A Embrapa Agropecuária Oeste, por meio dos pesquisadores Michely Tomazi e Rodrigo Arroyo, esteve presente na 36ª Reunião de Pesquisa de Soja (RPS), realizada nos dias 28 e 29 de junho, em Londrina (PR). A RPS é considerado o principal fórum de pesquisa do complexo agropecuário da soja e tem caráter estritamente técnico. A pesquisadora Michely Tomazi, participou do evento pela primeira vez, e ficou muito satisfeita com as informações de um dos pontos fortes desta edição, que foi a qualidade do solos. Ela é uma das integrantes da equipe da Rede de pesquisa Solo Vivo, financiado pela Embrapa e Itaipú Binacional, responsável pelo desenvolvimento do método Diagnóstico Rápido da Estrutura do Solo (DRES), que traz uma forma inovadora de avaliação visual da estrutura dos solos tropicais e subtropicais em áreas de lavoura. O DRES teve seu lançamento oficial durante a RSP, em Londrina. Por meio desse projeto de pesquisa, com participação do professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Ricardo Ralisch e pesquisadores da Embrapa, a Embrapa Agropecuária Oeste pode contribuir no desenvolvimento e validação da metodologia para as condições inclusive em solos arenosos, comuns na região de atuação da Unidade. “A construção conjunta dessa nova metodologia de pesquisa permitiu maior abrangência no cenário nacional, incluindo as principais regiões produtoras de grãos do país”, destaca ela. Testes em campo - O DRES tem sido muito bem aceito por produtores e técnicos em várias regiões. Em 2016, aproximadamente 80 agrônomos da cooperativa agrícola Cocamar foram treinados na metodologia DRES para aplicar o método em propriedades no norte e noroeste do Paraná, Vale do Paranapanema (SP) e Mato Grosso do Sul. De acordo com o gerente técnico da Cocamar, Leandro Teixeira, o DRES foi aplicado tanto em solos argilosos (presentes nas regiões tradicionais da soja) quanto em propriedades com solos arenosos, a exemplo da região do Arenito Cauiá, onde predomina a produção de soja em integração com as pastagens. “O método é muito simples de ser aplicado e se mostrou eficiente para auxiliar na tomada de decisão a campo. Até então tínhamos carência de uma ferramenta como o DRES que nos direcionasse para a condução de um bom manejo do solo”, diz Teixeira. “Para o segundo semestre estamos planejando uma capacitação voltada para a equipe da Fundação MS, que é uma das parceiras na realização das atividades em áreas de produtores no Mato Grosso do Sul, onde está sendo realizado monitoramento a nível de microbacias hidrográficas”, disse a pesquisadora. Ela salienta que outros grupos que possam ter interesse na metodologia e que considerem relevante proporcionar a capacitação de sua equipe de técnicos e assistentes rurais podem procurar a Embrapa para viabilizar esse treinamento. “A metodologia é prática para aplicação à campo e tem grande aplicação junto aos produtores”, finalizou a estudiosa. Saiba mais sobre o DRES. Clique aqui para acessar a matéria da Agência Embrapa de Notícias e confira o vídeo sobre o assunto. A publicação técnica científica sobre o assunto “Diagnóstico rápido da estrutura do solo – DRES” pode ser acessada aqui.