26/07/11 |

Primeira pós em Ciências Agrárias completa 50 anos

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Foto: Everaldo Nascimento

Everaldo Nascimento - Alfredo Homma

Alfredo Homma

 

As comemorações alusivas aos 50 anos do início da pós-graduação stricto sensu em Ciências Agrárias no País movimentam os profissionais da área, revelam os craques em Economia Rural e ressaltam a importância que os cursos de mestrado e doutorado tiveram para a melhoria da agricultura brasileira, muitos deles com apoio e incentivo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa.

"A pós-graduação em Ciências Agrárias efetuou uma revolução silenciosa no País, sem a qual não seríamos hoje uma potência agrícola mundial", avalia Alfredo Homma, premiado pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, mestre e doutor em Economia Rural titulado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e autor de livros dedicados à temática amazônica.

Se hoje a pós-graduação transformou-se em rotina das universidades, Homma conta que em 1974, quando iniciou o mestrado em Economia Rural na UFV (hoje denominado Economia Aplicada), havia apenas três pesquisadores com nível de mestrado voltados à agricultura na Amazônia Legal: Emanuel Adilson Souza Serrão e Cristo Nazaré Barbosa do Nascimento, ambos no Instituto de Pesquisas e Experimentação Agropecuárias do Norte (Ipean), sediado em Belém (PA) e que depois seria encampado pela Embrapa, e Acilino do Carmo Canto no Instituto de Pesquisas e Experimentação Agropecuárias da Amazônia Ocidental (IPEAAOc), em Manaus (AM).

"A gente olhava quem tinha mestrado como se fossem semideuses! Imagine, em uma área de 60% do território nacional haver apenas três pesquisadores com nível de mestrado!", relembra ele, comparando a realidade de antes com o presente: "hoje são mais de 4 mil doutores trabalhando na Amazônia Legal, em todas as áreas do conhecimento, a maioria com nível de doutorado".

PIONEIRISMO
A Universidade Federal de Viçosa foi a primeira a oferecer pós-graduação em sentido estrito no Brasil, a partir de 1961. "Os primeiros mestrados da instituição foram em Economia Rural e Fitotecnia, seguindo o modelo americano e concedendo o título de Magister Scientiae", destaca Alfredo Homma. Segundo ele, até 2010, a UFV defendeu 629 dissertações de mestrado e 141 teses de doutorado em Economia Rural, sem falar em outras áreas.

"O Brasil diploma hoje 41 mil mestres e 12 mil doutores por ano. Mas o passo inicial foi dado em 1961", enfatiza o pesquisador. Além do pioneirismo da UFV e dos programas de pós-graduação estabelecidos depois em outras universidades brasileiras, Homma ressalta que "a implantação da Embrapa foi determinante na grande transformação ocorrida na agricultura nacional, ao efetuar o treinamento maciço de seus pesquisadores a nível de mestrado e doutorado".

HOMENAGENS
Alfredo Homma integra o seleto time de apenas dez homenageados pela Universidade Federal de Viçosa na passagem do cinqüentenário da primeira pós em Ciências Agrárias do País. Esses craques são todos ex-alunos ou ex-professores do mestrado em Economia Rural da UFV que se distinguiram nas áreas de ensino, pesquisa, extensão rural, administração pública ou política agrícola.

Entre os dez, além de Homma, há mais três homenageados ligados à Embrapa: os pesquisadores Eliseu Alves (assessor do diretor-presidente e ele próprio ex-presidente de 1979 a 1985, quando a empresa foi consolidada e começou a obter maior reconhecimento no Brasil e no exterior) e Mariza Barbosa (ex-diretora da Embrapa), além de Hélio Tollini (ex-membro do Conselho de Administração da empresa).

As homenagens foram feitas nesta segunda-feira (25), em Belo Horizonte (MG), em cerimônia especial dentro da programação do 49º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (Sober).
 

Izabel Drulla Brandão (MTb 1084/PR)
Embrapa Amazônia Oriental

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