22/11/17 |   Produção vegetal

Produtores rurais do Acre investem no cultivo de café

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Foto: Priscila Viudes

Priscila Viudes -

Atualmente, o Acre possui 1.450 hectares de cultivos de café e a cultura tem despertado o interesse de produtores rurais das diversas regionais do estado. O último curso, realizado na Embrapa, nos dias 9 e 10 de novembro, contou com a participação de agricultores familiares de Mâncio Lima, Assis Brasil, Plácido de Castro, Capixaba e de Acrelândia. Este último, município que detém aproximadamente  60% da área total cultivada do estado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A capacitação enfocou, principalmente, a produção de mudas de café clonal, devido a grande procura por mudas de café para novos plantios e foi uma iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/AC), Governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seap),  Embrapa Acre e Embrapa Rondônia. Participaram ainda, técnicos da Seap, Seaprof e do Viveiro da Floresta.

O agricultor Celso Timpurim, de Acrelândia, um dos participantes do curso conta que estruturou um viveiro há três anos. Esse ano, as 120 mil mudas já estão praticamente vendidas. “Eu já forneci mudas para Extrema de Rondônia, distrito de Porto Velho, e vou entregar para um produtor de Guajará, no Amazonas, então eu digo que minhas mudas estão de Rondônia ao Amazonas, com o Acre no meio”, afirma.

Segundo Timpurim, que em seus 70 hectares produz café, peixe e leite, a produção de mudas de café tem se configurado como uma importante alternativa de renda. “Não é fácil, mas com dedicação e perseverança a gente tem conseguido. Precisa de muita informação e por isso essa capacitação foi fundamental. Eu já pude observar que posso aprimorar a qualidade do substrato que utilizo nos tubetes e dosar melhor a adubação para ter mais economia”, declara.

A engenheira florestal Jucélia Almeida, do Viveiro da Floresta, conta que já produziu mudas de café a partir de sementes, o café germinal. “Agora com esse curso, nós temos condições de produzir mudas de café clonal, método  mais viável que o germinal. As mudas clonais apresentam as mesmas características da planta mãe, porque é realizado um trabalho de seleção de espécies no campo, como resistência a pragas e doenças e maior produtividade”, diz.

Produtividade
O Acre vem apresentando nestes últimos anos boa produtividade de café conilon (também conhecido como robusta ou canéfora) em relação à Rondônia, considerado maior produtor da região Norte, com média de 26 sacas de café limpo por hectare. Atualmente, o estado produz 37 mil sacas por ano e para atender a demanda do mercado local seriam necessárias 98 mil sacas.
Para o instrutor da curso, o analista da Embrapa Rondônia, João Maria Diocleciano, o Acre tem condições para suprir essa demanda. “No Ramal Granada, onde foi realizada a parte prática da capacitação, pode-se notar esse potencial. O café clonal já é uma realidade em Rondônia e aqui no Acre está iniciando o processo de substituição das lavouras germinais por clonais. Isso vai aumentar a produtividade, além de ter um café de ótima qualidade”, declarou.

Na região Norte, Rondônia é o maior produtor com 84.734 toneladas, seguido pelo Acre com uma produção de 2.229 toneladas (IBGE, 2015). “No Estado do Acre a atividade tem importância pelo potencial produtivo, sendo economicamente viável, e pela condição de agregação de valor ao produto, além da expressiva capacidade de geração de emprego no campo” afirma o pesquisador da Embrapa Acre, Celso Bergo.

"Com apoio do Governo do Estado e Município, entre outras instituições do terceiro setor, e apropriação de tecnologias já difundidas pela Embrapa no Acre, a produção de café tem condições de obter excelente qualidade, pois área plantada com plantas superiores os agricultores familiares já vê se empenhando", é o que comenta a analista da Embrapa Acre, Dorila Gonzaga.
uições do terceiro setor, e apropriação de tecnologias já difundidas pela Embrapa no Acre, a produção de café tem condições de obter excelente qualidade, pois área plantada com plantas superiores os agricultores familiares já vê se empenhando", é o que comenta a analista da Embrapa Acre, Dorila Gonzaga.

Priscila Viudes (Mtb 030/MS)
Embrapa Acre

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