Conhecimentos sobre produção de alimentos movimentam mostra científica estudantil
Conhecimentos sobre produção de alimentos movimentam mostra científica estudantil
A Ciência está na sua mesa e alimenta a vida na Amazônia. Com este enfoque a Embrapa participa da quarta edição da Mostra de Ciência, Tecnologia e Inovação (Viver Ciência), de 29 a 31 de agosto. Destinado ao público estudantil, o evento contempla estudantes de escolas públicas e privadas de Rio Branco, no Centro de Convenções da Universidade Federal do Acre (Ufac) com uma programação diversificada. Por meio do Programa Embrapa & Escola, a Embrapa Acre compartilha conhecimentos sobre produção agrícola, pecuária e florestal.
Realizada pela Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), em parceria com diversas instituições, entre elas a Embrapa, a Mostra reúne 300 trabalhos de pesquisa, desenvolvidos por estudantes de 70 escolas, com orientação de professores, além de instituições de pesquisa expositoras. A programação também oferece minicursos, palestras, oficinas e concursos de curtas e cine ciência, além de atividades culturais. O tema deste ano, “Amazônia Viva”, suscita uma reflexão sobre o diálogo entre saberes científicos e o cotidiano em diferentes contextos amazônicos.
No estande da Embrapa, os estudantes recebem informações sobre as pesquisas para melhoria da produção de maracujá, banana e mandioca, alimentos tradicionais na dieta alimentar dos acreanos. Também podem conhecer resultados de estudos sobre controle de pragas na agricultura, recuperação de solos, melhoria da produtividade pecuária, adoção das Boas Práticas no manejo da castanha-do- Brasil e Indicação Geográfica da farinha de Cruzeiro do Sul. “O evento é uma oportunidade para dar visibilidade ao trabalho da Empresa, mostrando o papel da pesquisa científica na vida das pessoas e na produção de alimentos que estão presentes na mesa das famílias amazônicas”, diz a analista Cláudia Carvalho, coordenadora do Programa Embrapa & Escola.
Ciência na Amazônia
Ainda segundo a analista, o trabalho de divulgação é fundamental para internalizar conhecimentos sobre a Ciência na Amazônia. Muitos jovens nasceram e cresceram aqui, mas desconhecem o potencial produtivo, os avanços proporcionados pelas pesquisas e produtos tradicionais como o ouriço de castanha, uma das atrações do estande da Embrapa. “Boa parte dos visitantes viu esse produto pela primeira vez, embora seja nativo da região. Além disso, a diversidade de feijões existentes no Juruá e o tamanho dos frutos do maracujá Gigante Amarelo, das bananas e das raízes de mandioca para produção de farinha também surpreenderam os visitantes. As novidades aguçaram a curiosidade dos alunos, o que contribuiu para uma interação muito positiva com os atendentes”, afirma Cláudia Carvalho.
Para Evelyn Cristina Gomes, aluna do 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação, o Viver Ciência é um campo vasto para aprendizagem. Muitas temáticas estão relacionadas com os conteúdos abordados na sala de aula e o conhecimento adquirido ajuda a complementar o currículo escolar. “Após a visita, sempre temos que produzir um texto sobre o que nos chamou a atenção. Este ano vou falar sobre agricultura, especialmente sobre a produção de mandioca. Não imaginava que o Acre tinha tanto potencial para a produção desta raíz”.
O estudante Danilo de Arruda, aluno da terceira série do Ensino Fundamental no Colégio Estadual Barão do Rio Branco, participou do evento como expositor, em 2017. Ele acredita que a diversidade temas abordados pode influenciar futuras escolhas profissionais. “Tenho muito interesse por assuntos da agricultura e sonho ser engenheiro agrônomo. Conhecer resultados palpáveis de pesquisa reforça meu interesse pela área”.
Iniciação científica
O Viver Ciência é o principal evento do calendário estudantil no Acre e visa promover a divulgação de experiências científicas realizadas no ambiente escolar, estimular a criatividade dos alunos e possibilitar a troca de conhecimentos. Desde 2017 a Mostra acontece também em Cruzeiro do Sul, e este ano foi realizada no período de 31 de julho a 2 de agosto. Ano passado o evento contou com um público de 32 mil pessoas e 250 trabalhos. Na edição 2018 são três centenas de trabalho, com expectativa de público de 35 mil visitantes.
De acordo com a professora Cleide Prudêncio, diretora de inovação da SEE, o evento possibilita o primeiro contato do aluno com a investigação científica e proporciona conhecimentos sobre a elaboração de projetos e a execução da pesquisa. “Estamos investindo em educação científica básica nas escolas para possibilitar que desde cedo os alunos entendam o que é e como se faz pesquisa. A iniciação científica é importante porque amplia a capacidade de análise crítica, a maturidade intelectual e a compreensão da ciência, preparando o aluno para os desafios da graduação e para seguir em uma carreira acadêmica”, explica.
Embrapa & Escola
Executado nos diferentes estados, o Programa Embrapa & Escola recebe alunos de escolas das redes pública e privada, para a realização de visita monitorada e com roteiros adaptados à necessidade pedagógica da escola e faixa etária dos estudantes. O objetivo é aproximar a pesquisa científica do cotidiano de crianças e adolescentes e contribuir para despertar a curiosidade e interesse pela Ciência. No Acre desde o ano 2000, já atendeu cerca de oito mil alunos. As atividades acontecem de abril a outubro e as solicitações de agendamento podem ser feitas por e-mail (acre.eventos@embrapa.br).
Diva Gonçalves (Mtb-0148/AC)
Embrapa acre
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