Evento articula ações de prevenção contra a monilíase
Evento articula ações de prevenção contra a monilíase
Foto: Arquivo Embrapa Roraima
Evento buscou discutir futuras ações de pesquisa para evitar a disseminação da monilíase em Roraima.
A Embrapa promoveu no dia 30 de novembro a 1ª Reunião sobre o Estabelecimento de Estratégias para o Combate da Monilíase em Roraima, evento que buscou discutir futuras ações de pesquisa, orientações e recomendações visando evitar a introdução e disseminação da doença monilíase nas regiões produtoras de cupuaçu na Amazônia, com enfoque em Roraima.
Causada pelo do fungo Moniliophthora roreri, a monilíase já está presente em alguns dos países que fazem divisas com a região norte do Brasil, como a Colômbia, Venezuela e Peru. A doença pode causar perdas de até 80% na produtividade de frutos, dizimando, caso não haja controle, plantações inteiras de cacau e cupuaçu, principais culturas atacadas pelo fungo.
Participaram da Reunião equipe de pesquisadores da Embrapa Roraima, Acre, Amazonas e Rondônia, além de representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (ADERR).
Durante o evento, foram discutidas diversas questões relacionadas à monilíase como, por exemplo, a biologia e controle da doença, ações de levantamentos para detecção de possíveis focos de monilíase nas regiões de fronteiras do Brasil e ações estratégicas visando à prevenção de sua entrada no país.
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Roraima e organizadora do evento, Hyanameyka Lima-Primo, a Reunião foi importante para viabilizar instrumentos de cooperação científica da Embrapa com outras entidades, como a Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), além de delimitar possíveis linhas de pesquisa e potenciais instituições financiadoras de projetos para o combate e prevenção da monilíase, principalmente para a cultura do cupuaçuzeiro.
Conheça a Monilíase
Para a região Norte, a doença tem impacto importante na cultura do cupuaçu, que já sofre com a vassoura-de-bruxa. Atualmente, a monilíase é uma das 20 pragas quarentenárias listadas pela Embrapa e Mapa para ações de vigilância e pesquisa, e uma das três que já contam com planos de contingência.
O primeiro relato da doença foi no Equador em 1917, mas a provável origem do fungo é a Colômbia. Atualmente ela está restrita ao continente americano, com relatos em Belize, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Peru e Venezuela. Entre os sintomas característicos da doença estão a presença de verrugas em frutos novos e uma mancha branca na casca similar a uma fina camada de algodão.
Clarice Rocha (MTb 4733/PE)
Embrapa Roraima
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