Seguranças hídrica, energética e alimentar são tema de projeto no Litoral do Paraná
05/11/18
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Transferência de Tecnologia
Seguranças hídrica, energética e alimentar são tema de projeto no Litoral do Paraná
No dia 20/10, em Morretes/PR, aconteceu o evento “Tecnologias Agroecológicas para o Campo”, promovido pela Embrapa Florestas e Universidade Federal do Paraná (campus Litoral). O evento reuniu cerca de 60 participantes na sede da Associação dos Moradores do Rio Sagrado (Amorisa) com o objetivo de conhecer o projeto “Uso da economia circular, sistema agroflorestal e da biorrefinaria para mitigar a falta de segurança hídrica, energética e alimentar aos pequenos produtores do litoral paranaense”, que faz parte da Chamada Nexus II, do CNPq. Entre os participantes, lideranças e produtores rurais, representantes do poder público e estudantes.
Na parte da manhã, os participantes conheceram melhor o projeto e todas as suas vertentes de trabalho. Segundo Washington Magalhães, pesquisador da Embrapa Florestas e líder do projeto, “os projetos da Chamada Nexus II contam com o diferencial de unir, num mesmo estudo, as seguranças hídrica, energética e alimentar, visando possibilitar o desenvolvimento econômico e social dos biomas, com a manutenção e promoção de um meio ambiente adequado”. O evento foi uma primeira aproximação com a comunidade, tanto para apresentar os objetivos do projeto quanto para ouvir as necessidades locais.
Para isso, o projeto vai trabalhar em diferentes frentes envolvendo a cultura da pupunha: implantação de sistema agroflorestal, processamento mínimo, produção de cogumelo como alimento funcional (a partir de resíduos de pupunha), confecção e instalação de secador solar para a capa de pupunha possibilitando a produção de briquete, energia e compósitos e instalação de composteira para produzir melhorador de solos. “Um dos problemas do processamento da pupunha é a quantidade de capa de palmito que fica como resíduo. Temos diversas possibilidade de uso para geração de energia, novos produtos, como compósitos, por exemplo, e até mesmo como substrato para cultivo de cogumelos, uma nova opção de geração de renda para a região”, analisa Magalhães. O pesquisador mostrou aos participantes exemplos práticos, como compósitos para artesanato e briquetes para geração de energia.
A pesquisadora Maria Izabel Radomski, também da Embrapa Florestas, apresentou aos participantes as possibilidades e benefícios dos sistemas agroflorestais (SAFs). A apresentação foi complementada por Francielen Paola de Sá, que explicou o uso do aplicativo AnaliSafs, que possibilita a análise econômica e ambiental de sistemas agroflorestais.
Para o extensionista da Emater/PR, Marcelo Belletini, “a casca da pupunha representa aproximadamente 80% da planta. Isso é muito resíduo, e o produtor pode utilizar para produzir cogumelo, por exemplo”. Em sua palestra, Belletini mostrou os tipos de cogumelos produzidos no país, seu potencial e formas de produção. “Estima-se em 600% o potencial de crescimento da produção de cogumelos para os próximos anos. Se essa produção for feita a partir de resíduos agrícolas, como a casca de pupunha, quem vai ganhar é o produtor rural, que poderá ter mais uma fonte de renda”, afirma o extensionista.
Elir Alquiere, um dos participantes do evento, é estudante da licenciatura no campo, agricultor e presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural em Morretes. Para ele, “participar deste tipo de evento sempre soma. É interessante por que você vê novas alternativas, principalmente para pequenas propriedades. O que vimos aqui hoje sobre cogumelo, por exemplo, é bem interessante e inovador para a nossa realidade. Mas é uma opção desde que alguém traga a informação, comece a disseminar, que seja adaptado à nossa região”.
Já na parte da tarde, os participantes participaram de uma atividade cultural com capoeira e, depois, realizaram uma visita à propriedade rural de Helcio Luis Latuf, que trabalha com plantios de pupunha há mais de 20 anos. Segundo Latuf, “Nossa propriedade está aberta e interessada em ajudar os pesquisadores em seus experimentos. A nossa propriedade é para isso: é para a gente desenvolver, e ajudar a região a crescer”.
O professor Gilson Dahmer, da UFPR-Litoral e um dos organizadores do encontro, analisa que “o evento foi ótimo: primeiro porque eu vi que atendeu as expectativas do pessoal, por que o pessoal cria expectativa quando você chama para um evento e todo mundo ficou contente. Os assuntos foram bem diversos e, para nós, foi uma aula de ciências. Então, foi fantástico”.
