Carlos Magno deixa Chefia da Embrapa Pesca e Aquicultura
Carlos Magno deixa Chefia da Embrapa Pesca e Aquicultura
Atendendo decisão do MPT, Diretoria substitui gestor da Unidade. Aposentado não pertencia ao quadro efetivo da Embrapa
Desde a última segunda-feira (18) o agrônomo Carlos Magno Campos da Rocha não é mais chefe-geral da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO). Ele teve que ser substituído pela Diretoria Executiva para atender a uma exigência do Ministério Público do Trabalho (MPT): só podem exercer atividades em uma estatal pessoas contratadas por concurso público - a exceção, prevista na Lei das Estatais, são os cargos de presidente e diretores executivos. Carlos Magno entrou na Embrapa em 1974, mas se desligou em 2009 no último Programa de Desligamento Incentivado (PDI), dando entrada em sua aposentadoria.
A Embrapa já adequou desde 2015 a Norma de seleção de chefes-gerais, excluindo a possibilidade de contratação de pessoal sem o devido processo seletivo interno. No caso de Magno, o seu mandato ultrapassou o prazo de gestão de três anos, prorrogável apenas uma vez por três anos adicionais, razão pela qual a DE teve que tomar as providências necessárias para afastá-lo do cargo. A decisão não tem mais como ser revertida judicialmente e o não cumprimento da decisão levaria à multa de R$ 10 mil.
"Não temos outra atitude a tomar senão o cumprimento da decisão judicial. Ao Carlos Magno só temos que agradecer pelos sete anos que passou na consolidação da Embrapa Pesca e Aquicultura. Saia de cabeça erguida e consciência tranquila de que você cumpriu o seu dever e construiu uma trajetória notável", explicou o presidente Mauricio Lopes na videoconferência realizada no dia 18 com todos os empregados da Unidade. Assumirá interinamente a Chefia-Geral o analista Alexandre Aires de Freitas, atual chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia.
Desafio abraçado pelo coração
Carlos Magno assumiu a Chefia da UD em 2010, após o falecimento do chefe anterior, Homero Aidar. Conduziu nestes sete anos o fortalecimento da programação de P&D e de TT da Unidade, em um tema até então incipiente dentro do Sistema Embrapa de Gestão (SEG); a articulação de uma rede de parcerias institucionais e de redes temáticas de pesquisa, hoje consolidadas em portfólios, arranjos e a atuação hub envolvendo cinco UDs; e também a construção da atual Sede da Embrapa Pesca e Aquicultura .
"Há tempos para plantar, para adubar e para colher e nunca imaginei que esse momento pudesse chegar tão rápido. Cada um de vocês, aqui na Unidade, marcou a minha trajetória e confesso que essa oportunidade me rejuvenesceu", declarou Magno durante a videoconferência. "O melhor mérito de um líder é a capacidade de liderar pelo exemplo. Essa frase cabe perfeitamente a você, que com sua experiência, com a capacidade de se adaptar a mudanças e com a habilidade de lidar com a dimensão humana, abraçou esse desafio pelo coração e consolidou esse importante centro de pesquisa da Embrapa", finalizou Mauricio Lopes.
Depoimentos emocionados
Numa Unidade com apenas 78 pessoas, Carlos Magno é visto não apenas como um gestor, mas como um verdadeiro pai para muita gente, como pode ser conferido nos depoimentos a seguir:
“Ele representou, principalmente, acolhida. Desde o primeiro momento, ele se mostrou amigo, de braços abertos para me apoiar e ajudar na difícil adaptação a uma cidade tão diferente da minha. Isto possibilitou que eu me sentisse em casa, para enfrentar o grande desafio de começar o SGP totalmente do zero. Tenho absoluta certeza de que sem ele como chefe e amigo, teria sido infinitamente mais difícil” - Daniela Philippi Camboim, analista.
“Carlos Magno para mim é mais do que um chefe. É amigo para todas as horas. Devo um bocado a ele. O Carlos pega o humilde e faz dele um herói. Não é toda hora que se vê isso. Sem falar da integridade do seu caráter, que permite que ele fale com qualquer um de cabeça erguida porque não tem rabo preso” - Williams José de Barros, assistente.
“Carlos Magno foi um dos que mais nos ajudou, a mim e à minha família, para ficarmos na mesma cidade, pois eu residia em São Paulo e a Lu era da Embrapa Caprinos, no Ceará. Ele poderia simplesmente fazer vista grossa à nossa situação, mas não. Interviu com o único intuito de criar as condições para que nos fixássemos aqui em Palmas e tivéssemos condições de contribuir para a equipe da Unidade, da melhor forma possível. Isso demonstra desprendimento e sensibilidade" - Deivison Santos, pesquisador.
“Ele tem uma grande virtude que é conseguir ouvir e não se deixar levar pela autoridade do cargo. Se colocava de igual para igual com a gente e isso facilitava muito quando precisávamos explicar alguns processos de Administração que ele desconhecia, por exemplo. Ele queria aprender, fazia seus questionamentos, mas nunca impôs nada” - Rogério Almirão Sobreira, analista e chefe adjunto de Administração.
“Para mim, Carlos Magno sempre representará que a Embrapa é feita por pessoas e, como pessoa, ele é exemplo de dedicação, honestidade, paixão e muita humildade no trabalho que executamos em prol da sociedade. Espero que possamos sempre nos inspirar na pessoa dele para dar continuidade ao desenvolvimento do nosso centro" - Ana Paula Oeda Rodrigues, pesquisadora.
"Com o sempre chefe Carlos Magno, aprendi e compreendi melhor as palavras do professor Eric Loque Magalhães Xavier: "O profissional ruim é aquele que recebe elogios quando cumpre sua obrigação. O bom profissional é aquele que sempre recebe críticas quando cumpre apenas sua obrigação." Ser um bom profissional é uma arte: fazer suas obrigações com o seu melhor, mesmo em momentos difíceis e complicados, e reconhecer a necessidade de se inovar, renovar, globalizar e capacitar. Nesse sentido, CM é exemplo de excelente artista" - Danielle de Bem, analista
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