Julho/2013 - 3ª semana - Região Norte e Região Sul

O Brasil possui uma situação geográfica diversa e abrange características climáticas tropical e sub-tropical, implicando no desenvolvimento de muitos tipos de solos, às vezes pobres e ou degradados, precisando de correção de acidez e de nutrientes. Solos pobres em nutrientes necessitam de adição de fertilizantes para serem cultiváveis de forma economicamente viável, em sua maioria são produtos químicos que podem contaminar o meio ambiente. Atualmente, o Brasil importa 72% dos fertilizantes utilizados nas mais diversa culturas,o que encarece o custo da produção de seus alimentos.

Uma alternativa para elevar a oferta de fertilizantes nacionais, diminuir os impactos ambientais e aumentar a produtividade agrícola a baixo custo é a rochagem, ou seja, a utilização de pó de rocha (micro e macronutrientes) como forma de melhorar os níveis de fertilidade dos solos.

As técnicas utilizadas combinam pó de rocha (em diferentes granulometrias) com leveduras, esterco e restos vegetais. Este tipo de fertilizante é ecologicamente mais adequado, pois o mesmo libera nutrientes de maneira lenta, dispensando a reaplicação a cada plantio e sendo possível corrigir o pH, evitando-se a salinização do solo. O Rio Grande do Sul apresenta uma grande diversidade de rochas, com bom potencial geológico para rochagem e possuindo fontes deste material próximas às zonas agrícolas.

As pesquisas desenvolvidas pela Embrapa também apontam a possibilidade de combinação de pó de rocha com resíduos provenientes da indústria, da produção animal e dos próprios sub-produtos e rejeitos da mineração. Uma das perspectivas da rochagem é a utilização de rejeitos da mineração como insumos do processo de uso de pó de rocha.

Estes rejeitos causam conflitos de uso do solo e grandes impactos ambientais, encobrindo nascentes e avançando sobre mata nativa remanescente. Sua utilização na rochagem é uma alternativa concreta e ambientalmente sustentável.

Saiba mais sobre rochagem ouvindo o Prosa Rural, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

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