Apoiar o desenvolvimento da agricultura familiar e combater a pobreza em territórios rurais dos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, avaliando o potencial de mercado de alimentos tradicionais com reconhecido valor histórico-cultural ligados aos pequenos produtores. Esse é o objetivo do projeto Agregarte da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro, RJ), que agora lança um site. No ambiente virtual, o público terá acesso às principais ações e resultados do projeto, parceiros, além de publicações e links úteis relacionadas à produção de açúcar mascavo, queijo minas artesanal e farinha de mandioca do tipo Copioba, disponíveis nas bibliotecas da Embrapa de todo o Brasil. O projeto Agregarte trabalha com enfoque sistêmico e métodos participativos para o aprimoramento das agroindústrias rurais das regiões selecionadas, ancorado em parcerias estratégicas entre unidades de pesquisa da Embrapa, órgãos públicos ligados ao ensino, pesquisa, extensão e inspeção de alimentos e organizações sociais rurais (associações e cooperativas). "A intenção é conhecer melhor a produção artesanal de alimentos tradicionais daquelas localidades, para definir estratégias de desenvolvimento da agricultura familiar, com a participação direta dos agricultores envolvidos. Para isso, nossa equipe está identificando os principais obstáculos e oportunidades presentes nos sistemas agroalimentares do queijo artesanal do Serro, em Minas e da farinha de mandioca Copioba, no Recôncavo Baiano. Além disso, estamos dando continuidade às ações desenvolvidas na condução de uma agroindústria de açúcar mascavo num assentamento de reforma agrária do Norte Fluminense", conta o líder do projeto Rodrigo Paranhos, da Embrapa Agroindústria de Alimentos. Desde 2011, a equipe do projeto vem realizando a caracterização de três produtos tradicionais (açúcar mascavo do Norte Fluminense, queijo artesanal do Serro e da Serra da Canastra de Minas Gerais e farinha de Copioba do Recôncavo Baiano), a partir de análises físico-químicas, microbiológicas e sensoriais. Também estão sendo elaborados perfis agroindustriais com recomendações técnicas, que visam adequação das agroindústrias artesanais à legislação sanitária. O projeto pretende fortalecer redes de intercâmbio tecnológico, parcerias e iniciativas já existentes no âmbito da agroindústria familiar. Por fim, o Agregarte enfrenta o desafio de conciliar o "saber fazer" de bens culturais de referência às identidades mineira, baiana e fluminense com as exigências legais de produção de alimentos, em benefício dos consumidores brasileiros. Para saber mais sobre o projeto, acesse o site: www.ctaa.embrapa.br/projetos/agregarte