08/05/15 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação  Transferência de Tecnologia

Integrantes da cadeia do leite no RS se reúnem para estruturar programa de desenvolvimento

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Foto: Paulo Lanzetta

Paulo Lanzetta - O resultado da discussão sobre estruturação do programa de desenvolvimento da cadeia do leite incluirá outras entidades, incluindo o Instituto Gaúcho do Leite, outras instituições de C&T, empresas de ATER e os ministérios para busca de apoio e recursos

O resultado da discussão sobre estruturação do programa de desenvolvimento da cadeia do leite incluirá outras entidades, incluindo o Instituto Gaúcho do Leite, outras instituições de C&T, empresas de ATER e os ministérios para busca de apoio e recursos

 
Profissionais da Embrapa, entre pesquisadores e analistas de diferentes áreas ligados à cadeia leiteira, estiveram reunidos com representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat) para construção, em parceria, de um projeto estruturante para desenvolvimento da cadeia leiteira no Estado. A atividade foi realizada nesta quinta-feira (07) e contou com a presença do diretor-executivo de Transferência de Tecnologia da Embrapa em nível nacional, Waldyr Stumpf Junior.
 
Durante a manhã,  o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Pillon, destacou a importância da aproximação da Embrapa junto ao setor, especialmente com as agroindústrias de lácteos do Estado, bem como a necessidade de se fortalecer os laços de parceria com os demais segmentos da cadeia a partir de um único objetivo comum: a melhoria da eficiência produtiva e da qualidade do leite. Segundo Pillon, o desafio será ampliar o esforço de articulação e integração entre todas entidades de forma a fortalecer as ações não só de pesquisa, mas principalmente de transferência de tecnologias ao setor a partir  de uma ação estruturada com base em eixos estratégicos, desde a genética; reprodução, alimentação, sanidade, gestão, qualidade dentre outros. "A presença do diretor Waldyr reforça e simboliza o compromisso institucional da Embrapa com esta construção e agenda", reinterou. 
 
O vice-presidente do Sindilat, Raul Amaral, e também representante da Cosulati,  falou da importância, como estrutura cooperativa e como integrante do Sindicato, estar mais próximo neste início de consolidação de um projeto que envolverá mais uma parceria entre as suas instituições. "Queremos agregar mais parceiros e temos como objetivo ter acesso a tudo que é discutido e tudo que é capacitação realizada, através dos técnicos e das pesquisas da Embrapa, para que cheguem de maneira ágil aos atores da base, que cheguem as ações no campo", propôs.  
 
Para o secretário executivo do Sindilat, Darlan Pagliarini, a iniciativa é de realmente "sentar" para manter uma conversa com todos os elos da cadeia produtiva. "Vamos dar essa resposta, através do levantamento de expertises entre a pesquisa, o setor produtivo e o setor industrial, para a cadeia láctea do RS", falou convicto.  Pagliarini completou dizendo que o setor privado precisa  estar mais presente nas questões de desenvolvimento e não se justificar somente com as limitações de recursos financeiros, pois muitas ações não necessitam de investimentos financeiros, mas de busca de novas tecnologias.
 
O diretor-executivo Waldyr Stumpf Junior mencionou que é oriundo da área de pesquisa em leite,  e que há 29 anos a Embrapa Clima Temperado, onde atuou por longos anos, vem ampliando suas ações. "Sentamos aqui e planejamos o futuro desses 29 anos. Por isso é necessário planejar. E a pesquisa precisa planejar o futuro", defendeu.
 
Stumpf mencionou que 66% da produção de leite do RS é exportada e que é preciso trabalhar na lógica da eficiência e da qualidade, assim se faz urgente não somente a qualidade do leite, mas a qualidade de toda uma cadeia produtiva.  Ele questiona que é preciso fazer o povo brasileiro tomar mais leite, não somente pelo aumento de renda, mas por uma mudança cultural. "O leite será cada vez mais demandado, o produto será cada vez mais um ponto de toque", falou. 
 
Segundo a Diretoria-Executiva de TT da Embrapa, mais de um milhão de propriedades no país produzem leite. Mas, a preocupação está na diversidade existente quanto a produção do leite brasileiro. "A Embrapa e parceiros precisam viabilizar um conjunto de tecnologias que cheguem ao produtor, e esse projeto estruturante da cadeia do leite, poderá alcançar este objetivo", destacou.
 
Ele também pontuou a desatualização dos técnicos para fazer a interface com o setor produtivo, e que isso, abre um espaço muito grande de ação para reforçar a lógica da eficiência e da qualidade no setor produtivo.
 
Stumpf colocou à disposição a estrutura da Embrapa, incluindo os três centros da Empresa que trabalham com leite no  Sul do Brasil, os quais tem contribuindo para construção de políticas públicas. " 
 
Logo após, a pesquisadora Maira Zanela apresentou o arranjo "Tecnologias para a produção de leite de qualidade no Rio Grande do Sul", o Leite Sul,  indicando as diferentes ações realizadas na Embrapa. Tem três focos prioritários, melhoramento e manejo de forrageiras; sistemas de produção e a questão reprodutiva, voltado a nutrição e reprodutiva; terceiro pilar seria para transferência dessas tecnologias, em destaque o Protambo. Além destes, ainda existem atuação em outros arranjos.
 
A proposta de projeto estruturante do leite
 
A intenção desta primeira reunião foi elaborar um cronograma e discutir a metodologia e o foco desse conjunto de ações que irão compor o referido projeto estruturante do leite. O que é mais crítico para o setor, quais metas e indicadores devem ser atingidos, quais parceiros devem ser acionados para a construção e operacionalização das diferentes ações, e quais os principais gargalos atuais da cadeia estiveram entre as pautas. "Existem uma série de pilares que envolvem a cadeia do leite. Talvez, num primeiro momento, não haja fôlego para trabalhar com todos. A pergunta que se deve fazer é em quais eixos teremos maior impacto e, a partir daí, desenvolver ações mais densas", pontuou o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Pillon. Este primeiro grupo de trabalho estabeleceu um prazo de 60 dias para apresentação da proposta inicial do projeto estruturante do leite, envolvendo neste primeiro momento, as visões e contribuições das unidades da Embrapa.
 
Após o término desta etapa de elaboração, a intenção é que o resultado dessa estruturação seja levado para apreciação e construção junto a outras entidades, incluindo o Instituto Gaúcho do Leite, outras instituições de C&T, empresas de ATER e até aos ministérios para busca de apoio e recursos.
 
Participantes
 
Além representantes das instituições, a equipe técnica que participou da atividade foi composta pelos pesquisadores Jorge Fainé e Fernanda Bortolini, ligados ao trabalho com forrageiras e pastagens; Jorge Schafhauser, na área de nutrição de bovinos de leite; Darcy Bittencourt, da linha de sócioeconomia; Maria Edy e Maria Zanella, na qualidade do leite; e Lígia Pegoraro, na área de reprodução animal. Também esteve presente o coordenador técnico da Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, Sérgio Renan Alves, e os analistas com foco na transferência de tecnologia, Sérgio Bender e Rogério Dereti.
 
 
 

Cristiane Betemps e Francisco Lima (MTb 7418/RS e DRT/RS 13696)
Embrapa Clima Temperado

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