20/05/15 |   Florestas e silvicultura

Dia de Campo na TV - Produção de mudas de castanha-do-brasil para plantios comerciais

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Este programa foi ao ar no dia 22 de maio de 2015.

O Dia de Campo na TV vai mostrar a castanheira-do-brasil (Bertholletia excelsa) uma das mais importantes espécies de exploração extrativa da Amazônia. A espécie tem participação significativa na geração de divisas para a região, com as exportações de suas sementes para os mercados interno e externo. Além disso, a castanha-do-brasil tem despontado como um importante componente de sistemas agroflorestais dentro da perspectiva da Agroecologia.

A castanheira-do-brasil pode ser propagada por sementes ou por enxertia. Para estimular a produção de castanha-do-brasil, a pesquisa desenvolveu técnicas de produção de mudas em menos tempo e com mais qualidade.

A semente da castanheira-do-brasil possui uma casca bastante resistente e de baixa permeabilidade, que precisa ser superada para que possa manifestar seu poder germinativo. A propagação por semente compreende várias etapas: seleção de sementes novas e não desidratadas; conservação de sementes para que não perca seu poder germinativo; imersão das sementes em água; descascamento das sementes; prensagem; tratamento e seleção das amêndoas; sementeira e substrato; semeadura; repicagem e plantio no viveiro.

Após as etapas de seleção, tratamento e plantio da semente, começa a fase de germinação. Assim que a parte aérea da planta desponta, ela é transportada para o viveiro, onde a planta permanece por cerca de um ano até que esteja no ponto para enxertia. São indicados dois métodos de enxertia: por garfagem ou pelo método de gema.

O processo de enxertia é um trabalho cuidadoso, mas para a produção de frutos a planta enxertada é ideal. Isso porque ela se torna um clone da planta mãe. Ao escolher o ramo ou a gema para o enxerto, o produtor deve selecionar as melhores e mais produtivas árvores. A enxertia por garfagem é simples, e feita com a muda ainda no viveiro. Basta fazer uma fenda de cima para baixo na muda e introduzir a ponteira de uma planta adulta. Essa ponteira é um ramo com diâmetro compatível com a muda. Depois, é só amarrar e o enxerto está pronto.

Outra maneira de se fazer o enxerto é pelo método de gema. Esse tipo de enxerto é feito quando a planta já está no campo. A gema é um pequeno nó presente nos ramos da planta, de onde sairá uma nova folha ou ramo. Retira-se somente a gema e a introduz na muda que está no campo. Esse método exige um pouco mais de habilidade.

Segundo o pesquisador Urano de Carvalho "nos métodos de enxertia as plantas enxertadas começam a produzir mais cedo, com quatro anos, ao contrário das árvores sem enxertia, que começam a produzir de oito a dez anos no campo. Para o método da propagação, a escolha das melhores sementes é o primeiro passo para uma boa muda".

O valor proteico da castanha-do-brasil é bastante expressivo, razão pela qual é conhecida como "carne vegetal" e nos últimos anos tem ganhado novos mercados. Para o mundo, a castanha-do-pará passou a ser a Brazilian Nut, ou castanha-do-brasil.

O Dia de Campo na TV Produção de mudas de castanha-do-brasil para plantios comerciais foi produzido pela Embrapa Informação Tecnológica (Brasília/DF) em parceria com a Embrapa Amazônia Oriental (Belém-PA), Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

 

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Ana Laura Lima (MTb 1268-PA)
Embrapa Amazônia Oriental

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