13/01/15 |   Pesca e aquicultura

Pescadores artesanais participam de dia de campo na Embrapa

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Foto: Ronaldo Rosa

Ronaldo Rosa - O grupo é formado por pescadores e filhos de pescadores

O grupo é formado por pescadores e filhos de pescadores

O dia de campo, realizado neste sábado (10), marcou o encerramento da primeira turma de formação profissional em piscicultura para ribeirinhos da região das ilhas de Abaetetuba, no Pará. O grupo, composto de 24 pescadores artesanais da localidade de Anequara, aprendeu na prática técnicas de manejo da atividade.

De acordo com Joanicy Ferreira, orientadora do curso, o grupo é composto por pescadores e filhos de pescadores que já têm o ensino fundamental completo e é uma oportunidade para formação profissional deles. Ele faz parte do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), do Governo Federal. "A ideia é qualificar esse público para melhorar sua atividade profissional ou para oferecer uma alternativa de renda, visto que moram em uma região onde há a disponiblidade do recurso natural necessário", esclarece a orientadora.

Na Estação de Piscicultura da Embrapa o pesquisador Heitor Martins apresentou todos os aspectos práticos da criação de peixes, desde a implantação de tanques escavados e tanques-rede, até a biometria dos peixes e elaboração da ração artesanal. Para o engenheiro de pesca Simon Costa, um dos instrutores do curso, o objetivo principal é estimular a criação em substituição à pesca extrativa, que pode tornar o recurso cada vez mais escasso.

A pescadora Katiane Gonçalves, 37 anos, da comunidade do Perpétuo Socorro, localidade de Anequara, concorda que, com o aumento da população, o peixe e o camarão estão ficando cada vez mais escassos na região. Ela e o marido sustentam a família com a pesca artesanal do camarão e do peixe, e a comercialização do que produzem em Abaetetuba. A partir desse curso, ela vê a possibilidade de melhorar a atividade, "com as informações técnicas vimos que é bem possível implantar tanque-rede e passar da extração para a criação de peixes. Assim conseguimos manter nossa produção", diz a pescadora.

Durante quatro meses, de outubro de 2014 a janeiro de 2015, os alunos tiveram aulas aos finais de semana na sua própria localidade sobre todos os aspectos do manejo da atividade. Manejo de tanques, por exemplo, adubação, fertilização, desinfecção; e manejo dos animais, como alimentação, crescimento, entre outros pontos. O curso, que teve o apoio técnico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), encerra no final deste mês.

Ana Laura Lima (MTb 1268 PA)
Embrapa Amazônia Oriental

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