Workshop de Geotecnologias mostra eficiência no uso da água
Workshop de Geotecnologias mostra eficiência no uso da água
Foto: Paulo Lanzetta
Empresas de geotecnologias, equipamentos e implementos agrícolas realizaram exposição e demonstração de produtos para o evento, que buscou a promoção e o conhecimento pelo agricultor de novas tecnologias na área de sistematização de solos e irrigação.
Pesquisa, empresas privadas e agricultores buscam menor impacto ambienal e maior produtividade na cultura da soja em terras de arroz. Primeiro debate trouxe depoimentos e agricultores interessados.
O Workshop Uso de Geotecnologias na Produção de Soja em Terras Baixas contou com mais de 140 participantes, entre produtores rurais e profissionais com atuação, ou interessados neste tema, realizado num único dia, 23 de junho, com três paineis técnicos apresentados no auditório da sede da Embrapa Clima Temperado (Pelotas,RS) sobre diagnóstico da produção de soja em rotação ao arroz irrigado, o uso de geotecnologias na irrigação e drenagem em terras baixas e o manejo de solo para a produção de soja nesse ambiente, além de uma exposição de equipamentos e implementos agrícolas no pátio da Unidade de pesquisas. O evento foi feito em parceria com as empresas Trimble Brasil, AgriMec, Delta Plastics e KLR e contou com o apoio da UFSM, UFPel e Irga.
Um dos coordenadores do evento, o pesquisador José Maria Parfitt disse que a atividade foi montada para promover um debate entre quem utiliza novas geotecnologias e quem está interessado em adotá-las. "Este evento, inclusive, vai nos dar a oportunidade de coletar demandas do sistema produtivo. A ideia é apresentar essas novas tecnologias, no caso, geotecnologias como o Sistema Global de Navegação por Satélite, o GNSS, uma espécie de GPS, mas que contribui de uma forma mais intensa na utilização da área agrícola e também de retorno em produtividade", explica ele.
Para o pesquisador o Workshop deu ênfase na produção de soja cultivada em terras de arroz ao mostrar a importância de estudar os solos. " Os solos de terras baixas, onde plantamos arroz, são terrenos impermeáveis, então é preciso conhecer o relevo e um dos fatores na condução dessa prática é o manejo da água, pois a drenagem passa a ser um fator complicador, assim como outros processos como entaipamento e irrigação", esclarece. As geotecnologias foram mostradas como alternativas eficientes e apresentadas pelos próprios produtores-usuários, como a Granja Bretanha, de Jaguarão/RS.
Uma parceria entre a empresa de geotecnologias, os agricultores e a pesquisa vem demonstrando possibilidades na sistematização do solos. "A parceria entre a Embrapa, Trimble e o agricultor vem a fortalecer que muitos deles que não estão acostumados com o uso de geotecnologias, que ela será um futuro bem próximo em suas propriedades", respondeu o técnico Herinque Levien, representante no sul do país da empresa de geotecnologias.
"Eu já conhecia essas geotecnologias e vi que é uma excelente ferramenta para melhorar eficiência do uso da água, para viabilizar cultivos de áreas de várzea não só de soja, mas de outros cultivos; é uma melhoria do sistema como um todo por que é muito dinâmico, que vale muito a pena, por que essas geotecnologias podem servir para outras atividades na propriedade", testemunhou o engenheiro agronômo Everton Luiz Fonseca, gerente de operação e manutenção da Associação dos Usuários do Arroio Duro (AUD), de Camaquã/RS.
Ele saiu do evento satisfeito, com a missão de difundir a existência dessas geotecnologias junto a Associação já que verificou pelo depoimento dos produtores-usuários que elas aumentam a eficiência de produção, diminuem o uso de insumos o que contribui na redução de custos financeiros, além de trazer um benefício de impacto ambiental pelo fato de se utilizar menos água.
Cristiane Betemps (MTb 7418)
Embrapa Clima Temperado
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