Extensionistas discutem sistema para avaliação de serviços de Ater
Extensionistas discutem sistema para avaliação de serviços de Ater
Técnicos da Extensão Rural do Acre participaram de oficina sobre metodologia para avalição dos impactos da assistência técnica rural, ministrada pelo pesquisador Geraldo Stachetti, da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP), no auditório da Secretaria de Produção Agropecuária (Seap), entre os dias 25 e 28 de maio, em Rio Branco (AC). O evento, realizado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão que coordena o processo de contratação de serviços de Ates no Acre, contou com a parceria da Embrapa.
Profissionais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Secretaria Agroflorestal de Produção Familiar (Seaprof), Consulplan, Ekoar, Pesacre, Centro dos Trabalhadores da Amazônia (CTA) e Associação SOS Amazônia, entre outras instituições ligadas à pesquisa e extensão, discutiram o uso do Sistema de Avaliação de Impacto Ambiental de Inovações Tecnológicas nos Segmentos Agropecuário, Produção Animal e Agroindústria - AMBITEC, desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente, e promoveram adaptações na ferramenta para aplicação à realidade de assentamentos rurais e extrativistas do estado.
Adair Duarte, técnico da SOS Amazônia, diz que é fundamental mensurar o resultado do trabalho desenvolvido no campo. "Com a aplicação dessa nova metodologia vamos ter um diagnóstico do resultado das ações realizadas nas propriedades familiares. Esse instrumento é importante tanto para as empresas de Ates como para o produtor rural que poderá conhecer a evolução de sua propriedade", comentou.
Os participantes da oficina comprovaram as vantagens do uso da metodologia durante aula prática, realizada na quinta-feira (28), em propriedades do Projeto de Assentamento Caquetá e no Pólo Leiteiro do Acre. Os resultados das avaliações de campo geram um diagnóstico dos impactos socioambientais decorrentes das atividades produtivas realizadas na propriedade e no seu entorno. O conjunto de informações geradas nesse processo de avaliação permite oferecer ao produtor rural informações sobre o desempenho da propriedade, bem como possibilita identificar pontos fortes e fragilidades dos diversos setores produtivos (agricultura, pecuária e floresta) que poderão subsidiar a elaboração de políticas públicas para a melhoria da atuação do serviço de extensão rural. Todas as informações são coletadas por meio de visitas às propriedades e entrevistas com produtores ou responsáveis pelas atividades.
Para o Coordenador de Ates do Incra, Marcio Alécio, a adaptação do AMBITEC ao contexto do Acre permitirá uma fotografia mais precisa dos serviços de Ates nos assentamentos. Isso também facilitará o monitoramento e avaliação destes serviços que envolvem mais 15 mil famílias que vivem em assentamentos rurais e reservas extrativistas do Estado. "Conheci a ferramenta em um curso oferecido pela Embrapa, no mês de abril, e percebi que poderíamos aplicá-la para monitorar e avaliar os impactos dos serviços de extensão. Na oficina, fizemos coletivamente os ajustes, o próximo passo é a aplicação", comentou Alécio.
O técnico da Ekoar, José Renato Azevedo, aponta que o diferencial da metodologia é que ela avalia caso a caso, cada propriedade, com suas especificidades. Além disso, a sua aplicação requer a participação do produtor , que pode discutir e ajustar a ferramenta com o técnico. "Esse instrumento metodológico não pode ser aplicado como uma receita de bolo porque gera resultado diferenciado para cada propriedade e isso poderá contribuir para melhorar nossa atuação com os assentados", comentou Renato.
Mauricilia Silva
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