09/12/14 |   Biodiversity  Environmental and land management

Embrapa Milho e Sorgo recebe prêmio 'Empresa Sustentável Promove 2014'

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Photo: Arquivo Promove

Arquivo Promove -

Visando reconhecer as empresas de Sete Lagoas (MG) que investem em projetos sustentáveis, os alunos do 5º período do curso de Administração das Faculdades Promove de Sete Lagoas criaram o Prêmio Empresa Sustentável Promove 2014. O objetivo foi conhecer o nível de lembrança das marcas empresariais da cidade que investem em projetos a favor do meio ambiente e da sociedade.

Uma pesquisa interna foi realizada com cem alunos da Faculdade, que responderam à pergunta: "Qual a empresa mais sustentável de Sete Lagoas?".

Dez empresas foram selecionadas, e uma segunda pesquisa mais abrangente foi realizada por meio do Facebook, contemplando apenas o público universitário. Foram obtidos 843 votos nesta 2ª etapa.

A Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) ficou em primeiro lugar entre as cinco empresas mais lembradas que receberam o Troféu Empresa Sustentável Promove 2014. A cerimônia foi realizada na terça-feira, 09 de dezembro, no auditório das Faculdades Promove de Sete Lagoas. O pesquisador Paulo Eduardo de Aquino Ribeiro, coordenador do Comitê Local de Gestão Ambiental, representou a empresa.

Paulo Eduardo ressalta que é muito gratificante para a Embrapa receber esse reconhecimento da sociedade, que comprova que a empresa tem realizado ações para conservar e contribuir com a melhoria do meio ambiente. "A gestão ambiental tem sido valorizada cada vez mais pela sociedade. Não vejo um futuro para as empresas que não se preocupem com o meio ambiente na realização de suas atividades, independentemente do segmento. Toda atividade humana gera algum impacto sobre o meio ambiente, e a natureza nos devolve esses impactos, com reflexos na qualidade de vida da população (poluição da água e do ar, escassez de recursos naturais, alterações nas temperaturas extremas e no regime de chuvas, etc.). Essa questão de as empresas estarem se preparando para ter um melhor desempenho ambiental é um caminho sem volta, tornou-se uma necessidade básica", ressaltou o pesquisador.

De acordo com o professor das Faculdades Promove, Wagner Cardoso Silva, coordenador do prêmio, não houve pré-inscrição por parte das empresas ou conhecimento antecipado para participação do processo, por se tratar de uma ação promocional, sem fins lucrativos. "Não foi surpresa para nós a Embrapa ter se posicionado em primeiro lugar nesse prêmio, pois é uma empresa comprometida não só com a pesquisa, mas com ações que envolvem todos os setores da agropecuária, com uma atenção especial para os produtores que contribuem para o desenvolvimento econômico do país. É um reconhecimento da sociedade e é um orgulho ter uma Unidade da Embrapa em Sete Lagoas", disse Silva.

Gestão Ambiental é prioridade na Embrapa Milho e Sorgo

De acordo com Paulo Eduardo, a Embrapa Milho e Sorgo conta com quatro comissões específicas para fazer a gestão ambiental da Unidade.

O Grupo de Gerenciamento de Resíduos do Setor de Campos Experimentais (Gerecamp) é responsável pelo gerenciamento de resíduos das atividades de campo. O gerenciamento engloba todas as ações do processo: geração, acondicionamento, rotulagem, transporte e destinação de resíduos e embalagens. Essas ações são baseadas em Procedimentos Operacionais Padrão e Instruções de Serviço, elaboradas pelos membros do grupo e pela supervisão do setor.

Já o Grupo de Manejo Ambiental da Fazenda Experimental (Gmafe) executa atividades de controle da conservação e recomposição da fauna e da flora das áreas de proteção permanente (APP), em atendimento à legislação: faixas de vegetação ao longo de cursos d'água, ao redor de lagoas e de nascentes, entre outras, e da reserva legal. O Gmafe prioriza e incentiva as práticas conservacionistas de solo e água dentro da Embrapa Milho e Sorgo.

Por sua vez, o grupo de Gestão de Resíduos Laboratoriais (Gerelab) supervisiona todas as etapas do processo de gerenciamento de resíduos: armazenamento, rotulagem no laboratório e transporte, tratamento primário, armazenamento temporário no Gerelab e destinação final por terceiros, quando é o caso.

A quarta comissão compreende o Grupo de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (Geresol) e é responsável pelo gerenciamento dos resíduos sólidos e do esgoto sanitário. A maior parte do esgoto sanitário gerado pela Empresa é tratada por uma ETE (Estação de Tratamento de Esgotos), construída em 2005, que foi reformada e restabelecida em julho de 2011.

A ETE remove, atualmente, 75% da matéria orgânica contaminante que chega ao esgoto bruto gerado, superando o mínimo que é exigido por lei (55% de redução da DQO - Demanda Química de Oxigênio). Esse resultado é confirmado em análises laboratoriais feitas periodicamente.

As antigas fossas negras, que causam a contaminação do subsolo e do lençol freático, foram substituídas por fossas sépticas, que evitam o contato do material contaminado com o solo e promove seu tratamento por meio de bactérias decompositoras. "Esse sistema mais seguro demanda certa manutenção e acompanhamento, como a realização de análises físico-químicas e a aplicação de bactérias inoculadas", explica Paulo Eduardo.

Na Empresa, outro local que gera efluentes que necessitam de tratamento é o Setor de Máquinas e Veículos, na área de lavação das máquinas. "Por determinação da legislação, foi instalada em 2011 uma caixa de separação para evitar que efluentes contendo óleo sejam lançados no solo e nos cursos d'água. Os resíduos coletados são vendidos para empresas especializadas em reciclagem", completa o pesquisador. O curso d'água que recebe os efluentes tratados pela Embrapa Milho e Sorgo é o córrego do Diogo, manancial de superfície que deságua no ribeirão Jequitibá e depois no rio das Velhas, integrantes da bacia do São Francisco. O Córrego do Diogo, por sua vez, já chega à área da Empresa completamente poluído, por receber toda a carga de esgoto não tratado em Sete Lagoas.

Todos os registros de gerenciamento dos resíduos são mantidos pelos coordenadores do grupo, para comprovação junto aos órgãos ambientais, caso seja necessário.

 

 

Sandra Brito (MG 06230 JP)
Embrapa Milho e Sorgo

Guilherme Viana (MG 06566 JP)
Embrapa Milho e Sorgo

Colaboração: Mônica Castro (Conrerp-MG 829)
Embrapa Milho e Sorgo

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