24/07/18 |   Agricultura familiar  Agroecologia e produção orgânica  Transferência de Tecnologia

Pesquisadores da Embrapa apresentam trabalhos sobre agroecologia e produção orgânica no Congresso Sober

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Foto: Divulgação.

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O 56º. Congresso Sober (Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural) com o tema “Transformações Recentes na Agropecuária Brasileira: Desafios em Gestão, Inovação, Sustentabilidade e Inclusão Social”, será realizado na Unicamp de 29 de julho a 1º de agosto de 2018.

Pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) apresentam trabalhos em dois GTs.

Lucimar Santiago de Abreu no dia 30 de julho na sessão sobre Inovações no Meio Rural – GT4 (Questão Ambiental, Agroecologia e Sustentabilidade) denominado “Agrocologia em Redes Sóciotécnicas: Inovação Social para um Novo Modelo de Agricultura Familiar?”, juntamente com Stéphane Bellon do Inra, Avignon (França) e Tércia Zavaglia Torres da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP).

Segundo Lucimar, o artigo tem como objetivo descrever a emergência e o funcionamento da agroecologia e agricultura orgânica em redes sociotécnicas, bem como destacar o atual processo da institucionalização da agroecologia nestas redes, o lugar ocupado pelos agricultores, técnicos, pesquisadores e consumidores no processo de transição agroecológica.

Ela explica que a pesquisa sobre o tema das redes sóciotécnicas, entendida como inovação social, partiu da observação sociológica de um cenário de mudanças sociais, políticas e de desenvolvimento da agroecologia e da agricultura orgânica no Brasil. “A dinâmica de funcionamento das redes de agroecologia se baseia na abertura à participação da sociedade civil, à criação de interfaces com um conjunto de instituições da sociedade, por meio de ações coletivas e projetos de desenvolvimento rural. Mas o êxito destas ações depende do suporte das políticas públicas”, complementa a pesquisadora.

No dia 31 de julho, Lucimar volta a apresentar trabalho na sessão Mercados Locais – GT11 (Abastecimento, Segurança Alimentar e Nutricional e Dinâmicas de Consumo) com o título “Preços de Hortifrutis Convencionais e Orgânicas em Feiras Livres e Supermercados de Barão Geraldo, Campinas, SP”, juntamente com Alfredo José Barreto Luiz e Maria Aico Watanabe, também pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente.  

O trabalho em questão é parte integral da atividade "Subsídios para prospecção de demandas de produtores familiares em redes sócio profissionais", em andamento na Embrapa Meio Ambiente e ligada ao projeto de pesquisa "Estratégias de ações participativas para inovação na agricultura de base ecológica", conduzido pela Embrapa Agrobiologia (Seropédica, RJ).

Desenvolvida sob sua responsabilidade, a atividade surgiu a partir de uma demanda identificada no contexto de debates travados em reuniões da Comissão Estadual da Produção Orgânica de São Paulo (CPOrg/SP), da qual Lucimar é membro representando a Embrapa Meio Ambiente, e visa subsidiar políticas que fortaleçam o setor paulista da produção orgânica.

O objetivo deste trabalho, parte de uma investigação mais completa, foi levantar a realidade dos preços desses produtos, produzidos de forma orgânica ou convencional e vendidos em feiras ou supermercados. Foram comparados os valores praticados em duas feiras livres e em um supermercado localizados no Distrito de Barão Geraldo, Campinas, SP.

Lucimar enfatiza que “os agricultores, preocupados com riscos de intoxicação ou com a redução dos custos de produção, se mostram interessados na produção orgânica, mas devem se preocupar em oferecer produtos a preços justos, atraentes aos consumidores. As feiras livres (circuito curto) e os supermercados (circuito longo) são os fornecedores mais importantes de produtos hortifrútis. É de se esperar que a comercialização através do circuito curto atenda ao mesmo tempo o desejo de preço menor para o consumidor e lucro maior para o produtor”.

De acordo com a pesquisadora, como principal resultado foi observado que no supermercado os preços de produtos orgânicos sempre foram superiores aos convencionais, enquanto nas feiras os preços eram mais dependentes do produto que da forma de produção.

Os trabalhos completos serão publicados nos Anais do Congresso.

Eliana Lima (MTb 22.047/SP)
Embrapa Meio Ambiente

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