Embrapa participa de Conferência Mundial de Restauração Ecológica
Embrapa participa de Conferência Mundial de Restauração Ecológica
Pesquisadores de várias Unidades da Embrapa participam, entre os dias 27 de agosto e 1º de setembro, da 7ª Conferência Mundial de Restauração Ecológica, em Foz do Iguaçu/PR. O evento, que acontece a cada dois anos, é o maior da área e agregará representantes dos setores público, privado e ONGs. Integrante da comissão organizadora, o pesquisador Luiz Fernando Duarte de Moraes, da Embrapa Agrobiologia (Seropédica/RJ), afirma que esta é uma oportunidade para a pesquisa. “São temas associados à restauração florestal e adequação ambiental, importantes para subsidiar nossas ações para o atendimento das demandas, como, por exemplo, aquelas geradas pelo novo código florestal”, diz.
Organizada pela Sociedade Brasileira de Restauração Ecológica (SOBRE), pela Sociedade Internacional de Restauração Ecológica (SER) e pela Sociedade Ibero-americana e do Caribe de Restauração Ecológica (SIACRE), a 7ª Conferência Mundial de Restauração Ecológica terá um público recorde de mais de mil participantes, de 60 países envolvidos em discussões cujo tema central é Conectando ciência e prática para um mundo melhor.
A conferência terá nove palestras magnas com cientistas de renome mundial, que abordarão temas como a degradação de ecossistemas terrestres e aquáticos, as bases teóricas e científicas e os principais desafios para a restauração desses ecossistemas em diferentes escalas, inovação e comunicação em restauração, políticas públicas e organização da sociedade civil para a consecução desses objetivos. Um desses painéis abordará os financiamentos globais e as ações governamentais para atender aos objetivos da biodiversidade e da sustentabilidade.
Durante os seis dias, serão 78 simpósios e workshops, mais de 500 apresentações de trabalhos voluntários, 5 cursos de treinamento, além de visitas temáticas ao campo. Estudantes, técnicos e tomadores de decisão poderão interagir com os maiores cientistas da atualidade na área de restauração ecológica, aumentando assim a capacidade técnica para projetos de restauração em diferentes escalas.
Panorama mundial
Uma das maiores preocupações do mundo contemporâneo é garantir a sustentabilidade ambiental, social e econômica às futuras gerações. O planeta já ultrapassou vários dos limites aceitáveis, como, por exemplo, os níveis de perda de biodiversidade, as mudanças climáticas globais e as interferências no ciclo de nitrogênio dos ecossistemas. Em face disso, alguns dos principais acordos mundiais voltados para a questão ambiental, como o Acordo de Paris, Os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável e as Metas de Aichii, apontam a restauração ecológica dos ecossistemas como a principal forma de reverter algumas destas ameaças globais.
Brasil: um protagonista mundial nas ações de restauração ecológica
Em 2012, o Brasil assumiu o compromisso de restaurar 12 milhões de hectares de áreas degradadas e pastagens improdutivas até 2030. Trata-se de um marco importante para reverter a perda de espécies deste que é o país de maior biodiversidade. Além disso, a restauração dessas áreas permitirá mitigar os efeitos das mudanças climáticas, uma vez que o crescimento das plantas sequestra carbono da atmosfera.
Ao se comprometer perante as outras nações do mundo, o Brasil assumiu o papel de protagonista nessas ações mundiais, o que desencadeou uma série de ações políticas e estruturais importantes nacionalmente, como o Plano Nacional de Restauração da Vegetação Nativa (PLANAVEG) e a Lei de Proteção da Vegetação Nativa (Lei 12.651 de 2012).
Mas em meio a uma de suas maiores crises políticas e econômicas, o País vive uma crescente ameaça aos ecossistemas naturais, com propostas de alteração da legislação ambiental, a redução de áreas protegidas e o passivo gerado pelo desastre de Mariana, em Minas Gerais. Por outro lado, para os organizadores da Conferência, a realização de um evento dessa magnitude em terras brasileiras representa uma esperança para um futuro melhor.
Entre os nomes já confirmados para a 7ª Conferência Mundial de Restauração Ecológica estão Joaquim Levy, ex-ministro da Economia do Governo Dilma e hoje Chief Financial Officer do Banco Mundial, bem como Cristina Paşca Palmer, Secretária Executiva da CBD (Convention on Biological Diversity), além de Stephen Rumsey, Presidente da Permian Global, e Rosa Lemos de Sá, Diretora Executiva do Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade).
Outras informações: http://ser2017.org/pt/
Ana Lucia Ferreira (MTb 16.913/RJ)
Embrapa Agrobiologia
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