15/07/15 |   Produção animal

Dia de Campo na TV - Sustentabilidade da pecuária leiteira no Rio Grande do Sul

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Este programa foi ao ar no dia 17 de julho de 2015.

O Dia de Campo na TV vai mostrar como a atividade leiteira nos estabelecimentos familiares é estratégica tanto como fonte regular de renda no campo, como para atender o crescimento do mercado consumidor. No Brasil são produzidos mais de 20 bilhões de litros de leite por ano, o que posiciona o país como 5º maior produtor mundial. Estima-se que a atividade leiteira envolva três milhões de pessoas, principalmente agricultores familiares que dependem da diversificação para manutenção da renda.

O Rio Grande do Sul é referência na produção agropecuária que, associada à integração lavoura-pecuária garante a produção de carne e leite junto com lavouras de soja, milho e cereais de inverno. A bacia leiteira cresceu 75% no período de 1990 a 2009 no estado e a base da alimentação dos animais são forragens cultivadas que impactam diretamente nos custos de produção. A profissionalização da atividade trocou as pastagens nativas por forragem de melhor valor nutricional, dependendo cada vez menos do uso de grãos que encarecem a produção quatro vezes mais do que a produção de leite a pasto.  

O estado está numa área de transição entre a zona tropical e a zona temperada, possibilitando o cultivo tanto de forrageiras de clima temperado, como espécies típicas de regiões tropicais quentes e úmidas. Mesmo que conte com larga oferta de cultivares no verão e no inverno o produtor tem dificuldade para garantir forragem aos animais ao longo do ano, prejudicando a quantidade e a qualidade do leite produzido em fases críticas de escassez de pasto no campo. Os grãos podem ser comercializados como commoditie ou são transformados em pasto, silagem ou ração animal. O produtor dispõe de várias alternativas para forragem animal no verão, como milheto, sorgos, milho, alfafa, capim elefante, capim sudão e tifton.

A dificuldade do produtor é manter a oferta de forragem ao longo do ano, principalmente garantir pasto no período do final do verão até meada do outono, fase crítica para a produção conhecida como "vazio outonal". Para suprir esta carência a pesquisa propõe como alternativas a utilização de forrageiras anuais de verão, como sorgo, milheto, capim sudão, panicum e milho. A solução apresentada parte da estratégia conjunta de transferência de tecnologias estabelecida entre a Emater/RS, a Embrapa Trigo e a Embrapa Milho e Sorgo. No final de 2012, foram instaladas mais de 40 Unidades de Referência Tecnológica (URT) em propriedades produtoras de leite na região norte do Rio Grande do Sul. A partir da capacitação técnica dos extensionistas junto com a Embrapa, pequenas área de 200m² passaram a contar com um kit de sementes cedidas pela Embrapa para formar cada URT de forrageiras. De acordo com a pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo, Jane Machado, "a alimentação animal baseada em pastagens é forma mais econômica para produção de leite, já que os gastos com a nutrição das vacas representam de 40 a 60% do custo do leite".

O Dia de Campo na TV Sustentabilidade da pecuária leiteira no Rio Grande do Sul  foi produzido pela Embrapa Informação Tecnológica (Brasília/DF) em parceria com a Embrapa Trigo (Passo Fundo/RS) e Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas/MG) Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Saiba como sintonizar.

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Joseani M. Antunes (9693 MTb/RS)
Embrapa Trigo

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