NUCLEUS: Inovação para a eficiência da produção agrícola
NUCLEUS: Inovação para a eficiência da produção agrícola
Nos dias 15 e 16 de março foi realizada, na Sede da Embrapa Arroz e Feijão, no município de Santo Antônio de Goiás, a 4ª edição da Exposição de Tecnologias para a Agricultura e Pecuária de Goiás – Expotec. O público total foi de 1334 participantes, sendo que no primeiro dia do evento (cujo foco foi agricultura), contou-se com 814 participantes, compostos por produtores, técnicos de extensão rural pública e privada, assistentes técnicos, professores e estudantes.
A Expotec contou com seis estações para apresentação de tecnologias e, em uma das estações o tema foi “Uso de sensores adaptados a drones no manejo da adubação nitrogenada em grãos”. Os dados e informações apresentados são decorrentes do projeto NUCLEUS, que é um Centro Virtual de Pesquisas do Reino Unido e Brasil para aprimorar a eficiência do uso do Nitrogênio por meio de uma abordagem integrada de sistemas solo-planta. A rede de estudos é composta por 12 instituições de ensino, pesquisa e extensão do Reino Unido e do Brasil. No estado de Goiás, as pesquisas são desenvolvidas em parceria entre Universidade Federal de Goiás, IFGoiano e Embrapa. Os recursos externos são do Fundo Newton e a contrapartida brasileira, dentro do estado de Goiás é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás- FAPEG.
A área apresentada na Expotec foi dividida em cinco parcelas, todas com arroz de terras altas, cultivar BRS A501 CL, a primeira de arroz de terras altas no mundo com a tecnologia clearfield. Havia uma área testemunha com zero de N em cobertura, três áreas com respectivas aplicações de doses de 35, 70 e 105 kg ha-1 de N em cobertura. Adicionalmente, foi implantada uma área de referência, em que foi aplicada dose de 90 kg ha-1 de N, parcelada em três aplicações, com o objetivo de manter elevada a disponibilidade de N às plantas, possibilitando o cálculo do Índice de Suficiência de Nitrogênio (ISN) por meio da leitura do clorofilômetro (SPAD), bem como calibrar os demais sensores testados, além da câmera acoplada ao drone. A proposta era mostrar que as imagens captadas pelas câmeras acopladas ao drone eram capazes de revelar as diferenças nas plantas decorrentes da dose de N aplicado.
Foram mostrados para o público, aspectos gerais do projeto NUCLEUS, parcerias e objetivos, algumas informações e resultados, como o ciclo do nitrogênio e fontes de perdas de eficiência, resultados de produção, produtividade e resultados econômicos quando o elemento é aplicado na hora e quantidade certas, volatilização e emissão de N-N2O monitoradas com câmaras estáticas fechadas em área com e sem uso do clorofilômetro. Em seguida foram mostrados os sensores, Clorofilômetro, Clorofilog, Dualex, bem como a Carta de cores de folhas, como instrumentos para subsidiar a interpretação das imagens das câmeras embarcadas em drones para captar imagens que, depois de tratadas permitem estabelecer parâmetros de diagnóstico da situação no nitrogênio na planta, e subsidiar recomendação de quando e quanto aplicar, visando à eficiência econômica e ambiental.
Por fim foi comentado que a pesquisa se fundamenta na necessidade de intensificação com aumento da eficiência da agricultura, e que a sustentabilidade da atividade depende do correto manejo dos sistemas de produção. Além disso, o sucesso depende da tomada adequada de decisões, com monitoramento de todas as atividades pelo produtor, especialmente da adubação, para que sejam realizadas com precisão, visando à produtividade e à rentabilidade, observando, porém, a capacidade de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, com vistas à qualidade do meio ambiente e dos alimentos.
Existem muitos desafios a serem superados para se chegar ao desfecho da criação de uma ferramenta que forneça resultado direto após a leitura das imagens, com informações sobre aplicação do N e expectativa de produção. Um fato motivador foi a receptividade e interesse do público para se chegar ao ponto desejado.
Dentre os desafios a serem superados pela equipe, destaca-se a necessidade de ajustes técnicos, como altura adequada do voo do drone, adequar o sensor à luminosidade no momento da obtenção das imagens e correlacionar os dados dos sensores acoplados aos drones com o dos sensores manuais.
Carlos Magri Ferreira
Gustavo Castoldi
Mellissa Ananias Soler da Silva
Virgínia Damin
Henrique de Oliveira (MTb/GO 1.960)
Embrapa Arroz e Feijão
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Mais informações sobre o tema
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