Dia de Campo em Cristal/RS aborda culturas de Terras Baixas
Dia de Campo em Cristal/RS aborda culturas de Terras Baixas
Na última quinta-feira (22), cerca de quatrocentas pessoas se reuniram para o I Dia de Campo de Verão, na Fazenda Corticeiras, em Cristal/RS. O evento teve como tema: "Sistemas Integrados de Produção Agropecuária em Terras Baixas: investigando alternativas para uso da várzea" e contou ainda com a experiência de sucesso de alguns produtores e uma mesa redonda sobre "O plantio direto na várzea" e "Qual irrigação queremos?"
Os produtores, pesquisadores e técnicos presentes foram divididos em quatro diferentes estações: "Manejo da cultura do arroz em sistemas integrados de produção"; "Critérios para colocação de drenos e manejo da soja em sistemas integrados de produção"; "Planejando a Integração Lavoura-Pecuária"; e "Produção animal e manejo de espécies forrageiras em sistemas integrados de produção".
O produtor José Luiz Jardim Agostini, proprietário da fazenda onde o Dia de Campo foi realizado, disponibilizou uma área da propriedade para teste de diferentes sistemas que envolvem a diversidade para a produção em terras baixas. "Através destes estudos que estão fazendo aqui na fazenda, consigo aplicar nas lavouras de soja e arroz e assim colher um produto com mais qualidade e com rendimento maior", afirmou.
O tema que despertou mais atenção dos produtores diz respeito às alternativas para o rendimento do arroz e da soja em épocas chuvosas. Este ano a safra do arroz será menor do que anterior e Agostini prevê uma queda de 30% na produção. Segundo o pesquisador da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) e um dos palestrantes do evento, Jamir Silva, a drenagem é uma opção para minimizar as consequências da época chuvosa. Segundo a palestra de Silva, a técnica é o primeiro passo no local do plantio. A drenagem canaliza a água em excesso e evita que a raiz fique exposta a grande quantidade de umidade, evitando o apodrecimento.
A adubação também deve ser feita pelos produtores. O pesquisador da Embrapa Pecuária Sul (Bagé, RS), Danilo Sant'Anna, palestrou sobre a importância e a diferença de um solo adubado. "Conseguimos perceber através do que foi plantado no solo. Aquela planta que cresce mais forte e mais verde é resultado de uma preparação maior antes do plantio. Recebeu adubação e fertilizantes", completou o pesquisador.
Outra indicação da pesquisa é o plantio de pastagens como o azevém nas áreas de arroz e soja após a colheita. Mas a permanência do gado em pastejo é de até três meses antes do plantio da próxima safra. De acordo com o doutorando da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Thiago Barros, a altura ideal do azevém para o pastejo é de 12 cm. "É um tamanho ideal para alimentar o rebanho e não prejudicar o solo para a próxima safra", complementa.
O evento foi uma promoção da Embrapa Clima Temperado, da Embrapa Pecuária Sul, da UFRGS, do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA), do Serviço de Inteligência em Agronegócio (SIA) e da Integrar - Gestão e Inovação Agropecuária. Contou ainda com patrocínio da Rede de Fomento à Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), parceria público-privada formada pela Embrapa, Cocamar (Cooperativa Agroindustrial do Paraná), John Deere e Syngenta e integrante do Projeto de ILPF da Embrapa Cerrados (Brasília, DF).
Colaboração: Silvana Scaglioni
Francisco Lima (13696 DRT/RS)
Embrapa Clima Temperado
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