Projeto de pesquisador da Embrapa Agroenergia vence o prêmio da ABBI em Bioeconomia
Projeto de pesquisador da Embrapa Agroenergia vence o prêmio da ABBI em Bioeconomia
Projeto da Embrapa Agroenergia em tema da Biotecnologia Industrial foi o vencedor do Prêmio Brasil Bioeconomia 2018 na categoria ideia promovido pela Associação Brasileira de Biotecnologia Industrial (ABBI). O anúncio foi hoje pela manhã, em São Paulo, durante o Fórum com a mesma temática. Foram mais de 30 inscritos de seis estados brasileiros e as soluções propostas para uma multiplicidade de setores. “Da indústria química e de biocombustíveis à mineração, passando pelo segmento de cosméticos e alimentos, vimos um nível excepcional de tecnologias e empresas com enorme potencial para acelerar a consolidação da bioeconomia avançada brasileira”, afirma o presidente da ABBI, Bernardo Silva.
Os três finalistas de cada categoria foram escolhidos por um painel multidisciplinar de jurados que incluiu representantes da academia, de associações do setor e das empresas patrocinadoras Amyris, Brasken, DSM e Novozymes. Os outros dois finalistas na categoria Ideias foram o Senai CETIQT, com o "software para a busca de rotas metabólicas inovadoras e inéditas", e a UFRJ, com a "nova matriz para imobilização de células fabricadas por impressão 3D".
O evento e a premiação, que têm como objetivo incentivar o debate sobre a transição do atual modelo econômico para um mais inovador, inclusivo e sustentável, contaram com a presença de mais de 200 representantes da indústria e do governo, além de investidores, pesquisadores, imprensa, formadores de opinião e sociedade civil.
O Projeto
O projeto “Produção de ácido xilônico a partir de hidrolisados de biomassa lignocelulósica”, liderado pelo chefe de pesquisa da Unidade, João Ricardo M. Almeida, com inicio em 2015, visa obter, por engenharia metabólica, leveduras Pichia pastoris capazes de produzir ácido xilônico a partir de fontes renováveis, mais especificamente da fração hemicelulósica da biomassa”, destaca João Almeida.
De acordo com ele, o ácido xilônico tem aplicações bastante versáteis, pode ser utilizado na indústria de alimentos, química e farmacêutica e, também, como bloco construtor para moléculas químicas. Em relatório do Departamento de Energia dos EUA, o ácido xilônico aparece entre os 30 melhores produtos químicos de valor agregado a ser produzidos a partir de biomassa. Leveduras robustas capazes de produzir ácido xilônico em hidrolisados de biomassa foram obtidas neste projeto, utilizando-se diferentes estratégias de engenharia metabólica. Destacando-se a identificação de novas enzimas e genes alvos para o melhoramento genético combinada com subsequentes ciclos de engenharia metabólica e caracterizações fisiológicas das linhagens geradas. A proposta é inovadora por associar estratégias únicas de engenharia metabólica de leveduras a condições de processo para produção de composto químico de interesse biotecnológico ainda pouco explorado.
O projeto traz impactos significativos para a sociedade, não somente por resultar em microrganismos produtores de ácido xilônico a partir de fonte renovável, mas também, por agregar valor à cadeia dos biocombustíveis e da indústria química, além de formar recursos humanos em área estratégica para o País. O desenvolvimento de biorrefinarias que é baseado na integração de processos de conversão de biomassa para a produção de combustíveis, energia e produtos químicos, tem sido apontado como forma de viabilizar economicamente a cadeia produtiva de biocombustíveis, valorar resíduos e coprodutos, e reduzir a eliminação de resíduos industriais.
Daniela Collares (MTb 114/01/RR)
Embrapa Agroenergia
Contatos para a imprensa
agroenergia.imprensa@embrapa.br
Telefone: (61)3448-1581
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/