14/04/15 |   Produção animal  Transferência de Tecnologia

Nova edição de capacitação da qualidade do leite

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Foto: Paulo Lanzetta

Paulo Lanzetta - A atividade leiteira é desenvolvida em 90% dos municípios gaúchos, envolvendo mais de 700 mil pessoas e cerca de 120 mil famílias

A atividade leiteira é desenvolvida em 90% dos municípios gaúchos, envolvendo mais de 700 mil pessoas e cerca de 120 mil famílias

 
Embrapa e parceiros trocam experiências com técnicos e associados do Sindilat
 
A Embrapa Clima Temperado, através do Projeto Protambo, realiza nesta semana o Curso de Qualidade do Leite-Lina na Estação Experimental Terras Baixas, localizada no Capão do Leão. Com capacidade para atender cem inscrições, o curso já possui cerca de 80 inscritos, que vão buscar a troca de experiências e a integração entre técnicos, pesquisadores e laticínios associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat). O evento acontece durante todo o dia da quinta-feira, 16 de abril. Esta será a terceira capacitação do ano nesta temática.
 
Segundo a pesquisadora e uma das organizadoras do curso, Maira Zanela, o treinamento é oferecido mais uma vez pelo fato de que no curso anterior muitos interessados não conseguiram se programar para participar. "Estamos repetindo o curso por que era necessário oportunizar a participação de mais técnicos e atender as expectativas dos associados do Sindilat, que será a primeira participação", comentou.
 
Dentro da programação, que trata do panorama atual da qualidade do leite no Estado e como controlar fatores e obter a qualidade desejável no leite, haverá  a palestra sobre o Leite Instável Não-Ácido (Lina). Para a pesquisadora este assunto ainda requer atenção por parte dos produtores de leite e técnicos. "Quando é feito o teste do álcool no leite na propriedade e o resultado é positivo, o produtor não sabe como solucionar o problema. Estamos apresentando neste curso quais são as tecnologias disponíveis para realização do diagnóstico e das suas soluções", explicou.
 
Quem quiser saber mais sobre a programação acesse https://www.embrapa.br/busca-de-eventos/-/evento/152134/curso-de-qualidade-do-leite-lina
 
O Lina
 
O Leite Instável Não-Ácido (Lina) é um problema que atinge milhares de produtores leiteiros. Ele é caracterizado por possivelmente apresentar resultado falso positivo no teste da acidez, que em algumas circunstâncias não apresente ácido.
 
O teste do álcool é realizado na Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, com o intuito de avaliar a qualidade do leite de alguns produtores e cooperativas da região Sul do Estado, as amostras de leite positivas são descartadas por não serem consideradas aptas para consumo. Uma das importantes alterações que ocorre durante o teste  é a perda da estabilidade da caseína (proteína do leite) que  resulta em precipitação positiva.
 
Em pesquisa, o leite aparenta os mesmos aspectos do leite ácido, para diferenciá-los o produtor pode coletar pequena quantidade de sua amostra e o ferver, se o leite talhar e não levantar fervura ele é ácido, já se o mesmo ferver ele é identificado como Lina, ressaltando que para comprovar é necessário que se faça o teste do álcool em um laboratório de pesquisa.
 
 
O projeto Protambo
 
A realização deste curso é vinculada a existência do projeto Transferência de Tecnologias para o Desenvolvimento da Atividade Leiteira no RS com base nas Boas  Práticas Agropecuárias (Protambo). 
 
Este programa, visa realizar uma série de ações para fortalecer as relações da Embrapa junto ao setor produtivo, aproximando a pesquisa da assistência técnica e do produtor, auxiliando na tomada de decisões e na orientação das práticas mais recomendadas a cada sistema e finalmente promovendo a inovação das tecnologias desenvolvidas. As ações a serem desenvolvidas incluem: formação de grupos de produtores em cinco mesorregiões do RS, diagnóstico dos sistemas de produção e identificação dos pontos críticos, capacitação de técnicos e produtores, intercâmbio de experiências com grupo de produtores e definição das tecnologias a serem implementadas, implantação de unidades de observação de forrageiras, acompanhamento das UPL e dos índices produtivos dos rebanhos, disponibilização de análises de solo, alimentos, água e qualidade do leite para as UPL e divulgação das tecnologias e dos resultados por meio de dias de campo nas regiões, meios de comunicação impresso e digital e de um seminário ao final do projeto. A metodologia do projeto compreende a formação de um ambiente de rede participativa, com papéis e responsabilidades definidos e compartilhados entre produtores, técnicos e pesquisa, visando a adoção das boas práticas como meio para o desenvolvimento local.
 
O Protambo será realizado com auxílio de instituições parceiras de diversas regiões do Estado, fortalecendo as relações da Embrapa e potencializando a apropriação dos resultados pela Cadeia Produtiva do Leite. 
 
O projeto tem a duração de três anos, sob a liderança da pesquisadora Maira Zanela. participam como parceiros a Cooperativa Santa Clara, AGEL, Coopermil, Emater - Regional Santa Rosa, AREDE, Emater - Regional Santa Maria, UFSM, Cooperforte, Cosulati, Coopar, UFPEL e UFRGS. As instituições parceiras irão colaborar com a seleção dos produtores, assistência técnica, coleta de dados e amostras, discussão com grupos de produtores, realização de dias de campo entre outras ações. 
 
 
 

Cristiane Betemps com colaboração de Letícia Eloi Pinto (MTb 7418-RS)
Embrapa Clima Temperado

Contatos para a imprensa

Telefone: (053) 3275-8215

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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