08/09/17 |   Biodiversidade  Comunicação

Embrapa lança no Congresso de Agroecologia novo volume da Coleção Povos e Comunidades Tradicionais

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

Foto: Divulgação

Divulgação -

Intercâmbio de conhecimentos, saberes tradicionais, ciência, diversidade cultural, biodiversidade. São alguns dos elementos presentes no volume 2 da Coleção Povos e Comunidades Tradicionais - Diálogos de saberes: relatos da Embrapa - que será lançado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no dia 12/08, no Congresso de Agroecologia, a partir das 18h30.

O livro apresenta uma contribuição ao debate teórico e conceitual sobre o tema, por meio da reflexão de pesquisadores e acadêmicos de campos diversos do conhecimento, como Antropologia, Sociologia, Biologia, Ecologia, Agronomia, Economia, Direito, Assistência Social, Educação e Comunicação.

Com 623 páginas, dividida em 43 capítulos, e participação de 130 autores da Embrapa, universidades, organizações não governamentais e da Fundação Nacional do Índio (Funai), a publicação oferece ao leitor valiosas informações e relatos sobre as experiências vivenciadas pelos autores nos campos da pesquisa, do desenvolvimento, do compartilhamento e da construção de conhecimento em situações de interação da Embrapa e instituições parceiras com povos e comunidades tradicionais, em várias regiões do Brasil.

“Nas últimas décadas, por conta do agravamento das crises territoriais e ambientais, aliado ao forte crescimento populacional, os povos e as comunidades tradicionais têm suscitado novos contextos políticos e jurídicos que visam fortalecer a segurança e a soberania alimentar local. Essa situação tem motivado diversos atores sociais a formular diagnósticos locais, a planejar e buscar alternativas que possam contribuir para o fortalecimento da sustentabilidade econômica, social e ambiental dessas populações”, destacam as editoras técnicas, Terezinha Dias, Jane Simoni Eidt e Consolacion Udry, pesquisadoras e analista da Embrapa respectivamente.

“Organizar os trabalhos da Embrapa com povos e comunidades tradicionais permite que a instituição apresente à sociedade o que há por dentro de suas pesquisas e ações de tecnologias sociais para esse tipo de público. Mostra também que esses trabalhos convergem para a lógica entre os diálogos de saberes – conhecimento científico e conhecimento tradicional. Nos capítulos, salta aos olhos essa busca dos autores por uma proposta equilibrada nestes diálogos: pesquisador, povos indígenas e comunidades tradicionais, entre elas quilombolas, caiçaras, ribeirinhos, extrativistas”, destaca Terezinha Dias, pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF).

Para o pesquisador Fernando Fleury Curado, do Núcleo de Agroecologia da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), e autor do artigo intitulado  “O conhecimento tradicional de pescadores artesanais e as potencialidades para a gestão participativa da Ilha Mem de Sá, Itaporanga D'Ajuda, Sergipe", o trabalho representa o exercício de refletir sobre experiências de vida, de produção e de manejo e conservação da agrobiodiversidade junto aos povos tradicionais na Mata Atlântica e no Pantanal, no intuito de contribuir com o enfoque do diálogo entre a ciência e os conhecimentos tradicionais.

A coleção

Do total de sete volumes previstos para a coleção, o primeiro - Conhecimento tradicional: conceito e marco legal – lançado em 2015, como diz o próprio título, aborda os aspectos legais e conceituais relacionados a este campo do conhecimento. Além disso, apresenta um resumo das ações que a Embrapa e seus parceiros desenvolvem no País.

Este segundo volume dá a oportunidade para que cada um desses relatos seja mostrado em formato de capítulos, inclusive com a participação de coautores indígenas e indigenistas que contribuíram nos artigos que compõem a primeira parte do livro e que tem como tema os povos indígenas. Entre eles: o indígena Feliciano Krahô, da terra indígena Krahô Itacajá (TO), o técnico indigenista aposentado da Fundação Nacional do Índio (Funai), Fernando Schiavini e o técnico agrícola, indigenista da Fundação Nacional do Índio, em Oiapoque (AP), Domingos Santa Rosa.

