16/06/15 |   Mudanças climáticas  Transferência de Tecnologia

Semana de Integração Tecnológica debate desafios das mudanças climáticas na agropecuária regional

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Foto: Bruna Rosa

Bruna Rosa - Uma das atividades da SIT na Vitrine de Tecnologias

Uma das atividades da SIT na Vitrine de Tecnologias

"A Semana de Integração Tecnológica é um exemplo da capacidade das pessoas de se organizarem, se unirem para superar desafios." Assim o Diretor-Executivo de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Ladislau Martin Neto define o evento que, em sua oitava edição, abordou o tema "Mudanças climáticas: desafios e oportunidades para a agropecuária regional".
 
Segundo o Diretor, tratar de mudanças climáticas é uma questão de segurança nacional. "O tema é muito relevante para toda a sociedade brasileira", comenta. Ladislau destaca a importância de se pensar em alternativas, sistemas integrados, tecnologias como as barraginhas, para lidar com as alterações do clima.
 
A Semana de Integração Tecnológica (SIT) foi realizada de 25 a 29 de maio em Sete Lagoas, MG. O evento busca promover a transferência de tecnologia e a troca de experiências, visando o desenvolvimento regional. Ao longo dos cinco dias, foram oferecidos 22 cursos, além de palestras, seminários e giros tecnológicos, com mais de 1.400 participantes.
 
O coordenador do evento, Derli Prudente Santana, ressalta que "na SIT, o artista principal é a região." Para o chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, Antônio Álvaro Corsetti Purcino, o destaque deste ano foi a apresentação de tecnologias que podem mitigar os problemas enfrentados no campo em razão das mudanças climáticas.
 
O Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais João Cruz Reis ressaltou a relevância da Semana. "A Embrapa acerta ao promover o diálogo focado nas demandas da sociedade. Essa iniciativa vem ao encontro do que pretendemos, que é a aproximação de todos os órgãos ligados à agropecuária no estado".
 
O primeiro seminário da SIT abordou os desafios criados para a agropecuária regional por causa das alterações no clima e também apresentou oportunidades existentes nesse contexto.
 
Políticas públicas, como o Plano de Energia e Mudanças Climáticas de Minas Gerais (PEMC), foram apresentadas. Felipe Nunes, da Fundação Estadual de Meio Ambiente, destacou que os extremos climáticos estão mais frequentes e intensos. "Com isso, crescem as pressões sobre os preços dos alimentos e a segurança hídrica".
 
Felipe explica que a agropecuária, além de sentir os efeitos do clima, também é parte da solução dos problemas, com a adoção de tecnologias adequadas. Entre as ações presentes no PEMC, para mitigar os efeitos dos eventos extremos, estão: a prevenção e o combate ao desmatamento, a recuperação de pastagens degradadas, o pagamento por serviços ambientais e a agroecologia.
 
No seminário, também foi apresentado o trabalho que tem sido feito em Minas, com a implantação de práticas propostas pelo Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), do Governo Federal. As principais tecnologias contempladas no Plano ABC, como integração lavoura-pecuária-floresta, tratamento de dejetos de animais e sistema de plantio direto, são indicadas para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
 
O coordenador do Plano ABC em Minas Gerais, Fernando Costa, destacou as vantagens da adoção das estratégias propostas: "o produtor aproveita melhor a área da propriedade, cria alternativas de renda e melhora as condições de infiltração de água no solo". Ele explicou que o foco é estimular o crescimento do setor produtivo agropecuário e, ao mesmo tempo, reduzir a emissão dos gases causadores do efeito estufa.
 
 
 

Marina Torres (MG 08577 JP)
Embrapa Milho e Sorgo

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