15/07/15 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação  ILPF

ILPF já é disciplina em universidades brasileiras

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

"O tema Ensino sobre Integração Lavoura-Pecuária-Floresta – ILPF em universidades e escolas técnicas" teve sua primeira sessão especial durante o Congresso Mundial sobre ILPF, na tarde do dia 14/07, e tratou de "disciplinas" nos currículos das instituições de ensino superior. A apresentação ficou por conta do professor Edemar Moro (foto), coordenador do Curso de Especialização em ILPF da Universidade do Oeste Paulista (Presidente Prudente, SP). 

A ideia das discussões sobre o tema é ouvir sugestões, especialmente de como criar um fórum único para discutir disciplinas e organizar academicamente os programas de graduação, pós-graduação e pesquisas acadêmicas, eventos e outros assuntos.

Moro lembrou que antes de sua chegada (em 2011) na região do oeste paulista existia apenas pecuária e cana-de-açúcar. A ideia de se trabalhar com ILPF no local foi por necessidade de recuperar áreas de pecuária extremamente degradadas. Foi assim que o professor começou a buscar meios de implantar a disciplina nos cursos de graduação e pós-graduação. A Unoeste sempre teve a preocupação de formar alunos para mudar a realidade local como forma de viabilizar melhores condições de vida às comunidades de agricultores.

Com a ajuda da Embrapa, especialmente o pesquisador João Kluthcousk, precursor do ILPF no Brasil e responsável técnico pela implantação desses sistemas em propriedades de agricultores no País, a Unoeste implantou a disciplina na graduação em agronomia, na pós-graduação (especialização – lato sensu) e no mestrado e doutorado, disse Moro.  Inúmeras viagens técnicas pelo Brasil também foram feitas para conhecer o sistema. Fazendas que adotaram a ILPF na região oeste de São Paulo se tornaram modelo para difundir o sistema aos agricultores da região. Fóruns anuais e eventos técnicos também foram realizados para discutir o tema.

O oeste paulista é uma das regiões mais pobres do estado de São Paulo. Segundo o índice paulista de responsabilidade social, a região é uma das mais pobres daquele estado. "Isso nos incomoda muito como universidade", enfatizou Moro, que não tem dúvidas que a Unoeste pode ajudar a região a sair dessa situação. Segundo ele é possível, por meio da ILPF, gerar transformação social e econômica.  O caminho? Formando técnicos, agrônomos especialistas com conhecimento capaz de mudar o cenário dos campos daquela região.

São propriedades que foram degradas por um longo período pelo tratamento adequado a terra. Uma situação considerada normal pelos jovens que precisam saber que aquela realidade pode ser transformada. "Queremos quebrar o paradigma da não solução, da conformidade com um cenário que não muda há 30 anos", enfatizou Moro.
A universidade tem um papel fundamental na formação de agrônomos que possam levar o conhecimento sobre a ILPF para o campo. Existe um novo caminho e ele pode começar a ser traçado na instituição de ensino, acredita o professor.

Outras discussões
O tema "Ensino sobre Integração Lavoura-Pecuária-Floresta – ILPF em universidades e escolas técnicas" continuará a ser discutido no dia 16, em duas sessões especiais: das 10h30 às 12h, com o pesquisador Carlos Alexandre Crusciol, da Unesp (Botucatu, SP) que falará sobre "Pesquisa ILPF: programas de pós-graduação e linhas de pesquisas". À tarde (das 16h30 às 18h) é a vez do diretor executivo na rede de fomento à ILPF discorrer sobre "Extensão em ILPF: promoção de eventos".

Sandra Zambudio (MTb 929/81/PR)
Secretaria de Comunicação da Embrapa - Secom

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Encontre mais notícias sobre:

atuacao-internacionalilpfgestao-da-aguaaisoloswcclf2015