O pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), Josué Francisco da Silva Júnior, lotado na Unidade de Execução de Pesquisa (UEP) da Embrapa Solos em Recife, proferiu, nos dias 19 e 20 de outubro, duas palestras sobre a mangaba em Pernambuco, a convite da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A ação integra as oficinas de divulgação e implantação da Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio), no Estado de Pernambuco. Direcionadas aos extrativistas de mangaba, agentes de desenvolvimento e de assistência técnica e extensão rural (ATER), as oficinas foram realizadas no Engenho Brejo, no Município de Tamandaré, e na Colônia de Pescadores de Porto de Galinhas, em Ipojuca. Na ocasião, Josué apresentou o status atual da mangabeira no Estado e mostrou aos presentes os resultados parciais do mapeamento participativo que está sendo realizado para a espécie em Pernambuco, em parceria com o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). De acordo com o pesquisador, a situação é bastante crítica e, pelo atual estágio de devastação em que se encontra o litoral pernambucano, em poucos anos não haverá mais áreas naturais de mangabeira e tampouco comunidades de extrativistas. A PGPM-Bio é uma política do Governo Federal executada pela Conab que garante o preço de mais de 15 produtos extrativistas que ajudam a conservar a biodiversidade e o meio ambiente. Nessa lista, estão incluídos a mangaba, o açaí, a piaçava, o babaçu, a carnaúba, entre outros. Por meio da PGPM-Bio, a Conab oferece subvenção aos extrativistas, pagando um bônus a todos que comprovem que realizaram a venda do seu produto por preço inferior ao preço mínimo fixado pelo Governo Federal. Em Pernambuco, o programa é coordenado pelo analista Márcio Henrique Cascemiro, e além da mangaba, foi contemplado o umbu na região do Semiárido.