30/08/17 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Cenário favorável à pluma nacional é destaque na abertura oficial do 11º Congresso Brasileiro do Algodão

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Foto: Edna Santos

Edna Santos - Sebastião Barbosa afimou que o algodão pode ser plantado em quase todo o território brasileiro e com tecnologia de produção é possível fazê-lo voltar ao Semiárido

Sebastião Barbosa afimou que o algodão pode ser plantado em quase todo o território brasileiro e com tecnologia de produção é possível fazê-lo voltar ao Semiárido

Foi aberta oficialmente na noite desta terça-feira (29) a 11ª edição do Congresso Brasileiro do Algodão, que espera reunir até o final do evento, na sexta-feira (1º), cerca de 1.200 participantes vindos das diversas regiões produtoras do Brasil, além de países da América Latina e África. A solenidade contou com a presença do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo de Azevedo Moura, do diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o embaixador João Almino, e do chefe-geral da Embrapa Algodão, Sebastião Barbosa, representando o presidente da Empresa, Maurício Lopes, e do secretário de Agricultura do estado de Alagoas, Álvaro Vasconcelos.

Em discurso otimista, Arlindo Moura destacou o “indício de dias melhores para a cotonicultura”, com a expectativa de aumento da área plantada em 23,3% na próxima safra em função aumento do consumo mundial da pluma. “Tudo indica que o mundo não só quer, mas precisa do algodão brasileiro. E nós temos todas as condições de suprir essa demanda”, comemorou.

O chefe-geral da Embrapa Algodão destacou a tradição do CBA na cotonicultura e a presença da Embrapa desde os primórdios do Congresso, quando ainda se chamava Reunião Nacional do Algodão. “As colheitas revelam alta produtividade e maturidade do algodão Brasileiro para abastecer a nossa indústria têxtil e de mais de 100 países no mundo todo. O algodão pode ser plantado em quase todo o território brasileiro e com tecnologia de produção é possível fazê-lo voltar ao Semiárido, assim como novos métodos de cultivo e de máquinas para a pequena agricultura”, afirmou.

De acordo com Barbosa, a Embrapa trabalha para o algodão, seja transgênico, convencional, branco, colorido ou orgânico. “É um esforço diuturno para competir com a fibra sintética e, na próxima safra, assinaremos um convênio com o a Abrapa e IMAmt para o desenvolvimento de algodão transgênico resistente ao bicudo do algodoeiro”, revelou.

O secretário de Agricultura de Alagoas observou que o algodão já foi uma importante cultura para o Estado, ao lado da cana de açúcar, e a importância de resgatar a cotonicultura nas terras alagoanas. “Queremos diversificar a nossa agricultura com a reintrodução do algodão para gerar emprego e renda para o estado e contribuir com a economia alagoana e brasileira”, declarou.

O diretor da ABC, embaixador João Almino, lembrou que o algodão é responsável pela geração de renda e segurança alimentar em diversos países do mundo e por isso ocupa posição de destaque em projetos de cooperação internacional. “Existem grandes desafios, mas estou certo que a cooperação internacional é um dos caminhos para resolvê-los”, afirmou.

Campanha Sou de Algodão

Primeira parceira oficial do movimento Sou de Algodão, liderado pela Abrapa para fomentar o consumo de algodão no mercado interno, a estilista alagoana Martha Medeiros, empolgou a plateia com o relato de sua trajetória como empresária. Suas criações, hoje exportadas para 30 países, sempre tiveram relação estreita com o algodão e com a renda e bordado tradicionais no seu estado natal. A estilista aposta no algodão para fazer moda com qualidade, responsabilidade social e respeito ao consumidor. “Fui desafiada pela Abrapa a fazer uma coleção, que acabo de lançar, com ênfase no algodão. Poderia ter utilizado qualquer fibra sintética, mas acredito que o futuro tem um coração antigo. Uma roupa de algodão é uma forma de abraço”, comparou.

Com Ascom Abrapa

 

Edna Santos (MTb 01700/CE)
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