Participam do projeto a Embrapa Florestas, FURB, UniBrasil, Emater-PR, UFPR e o produtor rural Geraldo Moraes Bertucci, além de outras instituições que estão em processo de formalização de parceria, como UTFPR e Senar.
Na parte da manhã, os participantes conheceram melhor o projeto e todas as suas vertentes de trabalho. Segundo Washington Magalhães, pesquisador da Embrapa Florestas e líder do projeto, “os projetos da Chamada Nexus II contam com o diferencial de unir, num mesmo estudo, as seguranças hídrica, energética e alimentar, visando possibilitar o desenvolvimento econômico e social dos biomas, com a manutenção e promoção de um meio ambiente adequado”. O evento foi uma primeira aproximação com a comunidade, tanto para apresentar os objetivos do projeto quanto para ouvir as necessidades locais.
Para isso, o projeto vai trabalhar em diferentes frentes envolvendo a cultura da pupunha: implantação de sistema agroflorestal, processamento mínimo, produção de cogumelo como alimento funcional (a partir de resíduos de pupunha), confecção e instalação de secador solar para a capa de pupunha possibilitando a produção de briquete, energia e compósitos e instalação de composteira para produzir melhorador de solos. “Um dos problemas do processamento da pupunha é a quantidade de capa de palmito que fica como resíduo. Temos diversas possibilidade de uso para geração de energia, novos produtos, como compósitos, por exemplo, e até mesmo como substrato para cultivo de cogumelos, uma nova opção de geração de renda para a região”, analisa Magalhães. O pesquisador mostrou aos participantes exemplos práticos, como compósitos para artesanato e briquetes para geração de energia.
A pesquisadora Maria Izabel Radomski, também da Embrapa Florestas, apresentou aos participantes as possibilidades e benefícios dos sistemas agroflorestais (SAFs). A apresentação foi complementada por Francielen Paola de Sá, que explicou o uso do aplicativo AnaliSafs, que possibilita a análise econômica e ambiental de sistemas agroflorestais.
Para o extensionista da Emater/PR, Marcelo Belletini, “a casca da pupunha representa aproximadamente 80% da planta. Isso é muito resíduo, e o produtor pode utilizar para produzir cogumelo, por exemplo”. Em sua palestra, Belletini mostrou os tipos de cogumelos produzidos no país, seu potencial e formas de produção. “Estima-se em 600% o potencial de crescimento da produção de cogumelos para os próximos anos. Se essa produção for feita a partir de resíduos agrícolas, como a casca de pupunha, quem vai ganhar é o produtor rural, que poderá ter mais uma fonte de renda”, afirma o extensionista.
Elir Alquiere, um dos participantes do evento, é estudante da licenciatura no campo, agricultor e presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural em Morretes. Para ele, “participar deste tipo de evento sempre soma. É interessante por que você vê novas alternativas, principalmente para pequenas propriedades. O que vimos aqui hoje sobre cogumelo, por exemplo, é bem interessante e inovador para a nossa realidade. Mas é uma opção desde que alguém traga a informação, comece a disseminar, que seja adaptado à nossa região”.
Já na parte da tarde, os participantes participaram de uma atividade cultural com capoeira e, depois, realizaram uma visita à propriedade rural de Helcio Luis Latuf, que trabalha com plantios de pupunha há mais de 20 anos. Segundo Latuf, “Nossa propriedade está aberta e interessada em ajudar os pesquisadores em seus experimentos. A nossa propriedade é para isso: é para a gente desenvolver, e ajudar a região a crescer”.
O professor Gilson Dahmer, da UFPR-Litoral e um dos organizadores do encontro, analisa que “o evento foi ótimo: primeiro porque eu vi que atendeu as expectativas do pessoal, por que o pessoal cria expectativa quando você chama para um evento e todo mundo ficou contente. Os assuntos foram bem diversos e, para nós, foi uma aula de ciências. Então, foi fantástico”.
Participam do projeto a Embrapa Florestas, FURB, UniBrasil, Emater-PR, UFPR e o produtor rural Geraldo Moraes Bertucci, além de outras instituições que estão em processo de formalização de parceria, como UTFPR e Senar.
Katia Pichelli (MTb 3594/PR)
Embrapa Florestas
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