Equipes do Plano Brasil Sem Miséria avaliam ações
Equipes do Plano Brasil Sem Miséria avaliam ações
No período de 10 a 12 de dezembro, equipes do Plano Brasil Sem Miséria em Sergipe realizaram atividades no Território do Alto Sertão sergipano para avaliar as Unidades de Experimentação (UE) que foram implantadas nos sítios das famílias agricultoras envolvidas no projeto. As atividades foram realizadas em parceria com o Departamento de Transferência de Tecnologia (DTT) e a Embrapa Tabuleiros Costeiros.
Divididas em três grupos eles visitaram Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, Gararu, Monte Alegre e Nossa Senhora da Glória. Na oportunidade, as equipes aplicaram questionários semi-estruturados e fizeram entrevistas com as famílias agricultoras onde foram implantadas as UEs.
De acordo com o coordenador de programas de parcerias, Edson Guiducci, líder do projeto de gestão de monitoramento e avaliação do PBSM, há necessidade de ajustar uma proposta metodológica para tentar captar algum impacto e identificar algumas lacunas.
"Durante as visitas, percebemos que já há um conjunto de transformações que estão alinhados à inclusão produtiva. Consegue-se perceber que começa a trazer resultados", disse.
De acordo com a analista de Transferência de Tecnologia, Tereza Cristina de Oliveira, foram entregues equipamentos do projeto tais como motobomba suspensa, motobomba centrífuga, máquina forrageira e pluviômetro em contrato de comodato entre a Embrapa e a Emdagro nas unidades de experimentação no âmbito do Projeto Brasil Sem Miséria.
"Percebe-se um incremento de renda muito grande nessas famílias" disse Tereza. Muitos passaram a ter mais galinhas, mais ovos. Os produtores passaram a fazer uso da gliricídia com produção de silo, passando a substituir a soja que comprava e onerava seus custos. Com isso, os produtores passaram a fazer economia além de possibilitar alimento durante o período da seca. Muitos se consideraram autossuficientes para enfrentar o período da seca.
Do lado da extensão, foi evidenciado o sucesso da parceria. O técnico agrícola Albérico Sodórico, que trabalha na Emdagro de Gararu acompanhou 80 famílias de baixa renda no PBSM. "O critério da escolha das família é a baixa renda, beneficiária do Bolsa Família, com renda per capita de até R$ 70", afirmou.
"A filosofia é fixar o home no campo, oferecer mais dignidade, e evitar o êxodo rural que por falta de opões na comunidade abandonam as suas terras, aumentando a criminalidade nos grandes centros urbanos".
"O associativismo é importante para eles . A união faz a força. Parcerias. Dando condições que ele sobreviva sem a mendicância. Para que ele sobreviva dignamente", complementa.
Edilson Freitas Santos, que mora no povoado Quias, em Santa Bárbara, já esta alimentado seu gado com gliricídia e pretende fazer silagem. "Sou o maior beneficiário da vinda da Embrapa e da Emdagro na minha propriedade", disse.
Ivan Marinovic Brscan (1634/09/58/DF)
Embrapa Tabuleiros Costeiros
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