08/11/18 |   Strategic Management

Novacki e Sebastião Barbosa visitam Embrapa Territorial

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Photo: Suzi Carneiro

Suzi Carneiro - Visitantes conhecem trabalhos desenvolvidos pelo Grupo de Monitoramento Territorial Estratégico

Visitantes conhecem trabalhos desenvolvidos pelo Grupo de Monitoramento Territorial Estratégico

Como parte de uma agenda de compromissos em São Paulo, o ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, e o presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa, visitaram, nesta terça-feira (6), a sede da Embrapa Territorial, centro de pesquisa localizado em Campinas-SP. A agenda começou na noite de segunda, com um encontro com o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado, Francisco Sérgio Ferreira Jardim.

Foi a primeira visita do novo presidente a um centro de pesquisa da Embrapa situado fora do entorno de Brasília. O grupo de visitantes, formado também por André Von Zuben (secretário de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo de Campinas) , Evaldo da Silva Júnior (Diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio), Alexandre Pontes (Diretor de Inspeção de Produtos de Origem Animal) e Andréa Procópio (Superintendente Federal da Agricultura em São Paulo), conheceu as instalações e os projetos de destaque desenvolvidos pela Unidade.

Em um encontro com os empregados, Sebastião ressaltou a relevância dos estudos desenvolvidos pelo centro. “A contribuição de vocês é muitíssimo importante para o agronegócio brasileiro”, disse. O presidente também destacou a importância do trabalho de cada funcionário para o crescimento da Empresa. Para o gestor, os empregados da Embrapa fortalecem o nome da instituição dentro e fora do País. Em especial, Sebastião expressou o seu agradecimento ao apoio dado pelo chefe-geral da unidade anfitriã, Evaristo de Miranda, e reconheceu a contribuição do trabalho do pesquisador para a Embrapa. “São pessoas como ele que dão cara à tapa e aparecem para defender o agronegócio brasileiro”, disse.

Durante a manhã, os visitantes conheceram as instalações dos três grupos de pesquisa da Unidade (Inteligência, Gestão e Monitoramento Territorial). Em cada ambiente, foram apresentados os principais estudos desenvolvidos pelos agrupamentos. Inicialmente, Evaristo explicou como o centro está preparado para desenvolver soluções imediatas a partir da análise do território. Para o gestor, a análise territorial torna possível extrair do Big Data o Right Data. “Hoje há um dilúvio de dados, mas temos a capacidade humana e computacional de analisá-los para resolver os problemas que chegam até o nosso centro”, afirmou.

Reserva da Bioesfera do Cerrado

No Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (Gite), Sebastião recebeu a análise do alcance e do contexto territorial da proposta de limites da Reserva da Bioesfera do Cerrado (RBC). A revisão dos limites é uma proposição do Ministério do Meio Ambiente e inclui os estados da Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Goiás, Piauí, Tocantins, Maranhão, além do Distrito Federal.

A análise geocodificada dos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) aponta a existência de 234.562 imóveis que serão abrangidos pela reserva. Isso representa 32,5 % do total existente nos cerrados dos estados considerados. Segundo o estudo entregue ao presidente, a RBC impactaria municípios responsáveis por grande parte da produção de milho, soja e algodão do País.

O presidente também conheceu a proposta de projeto Especial de Inteligência Territorial (ITE). O projeto tem por objetivo caracterizar a estrutura e o funcionamento dos territórios da agropecuária nacional, na ótica da missão das Unidades da Embrapa e de temas relevantes de demandas do ambiente externo. De acordo com a proposição, inicialmente, 17 unidades liderariam planos de ação, com potencial para envolver 41 centros e secretarias.

Projeto Carponis-1

A analista Lucíola Magalhães apresentou o andamento da articulação entre a Embrapa e a Força Aérea Brasileira (FAB) no projeto Carponis-1. O projeto prevê o lançamento do primeiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto de alta resolução espacial, com uso dual (militar e civil). Pelo acordo a ser firmado, a Embrapa atuaria na definição e validação dos sensores e seria responsável pela distribuição das imagens para o uso civil.

Segundo Lucíola, as imagens de alta resolução contribuem para a pesquisa na agricultura do ponto de vista de mapeamento de cultura, assim como na identificação de infraestrutura e acompanhamento de safras. Além disso, a parceria reduziria os gastos realizados com a aquisição das imagens. Como informou Evaristo, atualmente as imagens de satélite utilizadas para a pesquisa agropecuária são compradas de outros países.

Macrologística

No Grupo de Gestão Territorial Estratégica, o analista Gustavo Spadotti apresentou o Sistema de Inteligência Territorial Estratégica da Macrologística Agropecuária Brasileira. A ferramenta foi desenvolvida para o Ministério da Agricultura e reúne, em base georreferenciada, dados sobre a produção agropecuária, armazenagem e os caminhos da safra para os mercados interno e externo. Conheça a plataforma aqui.

Gustavo também apresentou o trabalho de análise dos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O estudo mostra a contribuição do mundo rural brasileiro na preservação ambiental. O trabalho consistiu no processamento dos dados georreferenciados contidos no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR).

Do tratamento desses dados resultou o mapeamento territorial das áreas destinadas à preservação dentro dos imóveis rurais do País. Essas análises mostraram que 25,6% do território brasileiro estão dedicados à preservação pelos agricultores, pecuaristas e extrativistas. Os mapas, tabelas e a metodologia do estudo podem ser encontrados na página www.embrapa.br/car.

O ministro em exercício, Eumar Novacki, destacou a importância deste trabalho. “Na época, queríamos saber se os resultados da política ambiental adotada pelo Brasil eram consistentes. Os números levantados pela análise da Embrapa Territorial nos surpreenderam e nos deixaram bastante animados. Um quarto do território brasileiro está dedicado à preservação dentro dos imóveis rurais. [Após essa análise] Tínhamos elementos para fazer uma defesa para o setor produtivo brasileiro”, disse Novacki. Segundo o gestor, a união entre o Sistema da Macrologística e os dados do CAR possibilitará a realização de um trabalho fundamental para o setor agropecuário brasileiro: a definição do endereçamento rural.

Monitoramento

No Grupo de Monitoramento Territorial Estratégico, o pesquisador Paulo Barroso apresentou como está sendo articulado o sistema de monitoramento e alerta fitossanitário. O projeto GPAF, que utiliza geotecnologias para a competitividade e sustentabilidade da agricultura no Circuito das Frutas, foi apresentado pelo pesquisador Ivan Alvarez. Conheça o projeto aqui.

Chácara Brotto

Na parte da tarde, o grupo visitou a Chácara Brotto, localizada em Campinas, SP. Com 80 anos de existência, a propriedade destaca-se pela produção de figo e goiaba para os mercados nacional e internacional. A visita às instalações da chácara foi conduzida pelo proprietário Salvador Brotto. Também participou da programação Pedro Peligrini, presidente da Associação Agrícola de Valinhos. Confira algumas fotos da visita.

Nesta semana Novacki concedeu entrevista ao jornalista José Luiz Tejon, apresentador do programa A Hora do Agronegócio, da rádio Jovem Pan. Durante a entrevista, que pode ser conferida aqui, o ministro interino, que também é presidente do Conselho de Administração da Embrapa (Consad), citou três vezes a Embrapa - em duas citações destacou o trabalho de duas Unidades Descentralizadas localizadas em São Paulo: Embrapa Territorial e Embrapa Informática Agropecuária.

Alan Rodrigues dos Santos (MTb JP/CE 2625)
Embrapa Territorial

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