Produtores de feijão já podem adquirir a cultivar carioca BRS FC402

17/10/18 | Transferência de Tecnologia

Produtores de feijão já podem adquirir a cultivar carioca BRS FC402

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Os produtores que irão plantar feijão na safra de verão, que inicia a partir de novembro, ou querem se preparar para a semeadura da safra de inverno, a partir de abril/maio, já podem contar com uma das mais novas cultivar de feijão carioca, desenvolvida pela Embrapa, lançada em 2017: a BRS FC402.

A cultivar de feijão carioca BRS FC402 possui como destaque resistência à antracnose e à murcha de fusário, dois entre os principais fungos que atacam a cultura do feijão. Junto a estas características, somam-se outras, como a estabilidade de produção em diferentes condições de cultivo e o alto potencial produtivo, de 4,5 mil quilos por hectare; o feijão FC402 é indicado tanto para as safras das águas e seca, quanto a de inverno, sendo seu manejo semelhante ao do feijão Pérola; outra característica produtiva da cultivar é que ela apresenta população em torno de 180 mil plantas por hectare.

A expectativa é que este material se torne uma excelente opção para a rotação de cultivares, principalmente para a região do Brasil Central, onde o feijão BRS FC402 tem sido um dos mais plantados. Esta variedade de feijão carioca apresenta ciclo normal de crescimento, cerca de 90 dias, e arquitetura de planta semiereta, o que favorece tanto a colheita manual e semimecanizada, quanto o processo mecanizado indireto, caracterizado pela utilização de equipamentos como o ceifador e a recolhedora-trilhadora, em operações distintas.

A cultivar apresenta também grãos comerciais que se aproximam da aparência do Pérola, considerado padrão de qualidade pelo mercado. Além disso, tem como característica a uniformidade de grãos, com alto rendimento de peneira, ou seja, é um produto valorizado pela indústria. A variedade é adaptada às principais regiões produtoras do país e o cultivo é indicado na época da seca em Mato Grosso do Sul e nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul; na safra da seca e de inverno em Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal; para a época de inverno nos estados da Bahia, Mato Grosso e Tocantins.