A oportunidade de poder criar livremente uma solução em tecnologia da informação, levou Erika Sabrina, de 22 anos, a participar da maratona Hackathon Universitário Embrapa, em Teresina, com o tema Feijão-caupi: manejo sustentável e mercado garantido.

Aluna do sétimo período de engenharia de produção na Universidade Federal do Piauí (UFPI), Sabrina é da equipe Meraki. “Vi nesse hackathon a oportunidade de colocar em prática a teoria que recebemos durante o curso. Está sendo muito gratificante participar do evento”, disse.

Com ela, integram o grupo Mateus de Melo, 20 anos, estudante de engenharia elétrica e Noemi Soares,  20 anos, também do curso de engenharia de produção da UFPI. Eles estão trabalhando no desenvolvimento de um sistema de irrigação automatizado que buscará o melhor nível possível de economia de água e energia elétrica. É a primeira vez que o grupo participa de uma gincana como essa.

Como Erika, Mateus e Noemi, mais 48 estudantes universitários, em 14 equipes, começaram a participar nesta quinta-feira 21, da maratona que busca desenvolver soluções a partir de resultados de pesquisas da Embrapa. O foco é no  desenvolvimento de sistemas, aplicativos móveis, aprendizado de máquina, automação, sensores e análise de dados, todas com foco na inovação tecnológica, para beneficiar a sociedade.

Com a presença de representantes de órgãos federais e estaduais, o evento foi aberto às 8:30 horas, pelo chefe geral da Embrapa Meio-Norte, Luiz Fernando Leite. Em seguida, começaram as palestras de apoio às equipes, com 20 minutos de duração cada. A primeira, com o tema Como fazer storyboard e canvas, foi feita pelo analista Bruno Pessoa, coordenador do concurso.

Ele mostrou, em detalhe, como se constrói um pré-projeto de programa de computador apoiado num modelo de negócio com potencial de se transformar  em um produto digital rentável.

As palestras técnicas seguintes foram: Mercado do feijão-caupi e Programa de melhoramento da cultura (pesquisador Kaesel Damasceno), Densidade de plantio e espaçamento (pesquisador Milton Cardoso), Nutrição mineral (pesquisador Francisco Brito), Demanda hídrica (pesquisador César Nogueira), Pragas (pesquisador Paulo Henrique Soares) e Doenças (pesquisador Cândido Athayde Sobrinho).

Os estudantes terão o período de 22 de setembro a 17 de outubro para o desenvolvimento das soluções. A entrega dos trabalhos será no dia  18 de outubro.  As três primeiras equipes mais pontuadas ganharão cursos de informática e design durante três meses, na ALURA, escola digital com sede em São Paulo;  dois livros digitais  da editora Casa do Código, também da capital paulista; e três kits avançados de Arduíno, que é  uma plataforma aberta para prototipagem de hardware.

Participam da gincana, além da Embrapa Meio-Norte,  as Unidades Amazônia Oriental (Belém, PA), Roraima (Boa Vista, RR), Informação Tecnológica (Brasília, DF),  e Agrobiologia (Seropédica, RJ).