A escola Santana do Aurá, localizada nos arredores do antigo lixão da Região Metropolitana de Belém, será beneficiada com a construção de uma fossa séptica biodigestora. O trabalho é promovido pelo Comitê de Ação Social e Cidadania do Tribunal de Justiça do Pará em parceria com a Embrapa Amazônia Oriental. A obra começou a ser executado por um mutirão de pais de alunos no dia 13 deste mês e deve ser concluído na segunda-feira (20). Coordenada pelo engenheiro agrônomo Silvio Levy, o trabalho também serviu para ensinar os participantes aprender a construir outras fossas biodigestoras. “Aqui na comunidade não temos tratamento de esgoto e eu mesmo estou pensando em fazer uma dessas na minha casa”, afirmou Francisco Costa, um dos participantes do mutirão. Conforme explicou Silvio Levy, não existe uma distância segura entre fossas convencionais e poços artesianos, pois a contaminação do lençol freático pode atingir uma vasta região. A fossa séptica modelo Embrapa é um sistema que lança o esgoto dentro de um conjunto de três caixas d’água ligadas uma a outra e não no solo, córrego ou rio. Nesse sistema, o esgoto é tratado pelo sistema de biodigestão, o que reduz a quase zero a carga de agentes biológicos perigosos para a saúde humana. Na última caixa d’água fica armazenado um líquido, que pode ser usado como biofertilizante. Segundo Laura Bastos, do Comitê de Ação Social e Cidadania do Tribunal de Justiça do Pará, a proposta de construção da fossa partiu dos técnicos da Embrapa quando foram procurados para apoiar a implantação de uma horta na escola. “Avaliaram que o primeiro passo teria de ser o tratamento adequado do esgoto”, disse. Instalada a fossa, a parceria do TJ com a Embrapa deve organizar o plantio de uma horta na escola.