Programa estimula alunos da Rede Municipal de Campinas a desenvolver projetos de pesquisa nas escolas
Programa estimula alunos da Rede Municipal de Campinas a desenvolver projetos de pesquisa nas escolas
Foto: Graziella Galinari
Iniciativa foi construída no âmbito do convênio de cooperação técnica estabelecido entre a Embrapa Monitoramento por Satélite e a Prefeitura Municipal.
Alunos dos anos finais do ensino fundamental em Campinas serão estimulados a desenvolver projetos de pesquisa. O incentivo faz parte do programa "Pesquisa e Conhecimento na Escola", lançado na segunda-feira, dia 16 de março. A iniciativa foi construída no âmbito do convênio de cooperação técnica estabelecido entre a Embrapa Monitoramento por Satélite e a Prefeitura Municipal e tem como ponto de partida o Atlas Escolar da Região Metropolitana de Campinas (GeoAtlas), que poderá ser consultado a partir desta semana nas 45 escolas da rede municipal.
"Queremos estimular o espírito investigativo do aluno", afirmou a educadora Miriam Benedita Camargo, que está à frente da Coordenadoria Setorial de Formação do Departamento Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação. Ela explica que as escolas serão estimuladas a produzir projetos interdisciplinares sobre questões de interesse local e regional, baseadas em temas presentes no GeoAtlas. Depois de formulados, os trabalhos serão apresentados em um evento no final do ano, o Fórum de Pesquisa Estudantil.
"Considero muito importante o fato do programa levar o aluno a se familiarizar com as atividades de pesquisa ainda nos primeiros anos da vida estudantil. Além disso, o jovem será estimulado a trabalhar temas sobre a sua própria região", afirmou o vice-prefeito de Campinas, Henrique Magalhães Teixeira, durante a solenidade de lançamento que contou também com a presença do chefe-geral da Embrapa Monitoramento por Satélite, Mateus Batistella.
O programa "Pesquisa e Conhecimento na Escola" foi estruturado após a experiência positiva da parceria entre Prefeitura e Embrapa quando da elaboração do primeiro volume do GeoAtlas, concluído no final de 2014. O material paradidático contextualiza o conteúdo ministrado na escola com a vivência do estudante, levando a realidade local à sala de aula. A obra foi preparada por uma equipe de 23 professores da rede municipal de ensino sob a coordenação da Embrapa. O Atlas foi produzido no âmbito de um projeto de transferência de tecnologia e comunicação institucional financiado pela Empresa e contou também com o apoio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Atlas Escolar
O GeoAtlas apresenta, no primeiro volume, imagens de satélite, mapas e gráficos com informações sobre aspectos históricos, temas ambientais e as principais atividades econômicas de Campinas e região, com ênfase na agropecuária. O segundo volume já está em fase de elaboração e vai abordar produtos da região, como cana-de-açúcar, café, frutas, hortas e a produção animal. Além de contribuir com conteúdos, os professores participaram de formações sobre o uso de novas tecnologias, como as imagens de satélite, e a partir do dia 16 de março atuarão no programa como multiplicadores junto às demais escolas.
Cristina Criscuolo, pesquisadora da Embrapa e coordenadora do GeoAtlas, ressalta a importância da parceria firmada. Para ela, o programa "Pesquisa e Conhecimento na Escola" será uma ótima oportunidade de difundir o uso das geotecnologias e da importância da agricultura nas escolas, que podem ser utilizadas por todos os componentes curriculares.
Banco de dados
Usando recursos tecnológicos, o Atlas também dispõe de um banco de dados com sequências didáticas para cada tema, que poderão ser utilizadas pelos professores como material complementar. Com o programa, os conhecimentos gerados pelos estudantes e professores serão incluídos no banco de dados, como forma de agregar o trabalho desenvolvido de forma colaborativa, como afirmou Wladimir Mesko, coordenador pedagógico e um dos responsáveis pelo programa.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, o Programa responde às demandas das Diretrizes Curriculares de Campinas e das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, que preconizam o desenvolvimento da postura investigativa do estudante e o trabalho com conteúdos contextualizados nas vivências e realidades locais.
Alan Rodrigues dos Santos (MTb 2625 CE)
Embrapa Monitoramento por Satélite
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