Expoarroz 2015 encerra com perspectiva de consolidação de mercado internacional
08/05/15
|
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Transferência de Tecnologia
Expoarroz 2015 encerra com perspectiva de consolidação de mercado internacional
Foto: Paulo Lanzetta
Expoarroz 2015 trouxe a proposta de consolidação de mercados internacionais. O Estado do RS produz cerca de 8 toneladas de arroz, das 12 toneladas em nível nacional.
A quarta edição da Expoarroz encerra-se nesta sexta-feira, 8 , com o propósito neste ano de consolidar mercados. A feira que começou na terça-feira, dia 5, trouxe ao Centro de Eventos da Fenadoce, em Pelotas/RS, um volume de negócios realizados por visitantes estrangeiros, que conheceram a tecnologia brasileira para produção de arroz. Durante a Exposição foi realizado o Forum Internacional O Arroz na Segurança Alimentar, com a participação de autoridades políticas e governamentais, assim como, representações da cadeia produtiva do arroz para apresentação e discussão de aspectos emergentes para logística de produção e de inserção no mercado mundial orizícola. Como a feira é bianual, a próxima Expoarroz está marcada para 2017.
Segundo o organizador da Expoarroz, Luis Fernando Estima, a intenção desta edição foi cativar o mercado internacional e promover o arroz brasileiro. Já que desde o primeiro ano da Exposição em que originou-se o projeto Brazilian Rice vem se trabalhando a imagem excelente no sistema de produção e na qualidade final do arroz. "Nossa intenção é mostrar ao mercado internacional que a nossa pesquisa gerou um produto excelente e que independente do câmbio internacional precisamos saber lidar como permanecer no mercado internacional, e por isso, estamos promovendo uma nova rodada internacional e chamando novos clientes, que todo ano plantam, todo ano tem que colher e todo o ano tem que bater na tecla de conquistar novos mercados", falou.
Das 12 toneladas de arroz produzido no Brasil, Estima confirmou que oito milhões estão sendo produzidas somente no Estado do Rio Grande do Sul. "A recém chegamos a uma marca de 10% de produto exportado, nós precisamos e podemos ganhar mais no mercado internacional. Nos vimos que não só os produtores podem ganhar mercado, mas a empresas podem ganhar quando planejarem em suas estruturas departamentos de coméercio exterior que possam consolidar sua posição com seus clientes diretos", explicou.
O organizador da Exposição também relacionou que a Expoarroz 2015 recebeu clientes finais. O orizicultor local pode negociar sabendo em que prateleira o seu produto vai estar disponível no mundo.
Como a pauta da Exposição propõe o planejamento para exportação do arroz, foram apresentadas as condições de infraestrutura, como a estrutura rodoviária, ferroviária, portuária aos secretários locais e estaduais de desenvolvimento, de agricultura e de infraestrutura para consolidar fortemente as condições de logística e para que o produtor saiba que a sua safra terá condições de ser escoada. "Apresentamos aos visitantes estrangeiros a estrutura hidroviária do Porto de Rio Grande, a estrutura a granel e a estrutura a container", comentou.
Participação da Embrapa
O chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Pillon, participou desde o primeiro dia de Exposição junto as discussões programadas pelo Forum Internacional. No painel Os Caminhos para Competitividade na Cadeia Produtiva de Arroz, Pillon apontou três aspectos a serem considerados: o desafio de trabalhar o conceito de eficiência dentro dos sistemas produtivos (eficiência do uso da água, uso de nutrientes, e uso racional de agrotóxicos e a eficiência do uso da energia, através do uso racional de combustíveis fósseis que são soluções racionais para produção; o desafio de diversificação da matriz produtiva, onde o orizicultor se deu conta não só da geração de renda, mas também do contexto técnico onde é possível o uso da rotação de culturas, como é o caso da soja no RS, e por poder jogar com o mercado e aproveitar os melhores momentos de uma cultura e de outra, sendo possível ampliar e qualificar sua geração de renda; e o terceiro, a exigência da sociedade em apresentar um produto de qualidade que respeite as condições ambientais e sociais e garanta ao consumidor um produto com segurança, em termos de inocuidade.
Clenio Pillon destacou o trabalho da Embrapa na condução do programa de Produção Integrada do Arroz, que se utiliza de um conjunto de boas práticas agrícolas e que está aguardando a finalização e o reconhecimento pelo MAPA. "Este conjunto de normas irá ajudar o produtor na produção de alimento seguro e a toda a cadeia produtiva, pois essas normas darão condições de competitividade no mercado externo, o qual é bastante exigente", considerou.
O pesquisador e integrante da equipe de pesquisa em arroz irrigado, Ariano Martins de Magalhães Júnior falou da importância da organização do Forum Internacional. "Tivemos seis paineis durante a Exposição, onde os palestrantes, debatedores e moderadores enriqueceram as discussões propostas para esta edição", falou.
Os temas abordados como gestão de propriedade, assuntos de colheita e pós-colheita, de rotação de culturas como a soja e balança comercial entre outros foram escolhidos entre as instituições envolvidas na organização da Exposição, priorizando temas que estão em destaque e que são emergentes para o setor, além de atrativos para os participantes.
Diferenciais da Expoarroz 2015
- momento cambial favorável;
- vinda de novos mercados da América Latina; (trabalho intenso do serviço de inteligência comercial, através do projeto Brazilian Rice, nascido dentro da Expoarroz, que busca promover as características e benefícios do arroz produzido no Brasil)
- interesse das empresas em adquirir tecnologias brasileiras;
Cristiane Betemps (MTb 7418-RS)
Embrapa Clima Temperado
Contatos para a imprensa
clima-temperado.imprensa@embrapa.br
Telefone: (053) 3275-8215
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/