratos, minerais e fibras alimentar, recomendação de consumo para pessoas com hipertensão, obesas, diabetes, altas taxas de colesterol, triglicérides e que não fazem esforço físico.

O objetivo da pesquisa foi levantar pontos negativos e positivos percebidos pelos consumidores, para que sejam analisados por diferentes segmentos profissionais e esclarecidos os que são verdadeiros e os que são falsos. Assim, a população poderá decidir de maneira consciente se desejam e se vale a pena consumir arroz e feijão. A continuidade desse processo depende do envolvimento de equipes multidisciplinares e do apoio de outros segmentos da cadeia produtiva.

Por fim, as informações geradas podem ter reflexos econômicos, por meio do incentivo da produção desses produtos. Goiás é um importante produtor nacional de feijão, mas pode aumentar sua produção. Por outro lado, o Estado, que já foi o maior produtor de arroz no Brasil, tem seu mercado abastecido pelo cereal produzido em outras regiões do país. O incentivo atinge também o setor industrial, haja vista que o estado possui um grande e moderno parque industrial instalado capaz de beneficiar, embalar e produzir subprodutos de arroz e feijão.

As vagas para o evento são limitadas. Os interessados deverão se inscrever no site do CREA-GO.