As enfermidades emergentes em suínos e o drawback como apoio às exportações de frangos, perus, ovos e suínos são os temas com participação da Embrapa Suínos e Aves a serem debatidos no Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS 2017), promovido pela Associação Brasileira de Proteína Animal, que acontece entre hoje (29) e quinta-feira (31), no Anhembi Parque, em São Paulo-SP. As interações dos pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves estão marcadas para o dia 30, quarta-feira. Pela manhã, a partir das 9 horas, a chefe-geral do centro de pesquisa da Embrapa em Concórdia, Janice Zanella, modera o painel Enfermidades emergentes em suínos, com a participação de Mario Sergio Assayag, da Seara, e David de Barcellos, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E, a partir das 15 horas, os pesquisadores Dirceu Talamini e Gerson Scheuermann abordam o drawback como apoio às exportações de frangos, perus, ovos e suínos, funcionalidade e ampliação das planilhas de conversão. O drawback é um regime aduaneiro especial que consiste na suspensão ou eliminação de tributos incidentes sobre insumos importados para utilização em produto exportado. O mecanismo funciona como um incentivo às exportações, porque reduz os custos de produção de produtos exportáveis, tornando-os mais competitivos no mercado internacional. Além das palestras, pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves também apresentarão trabalhos na programação científica do evento. A Unidade estará ainda na área dos expositores da feira, no estande do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, mostrando resultados de três de seus projetos: Tecnologias para Destinação de Animais Mortos (TEC-DAM), Bem-estar na suinocultura brasileira e o Arranjo Tecnológico para a Modernização e Sustentabilidade da Avicultura de Postura Comercial Brasileira (Moderovo). Tecnologias para Destinação de Animais Mortos (TEC-DAM) O Projeto TEC-DAM ajudará a definir legislação e tecnologias para destinação de animais mortos. Um problema que afeta a maioria das propriedades rurais produtoras de suínos, aves e bovinos é a destinação de carcaças de animais que morrem por causas rotineiras ou catastróficas. A preocupação se deve especialmente à falta de uma regulamentação específica para a remoção e destinação que atenda os aspectos sanitários, ambientais e econômicos. Para auxiliar produtores e órgãos regulamentadores, a Embrapa Suínos e Aves tem atuado na avaliação de algumas práticas e tecnologias apontadas como rotas tecnológicas, como a compostagem acelerada, a biodigestão anaeróbia, a desidratação, a incineração e a reciclagem industrial de carcaças (rendering) para a produção de farinhas, gorduras, fertilizantes e outros coprodutos de valor agregado. No entanto, essas rotas tecnológicas necessitam uma validação para que possam ser indicadas oficialmente pelos órgãos regulamentadores. A avaliação das rotas é realizada no âmbito do projeto TEC-DAM, que conta com a participação da Embrapa Gado de Leite e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Uma das tecnologias incluídas e aceitas no projeto TEC-DAM é o incinerador de carcaças. O incinerador é construído em chapas metálicas com revestimento interno refratário. Conjuga suas funções em duas câmaras de combustão, sendo que o ar forçado e GLP (gás liquefeito de petróleo) são utilizados como combustíveis. A queima de material orgânico visa atender a resolução sobre incineração do Conama/MMA; havendo uma primeira câmara de combustão com temperatura de 650ºC e, em seguida, uma segunda câmara de combustão para incineração dos efluentes gasosos e partículas derivadas da primeira combustão. Na segunda câmara, a temperatura de combustão chega a 850ºC. Com esse procedimento, diminuem significativamente os resíduos gasosos e odores e praticamente não deixa fuligem. Esta solução tecnológica foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com outras instituições. Saiba mais: Página especial do projeto TEC-DAM Página do incinerador de carcaças Bem-estar na suinocultura O bem-estar é um dos temas de maior discussão atualmente na indústria de proteína animal incluindo, claro, a suinocultura. O assunto envolve toda a cadeia produtiva; do produtor ao técnico, da granja à agroindústria e os transportadores. Todos em busca da melhoria dos padrões de trato e respeito aos animais. A Embrapa Suínos e Aves e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com o apoio de profissionais e instituições, elaborou uma série de documentos e instruções que visam atender este tema. Foi criada uma página no portal Embrapa Suínos e Aves onde todo material gerado está disponibilizado gratuitamente. Saiba mais: Página especial do Bem-estar na suinocultura Arranjo tecnológico para a modernização e sustentabilidade da avicultura de postura comercial brasileira (Moderovo) Melhorar os padrões produtivos da avicultura de postura é o foco principal deste arranjo, que comporta projetos como o Boas Práticas de Produção na Postura Comercial. Este projeto tem a proposta de contribuir para a melhoria da gestão, da qualidade e da biosseguridade de granjas comerciais de postura, por meio da implantação de boas práticas de produção e da capacitação de técnicos e de produtores. Destina-se a produtores de ovos com galinhas criadas em aviários californianos tradicionais. Uma das grandes conquistas deste projeto é a implantação dos POPs (Procedimento Operacional Padrão), em atividades gerais na granja, bem como atualização do documento Boas práticas na produção de ovos comerciais para poedeiras alojadas em gaiolas. Toda a informação gerada está sendo disponibilizada gratuitamente. O arranjo ainda comporta o projeto Nanovo, com objetivo focado no desenvolvimento de recobrimento em ovos comerciais, com a utilização de filmes de revestimento nanoestruturado, com potencial para reduzir problemas de contaminação microbiana, além de melhorar as propriedades de permeabilidade da casca evitando a desidratação e permitindo maior vida de prateleira dos ovos de mesa comerciais. Esse produto inovador para revestimento dos ovos proporcionará ganhos econômicos e sociais, pela garantia de um alimento saudável e de ovos com um tempo maior e significativo de durabilidade de armazenagem (vida de prateleira) sem uso de refrigeração, proporcionando economia de energia e menor frequência de devolução de produto. Saiba mais: Vídeo sobre o projeto BPP-Ovos Página do projeto BPP-Ovos Página do projeto Nanovo