Novo contrato fortalece programa de melhoramento de pimentas
Novo contrato fortalece programa de melhoramento de pimentas
A parceria vem desde 2002, quando foi assinado o primeiro contrato, e tem gerado bons frutos, a exemplo das cultivares de pimenta, BRS Garça e a BRS Sarakura, desenvolvidas com características apropriadas para uso industrial. A boa nova com relação aos laços construídos ao longo desses anos trata da renovação do contrato entre as instituições parceiras: a Embrapa Hortaliças (Brasília, DF), a Sakura Nakaia Alimentos Ltda. - empresa de processamento que tem como carro-chefe os produtos à base de soja, pimenta e alho, e a Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped), gestora dos recursos.
De acordo com a pesquisadora Cláudia Ribeiro, que coordena o Programa de Melhoramento de Pimenta e Pimentão, os pontos principais dos contratos firmados anteriormente previam, notadamente, o desenvolvimento de cultivares de pimenta do tipo Jalapeño que tivessem como principais características o alto rendimento, resistência a doenças, uniformidade de plantas e frutos e elevada pungência, expectativas plenamente alcançadas pelas pimentas BRS Garça e BRS Sarakura. As plantas de porte alto, com frutos grandes, destacam-se pela elevada produtividade: de 40 a 60 t/ha, na BRS Garça, e de 45 a 65t/ha, no caso da BRS Sarakura, quando nas áreas de produção.
"Em 2013, foram obtidas 2.400 toneladas de polpa dessas cultivares, produzidas no município de Catalão, em Goiás, números que comprovam o especial rendimento desses materiais", exemplifica a pesquisadora. As pimentas desenvolvidas pela Embrapa Hortaliças são cultivadas por pequenos produtores do sudeste goiano, contratados pela Sakura, que fornece as mudas. Instalada em Ouvidor, na região de Catalão, a indústria processadora acertou no novo contrato com a Embrapa outras atividades além do trabalho de melhoramento.
"Um dos maiores problemas durante a fase de colheita de pimenta refere-se à insuficiência de mão de obra, o que tem levado a Sakura a dar mais um salto tecnológico, investindo na mecanização da colheita. "Essa mudança requer, além de cultivares adaptadas à colheita mecanizada, alguns procedimentos de manejo, como um solo bem preparado, e adequados alinhamento e espaçamento de plantas, por exemplo," observa Cláudia. Com a adequação do manejo das plantas à máquina, segundo ela, o passo seguinte envolverá o treinamento dos produtores para a correta operacionalização do sistema de produção de pimentas visando à colheita mecanizada.
O contrato prevê o desenvolvimento de novas cultivares de pimentas do tipo Jalapeño adaptadas à colheita mecanizada, e a avaliação pela Sakura de cultivares de diferentes tipos de pimenta desenvolvidos pela Embrapa, com vistas à ampliação do portfólio com produtos diferenciados. A produção do molho vermelho, de preferência nacional, é o grande carro-chefe da empresa, mas, por outro lado, uma empresa do porte da Sakura também mira o mercado externo, "daí o interesse em testar diferentes cultivares para a obtenção de uma maior diversidade de cores e consistências para novos molhos e outros produtos à base de pimentas".
Lei de inovação
O contrato celebrado é baseado na Lei de Inovação Tecnológica, regulamentada pelo Decreto-Lei nº 5.563, de 11/10/2005, que permite o investimento direto de empresas no desenvolvimento de novas tecnologias e o estabelecimento de medidas de incentivo à inovação e à pesquisa tecnológica no ambiente produtivo.
Anelise Macedo (2.749/DF)
Embrapa Hortaliças
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