04/12/14 |   Agroecologia e produção orgânica

Troca de experiências e debates marcam Caravana Agroecológica do Vale do Jequitinhonha

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Foto: Blog Agroecologia Sudeste

Blog Agroecologia Sudeste - Integrantes da caravana agroecológica participam de atividades conjuntas e trocam informações sobre experiências visitadas

Integrantes da caravana agroecológica participam de atividades conjuntas e trocam informações sobre experiências visitadas

Entre os dias 16 e 22 de novembro, a Embrapa Agrobiologia (Seropédica/RJ) e a Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas/MG), juntamente com agricultores, técnicos e professores, partiram em uma incursão no interior de Minas Gerais na Caravana Agroecológica do Vale do Jequitinhonha, promovida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A iniciativa integra o Plano Nacional de Inovação e Sustentabilidade na Agricultura Familiar e a ideia é reunir pessoas dos quatro Estados do Sudeste do País para compartilharem experiências agroecológicas.
 
A caravana envolveu a participação de mais de 300 pessoas, que partiram de quatro locais distintos, um de cada Estado – Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. As atividades foram divididas em grupos – ou rotas –, que passaram por microrregiões distintas do Vale do Jequitinhonha (Baixo, Médio, Alto e Serra). No percurso, visitaram experiências em agroecologia no Vale do Rio Doce, na Zona da Mata, no sul de Minas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte e no norte de Minas Gerais.
 
O grupo do Rio de Janeiro, ao qual a Embrapa Agrobiologia estava vinculada, partiu de Seropédica e visitou diversos lugares que colocam em prática técnicas agroecológicas de forma bem-sucedida. Visitando uma propriedade rural cafeeira na Zona da Mata mineira, a engenheira agrônoma Mariana Telles Rocha – uma das integrantes da caravana vinculada à Unidade – ouviu elogios à implantação de um Sistema Agroflorestal (SAF) no local. "Os vizinhos estavam agradecendo a volta da água", contou, explicando que a região sofria com a escassez do recurso até a recuperação do bioma, que havia sido degradado por causa do desmatamento e que ganhou novo alento após a instauração do SAF.
 
A equipe da Embrapa Milho e Sorgo, por sua vez, acompanhou a rota que partiu de São Paulo a partir do dia 20, quando ela chegou a Belo Horizonte. O grupo conheceu vários trabalhos com agricultura urbana, tendo percorrido o sul e a região central de Minas Gerais até a Serra do Espinhaço, no Alto Jequitinhonha.
 
Após cinco dias na estrada, os grupos vindos de cada Estado se encontraram na cidade mineira de Araçuaí, no dia 21, levando as sementes que colheram e as experiências por que passaram no caminho. "A caravana é uma boa oportunidade para refletir até mesmo sobre a nossa comida – não é um assunto só de especialistas. É para saber o que é saúde de verdade; entender a influência dos produtos químicos nos alimentos que a gente come. Para se ter uma ideia, por ano, uma pessoa ingere 5,2 litros de agrotóxicos. Muitos problemas de saúde, como câncer e doenças degenerativas, podem estar vinculados a isso", opina Mariana.
 
Saiba mais – A Caravana Agroecológica e Cultural do Vale do Jequitinhonha é uma realização da Rede de Núcleos de Agroecologia da Região Sudeste, por meio do Projeto Comboio Agroecológico do Sudeste, promovido pelo MDA e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e da Articulação Mineira de Agroecologia.
 

Liliane Bello (MTb 01766/GO)
Embrapa Agrobiologia

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Colaboração: Glauco Lessa (estagiário de Jornalismo)
Embrapa Agrobiologia

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