Para Terezinha Dias, a coleção atende a uma demanda da sociedade, que busca saber como a Empresa vem se colocando neste campo do conhecimento, além de contribuir para que o País possa se posicionar frente aos tratados, acordos e convenções dos quais é signatário, por exemplo, a Convenção Sobre Diversidade Biológica e o Tratado Internacional Sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO). Também representa uma resposta da instituição às políticas públicas nacionais, como a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; à Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial nas Terras Indígenas; e à Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo).

“A Coleção foi muito importante por dar visibilidade a um esforço crescente de grupos de pesquisadores na Embrapa e de instituições parceiras com comunitários na construção de processos de pesquisa que internalizem o conjunto de práticas e saberes tradicionais que favoreçam o desenho de uma visão mais realista, orgânica e inclusiva sobre essas coletividades", complementa Curado.

O conjunto de volumes terá como objetivo abordar temas variados entre os quais se destacam conceitos e metodologias, legislação específica, experiências em Pesquisa e Desenvolvimento na interação com povos e comunidades tradicionais em diferentes regiões do País, sistemas agrícolas tradicionais, segurança alimentar e nutricional, polinizadores como indicadores de monitoramento ambiental, mudanças climáticas, conservação e uso dos recursos genéticos da biodiversidade.

Arranjo

A Embrapa também aprovou recentemente o Arranjo Construção e Intercâmbio de conhecimentos para o Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais. O objetivo é promover ações de inovação junto a povos e comunidades tradicionais que contribuam para identificar, caracterizar e valorizar sistemas tradicionais de uso, manejo e conservação de recursos naturais que contribuam para a segurança alimentar e nutricional com foco territorial, garantindo modos de vidas sustentáveis.

Coleção Direito Ambiental também é apresentada ao público

Em todo o cenário internacional, a todo tempo, muitas normas do Direito Ambiental estão entrando em vigor. Entretanto, novos conflitos se estabelecem, novas demandas estão continuamente a desafiar a comunidade científica, a exigir dela um pronto posicionamento e respostas aos problemas que envolvem a área ambiental. A Coleção Direito Ambiental, agora em seu terceiro volume, tenta corresponder a essa provocação.

E se à primeira vista a obra parece destinada exclusivamente a operadores do Direito, é de interesse de qualquer cidadão, independentemente da sua formação acadêmica, por criar um painel com variadas perspectivas e interpretações sobre o tema, em múltiplas áreas do conhecimento e abordagem inovadora.

Este volume, Bens e Recursos Ambientais e o Direito Ambiental, por sua vez, busca contribuir para a sistematização e a difusão de conhecimentos na área, para fazer frente às exigências contemporâneas na construção de novos valores e parâmetros éticos fundamentais da consciência ecológica e da cidadania ambiental. 

Dividido em cinco seções – Recursos hídricos, Recursos atmosféricos, Potenciais de energia, Recursos territoriais e Recursos biológicos -, a obra traça um amplo panorama e aporta valiosos conhecimentos de autores escolhidos entre pesquisadores da Embrapa, docentes e pesquisadores de universidades públicas e particulares, e de outros importantes centros de pesquisa, por seu envolvimento com a temática e produção científica identificada com os enfoques da Coleção Direito Ambiental.

Trabalhos técnico-científicos

Os resultados de dois projetos de Macroprograma 4 em Comunicação e Transferência de Tecnologia também serão apresentados durante o Congresso de Agroecologia no formato de trabalho técnico-científico. São eles: a Metodologia de Comunicação Comunitária para o Desenvolvimento Local certificada recentemente pela Fundação Banco do Brasil como Tecnologia Social; e a Metodologia de produção pedagógica de materiais multimídia com enfoque agroecológico para a agricultura familiar, ambos desenvolvidos pela Embrapa Informação Tecnológica em parceria com as Unidades Descentralizadas do Nordeste e os movimentos sociais.

Serviço:

12/08 – Lançamento do volume 2 da Coleção Povos e Comunidades Tradicionais

Local: Sala Ipê Amarelo – Centro de Convenções Ulysses Guimarães

Hora: de 18h30 às 21h

Mais detalhes acesse aqui.

 

Maria Clara Guaraldo (Mtb 5027/MG)
Embrapa Informação Tecnológica

Contatos para a imprensa

Telefone: 61 3448 - 2493

Maria Luiza Brochado (763/82 DRT-DF)
Embrapa Informação Tecnológica

Contatos para a imprensa

Telefone: 61 3448- 2479

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Encontre mais notícias sobre:

comunidades-tradicionaisods