02/06/15 |   Gestão ambiental e territorial

Extensionistas discutem sistema para avaliação de serviços de Ater

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Foto: Ascom Incra

Ascom Incra -

Técnicos da Extensão Rural do Acre participaram de oficina sobre metodologia para avalição dos impactos da assistência técnica rural, ministrada pelo pesquisador Geraldo Stachetti, da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP), no auditório da Secretaria de Produção Agropecuária (Seap), entre os dias 25 e 28 de maio, em Rio Branco (AC). O evento, realizado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão que coordena o processo de contratação de serviços de Ates no Acre, contou com a parceria da Embrapa.

Profissionais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Secretaria Agroflorestal de Produção Familiar (Seaprof), Consulplan, Ekoar, Pesacre, Centro dos Trabalhadores da Amazônia (CTA) e Associação SOS Amazônia, entre outras instituições ligadas à pesquisa e extensão, discutiram o uso do Sistema de Avaliação de Impacto Ambiental de Inovações Tecnológicas nos Segmentos Agropecuário, Produção Animal e Agroindústria - AMBITEC, desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente, e promoveram adaptações na ferramenta para aplicação à realidade  de assentamentos rurais e extrativistas do estado.

Adair Duarte, técnico da SOS Amazônia, diz que é fundamental mensurar o resultado do trabalho desenvolvido no campo. "Com a aplicação dessa nova metodologia vamos ter um diagnóstico do resultado das ações realizadas nas propriedades familiares. Esse instrumento é importante tanto para as empresas de Ates como para o produtor rural que poderá conhecer a evolução de sua propriedade", comentou.

Os participantes da oficina comprovaram as vantagens do uso da metodologia durante aula prática, realizada na quinta-feira (28), em propriedades do Projeto de Assentamento Caquetá e no Pólo Leiteiro do Acre.  Os resultados das avaliações de campo geram um diagnóstico dos impactos socioambientais decorrentes das atividades produtivas realizadas na propriedade e no seu entorno. O conjunto de informações geradas nesse processo de avaliação permite oferecer ao produtor rural informações sobre o desempenho da propriedade, bem como possibilita identificar pontos fortes e fragilidades dos diversos setores produtivos (agricultura, pecuária e floresta) que poderão subsidiar a elaboração de políticas públicas para a melhoria da atuação do serviço de extensão rural. Todas as informações são coletadas por meio de visitas às propriedades e entrevistas com  produtores ou responsáveis pelas atividades.

Para o Coordenador de Ates do Incra,  Marcio Alécio,  a  adaptação do AMBITEC  ao contexto do Acre permitirá uma fotografia mais precisa dos serviços  de Ates nos assentamentos. Isso também facilitará o monitoramento e avaliação destes serviços que envolvem mais 15 mil famílias que vivem em assentamentos rurais e reservas extrativistas do Estado.  "Conheci a ferramenta em um curso oferecido pela Embrapa, no mês de abril, e percebi que poderíamos aplicá-la para monitorar e avaliar os impactos dos serviços de extensão.  Na oficina, fizemos coletivamente os ajustes, o próximo passo é a aplicação", comentou Alécio.

O técnico da Ekoar, José Renato Azevedo, aponta que o diferencial da metodologia é que ela avalia caso a caso, cada propriedade, com suas especificidades. Além disso, a sua  aplicação requer a participação do produtor , que pode discutir e ajustar a ferramenta com o técnico. "Esse instrumento metodológico não pode ser aplicado como uma receita de bolo porque gera resultado diferenciado para cada propriedade e isso poderá contribuir para melhorar nossa atuação com os assentados", comentou Renato.

Mauricilia Silva
Embrapa Acre

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