10/12/14 |   Transferência de Tecnologia

Caravana Embrapa inicia segunda fase pelo RS

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Foto: Embrapa

Embrapa - Caravana Embrapa 2a fase

Caravana Embrapa 2a fase

Decidida a monitorar de perto o impacto do conjunto de pragas no resultado da safra 2014/2015, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lançará na semana que vem, nos dias 16 e 17 de dezembro, a segunda fase da Caravana Embrapa, percorrendo nove polos de produção de grãos e fibras do país. A estratégia adotada agora passa pela capacitação de representantes da assistência técnica e extensão rural em dois focos de atuação no campo: a identificação correta de pragas e inimigos naturais e a tomada de decisão sobre qual melhor ação de controle a ser implementada, dependendo das ameaças que forem encontradas no campo.

"Durante a primeira fase da Caravana, registramos forte demanda dos técnicos sobre como identificar corretamente pragas e inimigos naturais no campo. Essa passou a ser uma prioridade nas apresentações e agora vamos poder tratar isso mais detalhadamente. Outra demanda foi sobre quando e como tomar a melhor decisão, se devo usar controle biológico ou controle químico a partir de uma situação encontrada na região ou os dois de forma conjugada, no momento certo", revela Sergio Abud, um dos coordenadores da ação da Embrapa. Ele pondera que cada treinamento será modelado a partir da paisagem agrícola da região e das culturas do sistema de produção local.

Os dois treinamentos marcados para os dias 16 e 17 serão realizados no auditório e no campo experimental da Embrapa Trigo, localizada em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, Estado escolhido para começar os trabalhos da nova fase da Caravana justamente por concentrar, neste momento, um número maior de atores locais mobilizados. Cada capacitação será composta de quatro módulos. O primeiro é o único de base teórica e abordará a necessidade de se trabalhar com visão da paisagem agrícola para resolver o problema das pragas agrícolas, não olhando somente a cultura ou a propriedade rural, passando pelas bases do Manejo Integrado de Pragas, pelas principais pragas de soja e milho, pelo monitoramento e pelos níveis de controle.

A parte prática já começa no segundo módulo, quando os técnicos a serem treinados passarão para uma sala de aula, divididos em cinco estações: uma apresentando pragas de solo, outra pragas desfolhadoras, outra com pragas de vagem e de espiga, outra focando inimigos naturais e a última, parasitóides. "No período da tarde também utilizaremos a metodologia de estações de trabalho, só que no campo, em uma lavoura de soja da Embrapa Trigo. Cada estação fará uma demonstração prática de monitoramento de pragas com os técnicos, ora com pano de batida, ora com armadilha luminosa, ora com armadilhas com feromônios, ora com coleta de inimigos naturais com rede entomológica", afirma Werito Fernandes de Melo, outro membro da coordenação da Caravana. O último módulo do curso será um debate, onde todos os grupos vão exercitar a análise prática da situação-problema encontrada e a tomada de decisão sobre qual estratégia deve ser tomada para melhor controlar as pragas identificadas em campo.

"A nossa proposta é sanar as dúvidas dos técnicos, mostrando ações práticas do manejo integrado que podem ser aplicadas a cada situação nas diferentes regiões de produção. Para que o produtor esteja preparado, precisamos de assistência técnica qualificada, por isso selecionamos este público específico. No ano passado, o trabalho envolveu mais de 800 extensionistas", explica o analista da Embrapa Trigo, Giovani Faé.

Os nove polos escolhidos para participar da segunda fase da Caravana Embrapa são: Amapá, Roraima e centro-norte do Pará; Tocantins e o sul do Pará; sudoeste da Bahia; Alagoas e Sergipe; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Minas Gerais; São Paulo e Paraná; e Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Serviço - A Caravana será gratuita e contará com 50 vagas, destinadas  especificamente para técnicos de cooperativas do RS e que serão preenchidas por ordem de confirmação. Serão formadas duas turmas, com 25 técnicos no dia 16, e outros 25 técnicos no dia 17. As inscrições podem ser realizadas pelo e-mail giovani.castoldi@embrapa.br até o dia 12. Informações através do telefone (54) 3316-5851.

Primeira caravana mobilizou 6 mil técnicos rurais

A primeira fase da Caravana começou em dezembro do ano passado e percorreu 18 Estados e regiões produtoras até março de 2014, mobilizando mais de 6 mil técnicos rurais de Ematers, cooperativas, associações de produtores. Até então, a abordagem estava diretamente relacionada com presença da lagarta Helicoverpa armigera e o desequilíbrio por ela provocado nos mais diversos sistemas de produção do país. "Por isso, nosso objetivo foi nivelar os multiplicadores sobre essa e outras pragas e conscientizá-los de que a adoção do Manejo Integrado de Pragas, o MIP, era a tática mais adequada e efetiva para o controle do conjunto de lagartas que ameaçavam a safra 2013/2014", explica Paulo Galerani, pesquisador da Embrapa e um dos coordenadores da Caravana. Ao todo, a Empresa deslocou 30 dos seus melhores especialistas para atuar diretamente nas palestras e mais de 200 empregados nas 15 Caravanas que cruzaram o Brasil.

Segundo Galerani, os principais impactos obtidos foram o aumento da adoção do MIP nos Estados percorridos, principalmente de técnicas de controle biológico; o  uso mais racional do controle químico em algumas regiões produtoras; a instalação de Unidades de Referência Tecnológica para demonstração do Manejo Integrado; e a pressão do setor produtivo para instalação de novas biofábricas de Trichogramma, como ocorreu no Rio Grande do Sul.

Joseani M. Antunes e Robinson Cipriano (9693 - RS e 2057 - DF)
Embrapa Trigo

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