23/04/15 |   Transferência de Tecnologia

Transferência de tecnologia ajuda a fortalecer cadeia do milho em AL

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Foto: Saulo Coelho

Saulo Coelho - Módulo ministrado em Arapiraca

Módulo ministrado em Arapiraca

A Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) integra as articulações promovidas pelo Governo de Alagoas para fortalecer a cadeia produtiva de grãos no estado, que atualmente produz menos de 10% do milho que consome, segundo dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa). O pesquisador Paulo de Albuquerque, que atua na Unidade de Execução de Pesquisa de Rio Largo (AL), representa a empresa na comissão criada este ano para estruturar o Programa de Produção de Grãos do Estado de Alagoas.

Grande parte dos esforços deve se concentrar na transferência de tecnologias para que os agricultores possam ganhar produtividade e aumentar a participação de Alagoas na produção regional. Coordenada pela Seapa, a parceria envolve a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (FAEAL), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Caixa e Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater/AL).

Um dos primeiros resultados da articulação esforços do Governo de Alagoas com a Embrapa e parceiros foi a Capacitação Técnica sobre a Cultura do Milho, realizada de 15 a 17 de abril. O treinamento aconteceu em dois módulos com 30 participantes cada, sendo dia 15 em Maceió e 16 em Arapiraca, com finalização em atividade de campo na sexta (17) em São Miguel dos Campos.

O objetivo foi treinar assistentes técnicos e extensionistas do estado e municípios no sistema de produção do milho, com vistas á multiplicação dos conhecimentos juntos aos produtores de diversos territórios. A programação envolveu módulos ministrados por pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros e Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG). Os principais aspectos da cultura do milho foram abordados na teoria e na prática, como sistema de produção, variedades, combate a plantas daninhas e controle de pragas e doenças.

No Nordeste, Bahia, Piauí e Sergipe se destacam na produção de milho. Os agricultores dos municípios do Agreste e Sertão de Alagoas utilizam a técnica de produção em sequeiro, sem o auxílio da irrigação. Somente os grandes produtores usam esse sistema, que ainda é muito caro para os pequenos camponeses agrestinos. Durante o treinamento foi apresentado um dado interessante. A média de produção de milho na região é de 600 quilos de grãos por hectare. Em municípios do Sul e Centro-Oeste, e nos grandes produtores nordestinos, com a utilização de tecnologia e variedades que se adaptam ao clima local, a média é muito superior, superando 6 mil quilos por hectare.

Programação
Em Maceió, módulo para a primeira turma aconteceu no auditório da FAEAL. Na quinta, o segundo grupo participou do curso na Federação das Associações de Moradores de Arapiraca (Facomar). O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Israel Alexandre, abriu as apresentações tratando dos aspectos gerais do sistema de produção do grão. Os demais temas foram apresentados pelos pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Hélio Wilson, Sérgio Procópio, Élio Guzzo e Aldomário Negrisoli. Para auxiliar na construção do conhecimento, foram distribuídas diversas publicações técnicas da Embrapa sobre a cultura.

A atividade de campo em São Miguel dos Campos aconteceu na sexta-feira (17) na Fazenda Santo Antônio, pertencente ao experiente produtor Edílson Maia e maior inovadora em plantio mecanizado na região. Compareceram mais de 80 pessoas, entre participantes do curso, parceiros da Embrapa e convidados. Foram apresentadas por empresas parceiras do setor de maquinário agrícola três máquinas plantadeiras de diferentes dimensões, capazes de atender a produtores de portes variados, um pulverizador motorizado de barra e dois tratores, um de grande e um de pequeno porte, para puxar equipamentos de tamanhos variados.

Para o superintendente da Seapa, Hibernon Albuquerque, o curso foi de grande importância para introduzir conhecimentos, especialmente para aqueles que não possuem muita experiência com a cultura do milho. "A Embrapa é produtora dos mais avançados conhecimentos sobre o plantio e os demais aspectos da cultura do milho, como manejo de pragas e plantio direto, além de indicar as variedades e cultivares mais adequadas à nossa realidade, que envolve áreas de baixa altitude, como a Zona da Mata, secularmente focada na cana, e o Agreste, tradicional produtor de mandioca. Esperamos que esses conhecimentos ajudem de fato a dar suporte e alavancar essa cultura no estado, pois se trata de uma alternativa de grande potencial produtivo e econômico para Alagoas", declarou.

A agrônoma da Emater-AL, Maria das Graças Melo, que atua em Palmeira dos Índios, considerou o curso uma excelente oportunidade para aprimorar os conhecimentos, especialmente porque se aproxima a época do plantio da safra desta ano na região.

Com informações da Agência Alagoas

Saulo Coelho (MTB/SE 1065)
Embrapa Tabuleiros Costeiros

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