Embrapa e Meridional apresentam no Showtec portifólio de soja para Mato Grosso do Sul
Embrapa e Meridional apresentam no Showtec portifólio de soja para Mato Grosso do Sul
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fundação Meridional de Apoio à Pesquisa participam do Showtec, de 17 a 19 de janeiro, em Maracaju (MS), apresentando seu portifólio de cultivares de soja para o Mato Grosso do Sul. Entre as cultivares promissoras para a região estão: a BRS 413RR, a BRS 388RR, a BRS 1001IPro, a BRS 1003 IPro, a BRS 284 e a BRS 511.
Um dos destaque é a BRS 511, cultivar de soja convencional, que tem como diferencial a alta produtividade associada a maior proteção contra a ferrugem da soja. A nova cultivar é uma ferramenta que chega para auxiliar o manejo da ferrugem asiática da soja, mas não dispensa o controle químico. “Seu diferencial é retardar o avanço da doença no campo, promovendo uma maior estabilidade de produção quando as condições climáticas forem desfavoráveis à aplicação de fungicidas”, ressalta o pesquisador da Embrapa Soja, Carlos Lásaro Pereira de Melo.
De acordo com os critérios científicos, são consideradas cultivares resistentes à ferrugem asiática as que apresentam lesões marrom-avermelhada (Reddish-Brown-RB) nas folhas por reduzirem a multiplicação do fungo. As cultivares que são suscetíveis à doença apresentam lesão castanha (TAN), com abundante esporulação do fungo. “A BRS 511 é uma cultivar que manifesta a lesão RB. Isso significa que o fungo causador da ferrugem irá provocar uma lesão (semelhante à lesão de hipersensibilidade), com nenhuma ou muito pouca esporulação do fungo, protelando a evolução da doença no campo”, explica Carlos Lásaro Melo.
Importante ressaltar que a resistência da BRS 511 à ferrugem não é do tipo imune, entretanto permite uma melhor convivência com a doença no campo, sendo uma ferramenta importante de manejo. Entre as estratégias de manejo integrado da ferrugem estão: a adoção do vazio sanitário, a semeadura no início da época recomendada, o uso de cultivares precoces, o controle químico e o uso de cultivares resistentes.
A BRS 511 é uma cultivar diferenciada ainda, porque na rede de avaliação onde foi testada, tanto em parcelas experimentais quanto em parcelas maiores, conduzidas por parceiros em diferentes regiões, sua produtividade foi superior à da BRS 284, que já esteve entre as mais produtivas do país em concursos de produtividade. “A BRS 511 tem comprovadamente excelente potencial produtivo, com alta estabilidade e alto peso de sementes”, diz Carlos Lásaro Melo.
A BRS 511 é um dos lançamentos da Embrapa na safra 2017/18 e apresenta ampla adaptação, sendo indicado para as regiões de Santa Catarina (REC 102), Paraná (REC 102, 103, 201), São Paulo (REC 203, 302), Mato Grosso do Sul (REC 202, 204, 301), Goiás (REC 302, 301) e MG (REC 302). A BRS 511 é do grupo de maturidade 6.4 para as REC 102, 103 e macrorregião 2 e 6.9 nas REC 301 e 302. “A cultivar apresenta ótimo desempenho em semeaduras antecipadas (aberturas de plantio), nas diversas regiões de indicação”, destaca Carlos Lásaro Melo. “Vale reforçar também sua excelente sanidade com ênfase para a resistência de campo à fitoftora e moderada resistência ao nematoide de galha Meloidogyne javanica”, afirma o pesquisador. Lebna Landgraf (MTB2903/PR)
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