Estudo indica boa aceitação de alimentos biofortificados em merenda escolar de Itaguaí/RJ
Estudo indica boa aceitação de alimentos biofortificados em merenda escolar de Itaguaí/RJ
Um teste sensorial com mandioca, batata doce, feijão e milho biofortificados inseridos na alimentação escolar do município de Itaguaí, no Rio de Janeiro, apontou que esses alimentos são tão aceitos quanto os convencionais. A pesquisa foi realizada em julho de 2014 após a merenda escolar, no qual os alunos expressaram o grau de satisfação ou insatisfação da refeição oferecida.
Responderam o questionário 327 crianças com idades entre quatro e 12 anos, matriculadas no ensino fundamental em horário integral de três escolas municipais de Itaguái (E.M. Santa Rosa, E.M. Pedro Antônio Aguiar e E.M. Renato Gonçalves Martins). Os entrevistados pertenciam predominantemente às classes D e E, residentes na zona rural, e mantinham uma dieta habitual marcada pela presença de alimentos básicos como o arroz, feijão, leite, pão, frutas, verduras e legumes.
No teste, o feijão e o milho biofortificados alçaram os maiores índices de aceitação entre as crianças com 89,2% e 92,2% respectivamente. Ressalte-se que os participantes preferiram o bolo de milho biofortificado ao convencional.
A pesquisa integrou a dissertação de mestrado intitulada "Aceitação de Produtos Agrícolas Biofortificados na Merenda Escolar do Município de Itaguaí- RJ", defendida por Carolina Claudio de Oliveira Silva, no Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 30 de abril de 2015. A dissertação contou com a orientação da pesquisadora Rosires Deliza, do Laboratório de Análise Sensorial e Instrumental da Embrapa Agroindústria de Alimentos. "O resultado do estudo sugere que a biofortificação constitui uma alternativa viável para este município, e traz benefícios para a escola, para os alunos e para as famílias, contribuindo com a melhoria da qualidade nutricional das crianças", afirma Carolina Silva, que é bolsista da Rede BioFORT.
Desde 2010, Carolina Claudio é responsável pelas avaliações de aceitabilidade e experimentos em produtos biofortificados no município de Itaguaí pela Rede BioFORT. Essa rede,, coordenado pela Embrapa, desenvolve a biofortificação de alimentos no Brasil para diminuir a desnutrição e garantir alimentos com maior teor de ferro, zinco e vitamina A na dieta da população mais carente. A biofortificação é resultado de um processo de cruzamento de plantas da mesma espécie, gerando cultivares mais nutritivas. Esse método também é conhecido como melhoramento genético convencional.
Rede Biofort lança programa na TV Brasil
A partir do dia 30 de junho, às 7h, o programa Terra Sul, produzido pela Embrapa Clima Temperado para exibição em rede nacional pela TV Brasil, passará a contar com um boletim de notícias sobre as atividades e resultados envolvendo a Rede BioFORT.
O jornalista, Raphael Santos, da Rede BioFORT, explica como surgiu o convite para apresentar e produzir matérias audiovisuais em sinal aberto."A frequente produção aliada à qualidade do material audiovisual, permitiram que a comunicação da Rede BioFORT galgasse novos espaços midiáticos. Nós já vínhamos disponibilizando conteúdo audiovisual para o YouTube e, inclusive, para jornalistas de veículos de comunicação tradicionais que precisavam complementar suas reportagens sobre os alimentos biofortificados. Isso contribuiu para que chegássemos com expertise e experiência para atender a essa demanda."
O programa pode ser sintonizado no Rio de Janeiro pelos canais 2 e 32 (analógico) e 41 (digital) da TV aberta, e também pelo canal 18 da NET e 166 da SKY. Para outras cidades, consulte programação local.
Colaboração: Tarcila Viana
Aline Bastos (MTB 31.779/RJ)
Embrapa Agroindústria de Alimentos
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