04/10/17 |   Agroecologia e produção orgânica

Cati promove exposição no Dia Nacional da Abelha

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Foto: Katia Braga

Katia Braga - Abelha marmelada em abacateiro

Abelha marmelada em abacateiro

Celebrado em 3 de outubro, o Dia Nacional da Abelha é uma oportunidade para a conscientização sobre a importante participação desses insetos no processo de polinização de grande parte das culturas agrícolas e espécies florísticas silvestres, contribuindo assim para a preservação da vida.

Para debater e aprofundar o conhecimento sobre esses assuntos e, também, para conhecermos melhor as abelhas nativas sem ferrão, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, realizou um encontro em 3 de outubro, em sua sede, em Campinas.


A programação contou com palestras do biólogo e pesquisador da Embrapa Ricardo Camargo, que é também presidente da Associação de Meliponicultores do Estado de São Paulo (Amesampa).

Na parte prática, os participantes participaram de uma vivência com as abelhas nativas sem ferrão, juntamente com os meliponicultores que levaram seus enxames para exporem aos participantes e falaram sobre diversas espécies. O evento contou também com exposição e venda de produtos do mel e seus derivados.

“Comemorar essa data com ações de conscientização sobre a relevância das abelhas é imprescindível atualmente, devido aos impactos negativos causados pela ação do homem na natureza”, avaliou João Brunelli Júnior, coordenador da Cati.

Segundo o engenheiro agrônomo Osmar Diz, que trabalha na Divisão de Extensão Rural (Dextru) da Cati, um dos organizadores do evento, o encontro ofereceu uma oportunidade para troca de saberes e experiências a respeito das abelhas e um momento de estudo e reflexão sobre a importância delas em todos os ecossistemas.

Ações para conservação das abelhas
Considerada uma das grandes opções para a agricultura familiar, a apicultura está em franca expansão e precisa de estímulo e incentivo. Por isso, a instituição, atenta ao movimento crescente da apicultura em São Paulo, tem incentivado os apicultores a se organizarem, visando à formalização da produção artesanal, com agregação de valor e maior inserção no mercado.

Por meio do Projeto Microbacias II – Acesso ao Mercado, associações e cooperativas de produtores familiares e de comunidades tradicionais (quilombolas e indígenas) têm sido beneficiadas com recursos para a aquisição de equipamentos e construção das chamadas Casas do Mel, áreas para o beneficiamento de produtos apícolas. Até o momento foram investidos mais de R$ 1,6 milhão.

Curiosidades
A apicultura é a atividade de criação de abelhas do gênero Apis (dotadas de ferrão, as quais no Brasil são resultado do cruzamento entre as abelhas europeias introduzidas na época da Colonização e uma espécie africana, introduzida na década de 1950, por isso são denominadas “africanizadas”).

Mais de 20 mil espécies abelhas – pertencentes a várias famílias da ordem Hymenoptera – já foram descritas e um número indefinido ainda permanecem desconhecido. Só no Brasil já foram identificadas quase três mil espécies de abelhas.

Para produzir mel, as abelhas que coletam o néctar precisam realizar milhares de viagens todos os dias, visitando milhares de flores.

A maior parte do mel produzido no Brasil é silvestre, retirada de floradas nativas. A exceção fica para o mel de Santa Catarina, que é retirado das macieiras, e para o mel de São Paulo, cuja boa parte é produzida com base nas laranjeiras e nos eucaliptos.

Fonte: Site Agroatividade

Embrapa Meio Ambiente

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