Pequisadores monitoram qualidade da água da bacia hidrográfica do rio Suiá-Miçu, no Xingu, por 7 anos
Pequisadores monitoram qualidade da água da bacia hidrográfica do rio Suiá-Miçu, no Xingu, por 7 anos
O trabalho “Monitoramento da qualidade da água na (sub)bacia hidrográfica do rio Suiá-Miçu” publicado pela Embrapa Meio Ambiente (Jaguariuna, SP), na Série Documentos 112, resgata e analisa informações sobre a qualidade da água de uma relevante porção da bacia do rio Xingu, uma das mais importantes bacias hidrográficas brasileiras.
Apresenta dados agregados do monitoramento realizado pela Embrapa Meio Ambiente em 24 pontos ao longo da sub-bacia no período de 2007 a 2008 no âmbito do projeto “Recuperação de áreas de preservação permanente e promoção de boas práticas agropecuárias na bacia do rio Xingu, em apoio à campanha “Y Ikatu Xingu – Salva a Água do Rio Xingu” coordenada pelo Instituto Socioambiental (ISA).
Adicionalmente, explica o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Ladislau Skorupa, um dos autores da publicação, contempla dados do monitoramento realizado pela Agência Nacional de Águas (ANA) em 8 desses pontos no período de 2008 a 2012/2013, constituindo-se, portanto, uma série histórica de aproximadamente sete anos.O trabalho contemplou as variáveis pH, turbidez, temperatura da água, sólidos totais dissolvidos, condutividade elétrica, potencial de oxi-redução, oxigênio dissolvido, ortofosfato, nitrogênio nitrato, nitrogênio amônia, dureza cálcio e dureza magnésio.
Conforme Skorupa, “o monitoramento indicou que as águas da bacia do rio Suiá-Miçu são ácidas, com grande incidência de valores de pH abaixo de 6, ou seja, abaixo da faixa de referência do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) para cursos de água classe 2 (pH 6 a 9). Baixas concentrações de sólidos totais dissolvidos foram verificadas, assim como baixos valores de turbidez durante todo o período monitorado (95% dos casos abaixo de 100 N.T.U) que indica ser uma característica natural dos cursos d’água da bacia. As concentrações de N-amônia e N-nitrato, quando analisadas, sempre estiveram abaixo dos valores de referência do Conama”.
Skorupa acredita que os valores registrados no período de monitoramento da qualidade da água para o rio Suiá-Miçu e seus tributários, além de contribuir para a composição de uma série histórica para a bacia, poderão subsidiar discussões futuras quanto à necessidade de ajustes no enquadramento dos rios da Amazônia, o qual também leva em consideração outras variáveis não acompanhadas nesse monitoramento.
O trabalho, de autoria de Ladislau Skorupa, Ully Costa, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Pedro Cunha, da ANA, Amintas Rossette, da UFMT, Elaine Fidalgo, Margareth Simões e Bernardete Pedreira, da Embrapa Solos (Rio de Janeiro, RJ) e Ricardo Choueri, da ANA, pode ser acessado em:
Cristina Tordin (MTB 28499)
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