Rede BioFort realiza reunião de acompanhamento e planejamento de ações em Brasília
Rede BioFort realiza reunião de acompanhamento e planejamento de ações em Brasília
Membros do Comitê Gestor da Rede BioFort se reuniram, nos últimos dias 30 e 31 de agosto, em Brasília, para acompanhamento das ações realizadas e planejamento dos projetos em andamento e os recém-aprovados. Do Maranhão, estiveram presentes o chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Cocais, Carlos Eugênio Vitoriano, o pesquisador melhorista da Embrapa Cocais Guilherme Abreu, além de representantes da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão – Agerp e da Secretaria de Agricultura Familiar do Estado do Maranhão – Saf. O evento contou ainda com a participação da pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos Marília Nutti, líder da Rede, e do diretor-executivo de transferência de tecnologia, Cleber Soares.
Na ocasião, foi iniciada elaboração de plano de negócios priorizando ações nos estados do Maranhão e Piauí, região considerada vitrine da biofortificação no Brasil. “Nesses estados, os cultivos biofortificados ganharam mais espaço, tendo estrutura e ambiente propícios, principalmente em função da necessidade nutricional da população e da qualidade do capital humano multiplicador do projeto, especialmente para as comunidades e regiões mais carentes. Especificamente no Maranhão, a Embrapa Cocais, em parceria com o Sistema SAF e parceiros, estão implantando unidades demonstrativas de milho, feijão-caupi, mandioca e batata doce para transferência de tecnologia a comunidades locais e escolas públicas”, explica Vitoriano.
Participaram também da reunião integrantes da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Hortaliças, Embrapa Meio Norte, Embrapa Amazônia Oriental, Embrapa Clima Temperado, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Embrapa Arroz e Feijão, Embrapa Tabuleiros Costeiros, Embrapa Trigo, Embrapa Produtos e Mercado e Secretaria de Relações Internacionais (SRI) e Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Pesquisadores melhoristas das Unidades da Embrapa apresentaram, na ocasião, seus atuais trabalhos de pesquisa e estimativa de quando novos cultivos biofortificados estarão no mercado.
Maranhão colhe os frutos do BioFORT - No Maranhão, os cultivos biofortificados, implantados desde 2006 pela Embrapa Meio-Norte, estão presentes em cerca de 20 municípios. A atuação da Embrapa Cocais no projeto abrange duas frentes: as ações advindas do Acordo de Cooperação Técnica entre a Embrapa e o Governo do Estado do Maranhão, assinado em abril deste ano, para transferência de tecnologia em cultivos biofortificados, visando à segurança alimentar e nutricional, especialmente para as comunidades e regiões mais carentes; e do projeto de transferência de tecnologia e de comunicação empresarial aprovado no âmbito do Macroprograma 4 da Embrapa, que engloba 38 Escolas Casas Familiares Rurais - CFRs, oito projetos sobre os sistemas agrícolas consorciados e 15 sobre Sistemas Integrados Alternativos para Produção de Alimentos, conhecido como "Sisteminha Embrapa”.
Mais sobre o projeto e a biofortificação – O BioFORT tem como objetivo primeiro diminuir a desnutrição e garantir maior segurança alimentar a partir do aumento dos teores de ferro, zinco e vitamina A na dieta da população mais carente. Para isso, busca a promoção do aumento da produção e do consumo de alimentos biofortificados nas diversas regiões do Brasil, por intermédio do fortalecimento de uma rede para a transferência de tecnologias com abrangência nacional.
O processo de biofortificação é feito com o cruzamento de plantas da mesma espécie, conhecido como melhoramento genético convencional, gerando cultivares mais nutritivas. Além da qualidade nutricional, são também incorporadas boas qualidades agronômicas (produtividade, resistência à seca e pragas), além de boa aceitação pelo mercado.
A Embrapa Agroindústria de Alimentos, localizada no Rio de Janeiro, lidera o projeto BioFORT, que, por sua vez, faz parte da Rede de Biofortificação no Brasil – Rede BioFORT. Esta rede foi iniciada pelo projeto HarvestPlus, financiado pela fundação Bill & Melinda Gates e pelo Banco Mundial, entre outros, e também inclui o projeto AgroSalud, financiado pela Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional (CIDA), ambos coordenados pela Embrapa Agroindústria de Alimentos.
No Brasil, várias Unidades da Embrapa em colaboração com universidades e centros de pesquisa, prefeituras, produtores, governo, organizações não-governamentais e outros parceiros, inclusive internacionais via o Harvest Plus (www.harvestplus.org), congregando mais de 150 pessoas nas diferentes áreas do conhecimento e em 14 estados brasileiros, apoiam os trabalhos da Rede BioFORT.
Essa rede de instituições é responsável pela biofortificação de alimentos básicos da dieta da população, tais como arroz, feijão, caupi, mandioca, batata-doce, milho, abóbora e trigo com maiores teores de ferro, zinco e vitamina A. A essência do programa de biofortificação é enriquecer alimentos que já fazem parte da dieta da população para que esta possa ter acesso a produtos mais nutritivos e que não exijam mudanças de seus hábitos de consumo.
Para saber mais acesse http://biofort.com.br/.
Flávia Bessa (MTb 4469/DF)
Embrapa Cocais
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Mais informações sobre o tema
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