700 produtores de pêssego são capacitados no uso de BPs para produtos fitossanitários
700 produtores de pêssego são capacitados no uso de BPs para produtos fitossanitários
Foto: Cristiane Betemps
Participação dos produtores de pêssego foi expressiva durante os dois dias. Orientações de BPs no uso de produtos fitossanitários chamou a atenção nas Reuniões Técnicas.
Setor produtivo dos municípios de Canguçu, Pelotas e Morro Redondo, inseridos no Sistema de Alerta Mosca-das-Frutas, receberam novos conhecimentos quanto ao manejo do inseto e a indicação de produtos mais eficientes no controle dos insetos e das doenças do pessegueiro.
Durante dois dias, a equipe de instituições parceiras do Sistema de Alerta Mosca-das-Frutas realizou quatro Reuniões Técnicas do Pêssego, no interior de Canguçu, Pelotas e Morro Redondo, entre 10 e 11 de outubro, alcançando uma média de 700 produtores participantes capacitados. A temática se concentrou nas Boas Práticas (BPs) na Aplicação de Produtos Fitossanitários no Pessegueiro.
Segundo o pesquisador Dori Edson Nava, coordenador do Sistema de Alerta, a intenção foi informar ao agricultor o que está acontecendo no setor produtivo. "Todos os anos temos recomendações diferentes a serem repassadas, pois há uma série de medidas a serem adotadas pelos agricultores na cultura, assim como, a sociedade tem cobrado a cada época alimentos mais saudáveis", comentou Nava. Ele ainda reforçou a principal ideia do programa: controlar o inseto desde o início da safra do pessegueiro.
Uma das palestras que mais chamou a atenção foi sobre o Uso correto e seguro de produtos fitossanitários dentro da perspectiva de boas práticas agrícolas em fruticultura, realizada pelo professor aposentado de Toxicologia da Universidade de Passo Fundo e consultor técnico do SENAR/RS, Claud Goellner. "Mostramos como se deve fazer as coisas certas, no momento certo na cultura, além de nove pontos e situações que o produtor precisa ter mais cuidado para alcançar segurança a ele (o aplicador dos produtos), ao ambiente e ao consumidor", disse Goellner. A abordagem foi diferenciada, pois não se ateve em dar importância somente ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), mas ao controle de riscos na fonte. "O uso de EPIs é a última medida a ser adotada, o importante mesmo é o produtor ter a percepção do risco", destacou Goellner. Segundo ele, quando se faz esse controle na origem são reduzidos mais de 90% de riscos.
Novos produtos
A atividade contou ainda com exposições sobre novos produtos fitossanitários inseridos na grade do Mapa para a cultura do pessegueiro, apresentado pelo pesquisador Bernardo Ueno. "Há cerca de 108 marcas comerciais de fungicidas registrados no Mapa", confirmou Ueno. Também foi mostrada a evolução quanto ao uso de atrativos menos tóxicos para controle das mosca-das-frutas apresentados pelos engenheiros agronômos Rafael Gonçalves e Sandro Nornberg, da Partmon - empresa incubada a UFPel.
A atividade foi promovida pela Embrapa Clima Temperado, Emater/RS-Ascar, SENAR/RS, UFPel, Sindocopel, Associação dos Produtores de Pêssego da Região de Pelotas, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e prefeituras municipais de Canguçu, Pelotas e Morro Redondo.
Cristiane Betemps (MTb 7418/RS)
Embrapa Clima Temperado
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