30/03/15 |   Animal production

Demonstrações de manejo da BRS Estribo foram destaques na Expoagro Afubra

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Photo: Marco Lucas

Marco Lucas - Vacas pastejando e outras demonstrações causaram curiosidade nos visitantes

Vacas pastejando e outras demonstrações causaram curiosidade nos visitantes

Para entender, de fato, uma recomendação técnica, nada melhor do que visualizar sua aplicação. Por isso o sucesso das diversas demonstrações de tecnologias trazidas ao público na Expoagro Afubra 2015, que aconteceu em Rio Pardo-RS, município localizado a cerca de 150 km de Porto Alegre. Considerada a maior feira para agricultores familiares do país, esta foi a 15ª edição do evento, que contabilizou a visita de 84 mil pessoas. Sucesso também foi o corredor de estandes da Embrapa e Emater, que apresentou várias alternativas de espécies forrageiras para produção no período de outono, com direito a vacas de leite pastejando ao fundo. Dispostas em parcelas separadas, as plantas foram implementadas há alguns meses na área de exposição, para que, na data do evento (24 a 26 de março) pudessem estar na condição adequada para apresentação aos produtores e visitantes.

Para demonstração, a Embrapa Pecuária Sul (de Bagé-RS) preparou na feira uma parcela da gramínea anual de verão capim-sudão BRS Estribo, além de levar amostras de sementes da cultivares recentemente lançadas de trevo-branco BRS-URS Entrevero, trevo-vesiculoso BRS Piquete e cornichão URB-BRS Posteiro. Estas são as três leguminosas que podem vir a ser utilizadas em consorciação com gramíneas de inverno. Além da unidade de pesquisa de Bagé, fizeram parte deste corredor de estandes a Embrapa Clima Temperado, a Embrapa Trigo, Embrapa Milho e Sorgo e a Emater-RS-Ascar, que buscaram juntas enfatizar a importância do planejamento forrageiro para o sucesso da propriedade, principalmente a familiar.

Para atender ao público do estande, estavam presentes da Embrapa Pecuária Sul a pesquisadora da área de manejo de pastagens Márcia Silveira e os analistas Viviane de Bem e Canto e Marco Antônio Karam Lucas. Segundo Lucas, um dos responsáveis pela implantação da parcela da forrageira capim-sudão BRS Estribo no local, a proposta do Centro de Pesquisa foi mostrar como deve ser feito o manejo correto dessa forrageira. "Pois além da importância de se ter uma cultivar de qualidade para plantar, é fundamental saber como se dá o manejo. Isso é determinante para o sucesso da utilização da forrageira", enfatiza Viviane. Por isso, o capim-sudão BRS Estribo foi mostrado em várias situações de manejo rotativo:

Em sistemas rotativos, o pastejo de ser realizado sempre que as plantas do capim-sudão BRS Estribo estiverem com altura de 50 a 60 centímetros.
 
O público pôde conferir linhas de capim-sudão cortadas em alturas distintas para mostrar práticas correntas e incorretas de manejo.  No primeiro pastejo, os animais devem rebaixar a forrageira a 5 centímetros (a direita), para estimular o perfilhamento das plantas e, assim a produção de forragem. Nos demais pastejos, a altura do resíduo da pastagem deve ficar entre 10-15 cm (ao centro), com a finalidade de possibilitar que a rebrota produza uma planta forrageira com maior proporção de folhas. Deve-se evitar que no pós-pastejo a altura da pastagem esteja acima de 15 cm (à esquerda), pois, assim a planta na rebrota apresentará maiores proporções de colmos em relação as folhas e maior tempo para retorno ao pastejo.  O resultado destas alturas de pastejo pode ser visualizado em outro local do estande.

Manuela Bergamim (MTb 1951/ES)
Embrapa Pecuária Sul

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