Embrapa promove V Workshop de Ecologia Química aplicada na agricultura
Embrapa promove V Workshop de Ecologia Química aplicada na agricultura
Evento vai contar com instrutores do Brasil e do exterior. Estudantes e profissionais das áreas de agronomia, química, biologia, entre outras, podem se inscrever até o dia 10 de outubro de 2017. Inscrições aqui.
A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, localizada em Brasília, DF, promove no período de 16 a 20 de outubro de 2017, o V Workshop de Ecologia Química Aplicada na Agricultura. O objetivo é capacitar estudantes de graduação e pós-graduação das áreas de agronomia, química, biologia, entre outras relacionadas, além de técnicos agrícolas, extensionistas, pesquisadores, profissionais de empresas de insumos agrícolas, professores de universidades e tecnólogos em técnicas e metodologias de pesquisa para isolamento e identificação de semioquímicos, tais como feromônios, na avaliação comportamental de insetos e na aplicação no manejo de pragas agrícolas.
Estão sendo oferecidas 60 vagas e, para melhor aproveitamento do curso, é necessário ter conhecimentos de química – no mínimo, o curso de química geral - e biologia. A inscrição pode ser feita na página da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia pelo endereço https://www.embrapa.br/recursos-geneticos-e-biotecnologia/cursos/ecologia-quimica-aplicada-na-agricultura até o dia 10 de outubro próximo.
Aulas serão ministradas por pesquisadores do Brasil e do exterior
A coordenação técnica do curso é dos pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Miguel Borges, Maria Carolina Blassioli e Raúl Laumann. Do Brasil, participam também como instrutores professores das Universidades Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Josué Sant ́Ana, e de Brasília (UnB), Diego Magalhães, Marla J Hassemer, Michely Aquino e Ana Carolina Lagôa; além das pesquisadoras da Embrapa Pecuária Sul Claudia Gomes e da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Mirian Michereff.
Do exterior, participam as professoras da Universidade Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Clarice Steffens, e da Universidade de Buenos Aires, Romina Barrozo.
O conteúdo programático contará com aulas teóricas, abrangendo conceitos relacionados ao tema “O que é Ecologia Química” – comunicação em insetos, tipos de canais, sinais e pistas; definição de semioquímicos e classificação; química de semioquímicos; métodos analíticos para extração e identificação de semioquímicos; ecologia química de parasitoides Platygastridae; semioquímicos de plantas – interação multitrófica, alelopatia; interação intraespecífica – insetos; interação intraespecífica – plantas; interação intraespecífica inseto-inseto; ecologia química de animais; o uso de semioquímicos para o manejo e monitoramento de percevejos; aplicação de semioqúmicos no campo. Quimiorrecepção em insetos: da detecção ao comportamento e Técnicas avançadas para detecção em tempo real de pragas agrícolas.
A parte prática inclui atividades demonstrativas de extração de percevejos, mariposas e coleópteros – análise química e estudos comportamentais em olfatometria; bioensaios comportamentais com parasitoides; análises químicas por CG-DIC e CG-EM; e Eletroantenografia.
Feromônios: aliados no controle biológico de pragas agrícolas
A ecologia química se baseia no estudo de sinais químicos emitidos por insetos e plantas para se comunicarem. Alguns desses sinais químicos, como os feromônios, são liberados pelos insetos e transportados na atmosfera, sendo, essenciais na comunicação e interação entre os indivíduos da mesma espécie, com os próprios predadores ou inimigos naturais e as plantas.
Os feromônios emitidos e captados no meio ambiente por indivíduos da mesma espécie apresentam grande influência no comportamento desses animais na captura de alimentos e no processo reprodutivo, como dispositivo de atração sexual.
Os cientistas da Embrapa reproduzem, em laboratório, as condições observadas na natureza para compreender melhor o mecanismo comportamental dos insetos visando, assim, o desenvolvimento de novas metodologias a serem utilizadas no controle e manejo de insetos-praga.
O trabalho de pesquisa desenvolvido na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia em parceria com outras unidades da Embrapa, envolve o estudo de diferentes tipos de insetos-praga, dentre os quais podem ser citados: percevejos da soja e arroz, mariposas do milho, coleópteros de algodão e a broca do fruto do cupuaçu.
Segundo o pesquisador Miguel Borges, coordenador do Workshop, essa tecnologia tem como objetivo principal reduzir ao máximo o uso de defensivos químicos nas lavouras. “A expectativa é disponibilizar para a agricultura familiar e o agronegócio uma tecnologia limpa e impactante tanto do ponto de vista sócioambiental quanto do econômico”, afirma.
Neste contexto, os produtos de uso agrícola, derivados de feromônios têm se apresentado como fortes aliados da sustentabilidade na agricultura e têm um mercado crescente frente à economia mundial, com 30% do mercado de biopesticidas no mundo, atrás apenas dos inseticidas bacterianos e botânicos.
No Brasil, as tecnologias baseadas no uso de feromônios já resultaram em mais de 15 produtos registrados e outros em fase de registro. A aplicação dessas tecnologias está em expansão para o controle de insetos-praga de diversas culturas agrícolas, como o dendê, a maçã, a goiaba, a uva, a cana-de-açúcar entre várias outras, no Brasil e no exterior.
Inscrições até o dia 10 de outubro de 2017 no site:
Mais informações pelo e-mail: cenargen.cursos@embrapa.br
Fernanda Diniz (MTb 4685/DF)
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
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