09/03/18 |   Comunicação  Transferência de Tecnologia

Embrapa está em luto pelo falecimento de Daniel Aquini

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Foto: Paulo Lanzetta

Paulo Lanzetta - Daniel Marques Aquini atuava há 13 anos na Embrapa como gestor na área de contratos de projetos de pesquisa e propriedade intelectual.

Daniel Marques Aquini atuava há 13 anos na Embrapa como gestor na área de contratos de projetos de pesquisa e propriedade intelectual.

Profissional morre nesta sexta-feira (9), em Pelotas, onde teve forte atuação no desenvolvimento de políticas públicas para a pesquisa, o município de Pelotas e o Governo do Estado do RS.

    A Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) inicia a tarde desta sexta-feira, 9 de março, em clima de tristeza e luto com o falecimento de um dos seus colaboradores Daniel Marques Aquini. No ano que completou 13 anos de atuação na Embrapa, o analista da área de Transferência de Tecnologias, participava da composição da atual gestão do centro de pesquisas ao desempenhar a função de supervisor do Setor de Prospecção e Avaliação de Tecnologias (SPAT). Daniel havia se afastado do trabalho, no último mês, para tratamento médico. Os atos fúnebres serão realizados, neste mesmo dia, no Memorial Angelus Pax, no município de Pelotas, no período das 17h às 23h. Após, o corpo será cremado.

    Daniel Marques Aquini, portoalegrense, advogado e mestre em Sociologia, atuava diretamente com a gestão de contratos de projetos de pesquisa e os encaminhamentos legais quanto a  propriedade intelectual na geração de Tecnologias, Serviços e Produtos (TSPs) pela Embrapa. Foi reconhecidamente atuante em projetos de desenvolvimento regional. Um deles, foi a condução do projeto Sabor Nativo, que foi estratégico para Metade Sul pela inclusão de agroindústrias na produção de produtos oriundos das frutas nativas, buscando valorizar as espécies locais (araçá, butiá, pitanga, uvaia, guabiroba, jabuticaba, entre outras) e promovendo o compartilhamento de experiências produtivas e de perspectiva de futuros negócios.

    Outra importante contribuição que o profissional realizava atualmente era a coordenação do Arranjo Produtivo Local (APL) de Alimentos da Região Sul, com sede em Pelotas. Este trabalho aproxima o agricultor da sociedade encurtando a sua relação de mercado, o que é chamado de "cadeias curtas de comercialização" ao substituir  opções de compra por produtos da Agricultura Familiar, seja oferecendo produtos diretamente ao consumidor, sem a presença de atravessadores. Uma dessas aproximações de mercado é feita entre o Restaurante Escola da UFPel e a rede de agricultores familiares do APL, que adquirem cerca de 74% dos produtos deste segmento. O 8º BIMTz do Exército também é uma instituição compradora, que adquire produtos via o Arranjo, tendo uma economia entre 20% a 30% de recursos financeiros em relação as licitações públicas. A banca 78, instalada dentro do Mercado Público de Pelotas e o Balcão de Negócios de 22 empreendimentos da agricultura familiar, cooperativas e agroindústrias são ações de comercialização direta, que este projeto do APL tem proporcionado desenvolvimento econômico e regional. Fato é que no início deste trabalho, em 2014, havia uma comercialização de quase 900 mil reais. O balanço econômico de 2016 fechou em 1,6 milhão de reais.

Trajetória acadêmica e  profissional 

Daniel Marques Aquini fez a graduação e o mestrado na UFPel, respectivamente em 1992 e 2015. Tinha especialização em Projetos Sociais e Culturais: coordenação e avaliação pela UFGRS, em 2001, tendo como foco a avaliação de políticas públicas estaduais de desenvolvimento econômico e social. No início de sua atuação profissional como assessor jurídico dedicou-se ao Direito do Trabalho e Sindical.

Entre os anos de 1999 e 2002 atuou no Governo Estadual  na área de planejamento de desenvolvimento regional, na gestão do governador Olívio Dutra; e entre os anos 2003 e 2004, na Prefeitura Municipal de Pelotas foi Secretário de Desenvolvimento Econômico na gestão do prefeito Fernando Marroni.

Daniel Marques Aquini assumiu vaga em concurso público da Embrapa em 10 de janeiro de 2005.

Ao encerrar sua carreira aos 54 anos, ele deixa um legado de ensinamentos para o desenvolvimento regional da Metade Sul, lembranças memoráveis para os parceiros por onde atuou profissionalmente e um jeito de ser, único, para a roda de amigos que a vida  lhe deu conta de reunir. Fica o perfil de um cara tranquilo, com sensatez e coragem para enfrentar o desafios exigidos pelos tempos modernos. E o mais importante, uma família que guarda seu nome e seus feitos, mas que privou dos melhores momentos de uma convivência particular.

   
 

 

Cristiane Betemps (MTb 7418/RS)
Embrapa Clima Temperado

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